🌺~Decolando~🌺

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Finalmente o dia havia chegado, era domingo, o dia em que iríamos todas nós pra casa de um tio meu na Bahia, tio Charles, até o nome me da arrepios.

Depois daquele almoço eu e minha mãe tivemos algumas conversas e discussões sobre esse assunto, logicamente ela sempre vencia as discussões, afinal só as mães podem bater o martelo nessas situações. Acho injusto, mas aceito.

As meninas chegariam em uma hora pra pegar uma van que minha mãe alugou para nos levar ao aeroporto. Cada uma tinha entre três e cinco malas, afinal eram pra três meses. Helena já estava pronta com as malas na porta de casa mexendo no celular, enquanto eu ajudava minha mãe a terminar as últimas coisinhas.

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Jane tinha acabado de chegar, ela era a última que faltava. Faltavam cinco minutos pra van chegar e enquanto isso nós esperamos brincando de "atenção" na porta de casa.

Quando a van chega eu fico surpresa, já que era um tanto quanto grande. Colocamos todas as 20 malas na mesma e entramos. A viagem era de mais ou menos uma hora e meia até o aeroporto de Congonhas. No caminho Cecília dormiu, eu e jane ficamos ouvindo música e falando sobre como essa viagem poderia até ser uma boa comemoração para seu aniversário de quinze anos que foi no dia anterior. A nova dupla Lydia e Helena estavam brincando de alguma coisa aleatória no fundo do carro.

Assim que chegamos ao aeroporto, eu já saio da van falando rápido que preciso de um banheiro urgente. Obviamente, como se fosse regra feminina, fui seguida por todo o resto do grupo.

Depois da nossa excursão ao banheiro do aeroporto que nós praticamente rodamos aquele lugar inteiro, estavamos procurando algum segurança ou funcionário pra pedir informação, já que estavamos perdidas andando que nem barata tonta.

- Achei! Alá o moço- Lydia falou apontando para um homem parado ao lado da entrada do Starbucks.

Lydia é uma menina animada e avoada, não sei bem como descrever, mas ela me lembra aquele meme do "eu vou mandar wuiii", é uma menina muito doce e meio distraída. É como uma irmã pra mim.

Fui na direção do segurança limpando a garganta e já falando:

-Hum...com licença..Senhor?- ele me olha nem prestando muita atenção, estava mais ocupado observando o trajeto da forma de pão de queijo até o forno dentro da cafeteria.

- Oi mocinha- ele responde quando finalmente nota minha presença ali.

-Nós não conseguimos achar nosso portão de embarque.

-Qual seu nome mocinha?- ele pergunta enquanto checa alguma coisa num papel que estava em seu bolso.

-Isso está nos procedimentos? Não lembro de precisar dar nomes para pedir informação no aeroporto.

-Só me fale seu nome por gentileza.

-Victória Cassynton, mas ainda não entendo o porquê disso.

-Obrigado srta. Cassynton, o jato do seu tio esta aguardando vocês na pista seis.

-Como assim jato? Daqueles particulares?

-Seu tio já deixou nossa equipe informada sobre sua vinda, só precisava confirmar que era você, agora se me permite vou guiá-las até seu avião moças, por favor venham comigo.

-Nossa Vicky, eu não sabia que esse seu tio era rico- Cecília falou surgindo atrás de mim junto com o resto do bondinho que provavelmente iam falar a mesma coisa.

-Eu também não- eu estava com os olhos arregalados e sinceramente chocada.

Fomos guiadas para o tal "jatinho do meu tio" e pra minha surpresa, era mesmo um jatinho particular, na cauda tinha um grande e adornado "CASSYNTON", era um avião branco com vários detalhes em verde e dourado. Estava me sentindo numa história ou em um filme de espionagem, nem acreditava no que estava vendo, mas o que mais rodava minha cabeça era: "por que eu nunca soube disso?"

Entramos no jatinho e era aquele luxo que se via na tv, eu me sentia a filha do presidente. Todas escolhemos nossos lugares e assim foi nossa de viagem de umas quatro/cinco horas até a Bahia. Ficamos falando sobre muitas coisas e fazendo algumas brincadeiras, mas principalmente comentando como aquilo ficava cada vez mais inacreditável.

Chegando lá foi mais uma hora de carro até a casa do meu tio, confesso que ja estava morrendo de cansaço, dessa vez todas nós dormimos o caminho todo e eu estava com muita fome, pois ja eram 15:50 e eu não tinha comido quase nada.

Acordamos todas com o solavanco do carro freiando e uma voz grave dizendo "chegamos". Meus olhos se abriram lentamente tentando assimilar onde eu estava e cobrir a luz do sol que insiste em mirar nos meus olhos. Quando minha visão finalmente focou e eu consegui organizar meus pensamentos meu coração quase pula uma batida assim que me deparo com a casa onde nós ficariamos os próximos três meses.

Só conseguia ouvir um corinho de "uuuii" ou "whoooaa", "eeiitaa", etc. Nem foi por causa de luxo ou algo do tipo, por quê nem era tão extraordinário de luxuoso assim, foi mais pelo tamanho mesmo. Era imensa de grande literalmente.

-Com certeza não é o que eu esperava- disse e fomos todas em direção ao portão que na minha opinião também era maior que o necessário.

-Que comecem os jogos!- Lena diz com o punho fechado e para o auto com expressão de força.

-Cristo...-

One Hundred Eleven ~ [NCT] (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora