Capitulo 6🖤

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Te amando eu pensei que não poderia ir mais alto
Sua chuva de novembro poderia incendiar a noite, incendiar a noite
Mas nós só poderíamos queimar por um tempo
Falsas emoções são apenas superficiais
Sei que você está mentindo quando está deitado ao meu lado.

Camila cabello - something gotta a give

LISA MANOBAN

Acredito que depois de algumas horas passadas, sou acordada pelas leves mãos da aeromoça, que me alertava que o avião já estava para pousar. Portanto, já havíamos, finalmente, chegado ao meu esperado destino: Seul.

Eu estava sonolenta, e por conta disso, esfrego o meu olho para cima e para baixo. Solto um leve suspiro, um pouco relutante, mas me levanto da poltrona.

Ao sair do avião, observo o céu que portava uma cor azul escura, com pequenos pingos brilhantes que, na maioria das vezes, eu sempre me deitava na grama para observar: as estrelas.

Desviando meus pensamentos, aceno para o táxi que vinha em minha direção.

Confesso que o meu coreano, de certa forma, não é tão bom assim. As vezes fico tanto relutante em tentar falar com o taxista, na expectativa de que ele me compreenda.

— Calma, minha senhora. — Deu um sorriso simpático. — Eu consigo entender.

Por uma tentativa totalmente desastrosa de uma possível comunicação, dou um sorriso amarelo, mostrando o quanto eu estava frustrada e envergonhada daquela cena.

— Então, o que te traz a Seul? — Perguntou o taxista, mostrando ser completamente educado.

— Bem, pra ser sincera, eu estou de mudança pra cá. — suspiro. — parece um lugar ótimo para se viver.

Capto um rápido olhar do taxista pelo retrovisor, um olhar curioso eu poderia dizer. De certa forma, me senti um pouco desconfortável, afinal, eu não gostava dos seus olhos fixos diretamente em mim.

— Então... — dou início a um assunto. — Você conhece algum hotel que tenha um valor acessível por aqui?

Ele parecia pensativo.

— Tem sim. É o mais em conta que você pode encontrar por aqui.

— Obrigada.

Quando chegamos ao meu destino, ele estaciona rapidamente. Em um movimento rápido, saio do carro já batendo a porta.

— Parece que tá fechado — digo ao motorista.

O motorista estava pensativo.

Portanto, com um mero sorriso, ele me respondeu:

— Só um minuto. — Falou ele.

Ele, de certa forma, aparentava ter mais ou menos a minha idade. O seu jeito, a espontaneidade ou em qualquer outra coisa, me lembravam a Dylan.

— O que uma moça está fazendo esta hora na rua? — alguém me perguntou.

— Vó, ela acabou de chegar em Seul. Tem uma vaga disponível? — perguntou o taxista.

— Mas que sorte! Minha querida, acabou de desocupar um quarto. Venha, irei lhe mostrar.

A senhora, que aparentava mais ou menos uns sessenta anos, subia as escadas juntamente comigo, me guiando para o meu respectivo quarto. Ao abrí-lo, avisto um lugar simples, porém muito aconchegante.

Era um quarto agradável e arrumado.

— Descanse, querida. — Diz ela, sorridente. — Amanhã conversaremos sobre a sua estadia aqui.

Avistei as minhas malas sendo colocadas no canto da parede, ao lado de um cômodo um tanto empoeirado. Em questão de segundos, o taxista que carregava as minhas coisas já havia saído sem que eu ao menos percebesse.

— É... — respiro fundo. — Talvez não seja tão ruim um novo recomeço.

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