Vai Valer a Pena

INTRODUÇÃO

  Esse livro  é baseado no filme a "ponte", então qualquer obra meramente igual será denunciada,  pois plágio é crime.  Indico esse livro a todos que buscam uma obra evangélica que venha edificar,  se tiver dúvidas busquem através da oração Disenimento.
    Baseado em estudos bíblicos e pesquisas, nomes meramente ilustrativo,  cenário também baseado no filme.

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  Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte não temerei mal algum pois o senhor estará comigo.

      SEIS MESES APÓS A TRAGÉDIA

— Hoje faz extamente  seis meses que enterrei meu filho,  mal consigo levantar da cama,  as janelas vivem fechadas,  não vejo a luz do dia a meses pois nada me dá animo pra viver.  Tudo o que penso é "Morrer é tudo o que me resta",  essa frase me rodeia desde aquele maldito dia que me atormenta todas as noites, tenho pesadelos constantemente pois em meus sonhos tento corrigir a escolha que fiz ou entender porquê eu não prestei atenção nele, porquê?era minha única obrigação como pai.

Escuto batidas na porta entretanto permaneço deitado pois espero que quem quer que seja se retire e me deixe com minha dor, mas são batidas insistente e isso me deixa louco. Levanto do sofá e observo tudo a minha volta, o cheiro não é muito bom mais quem se importa?

Caminho até a porta descalço, vestindo uma calça folgada acompanhado de uma camisa cinza; ao abrir a porta a luz do sol me deixa cego por uns instante fazendo fechar-lo rapidamente pondo a mão na frente.

— Bom dia Micael, pensei que não fosse abrir!

A voz da Eloisa me faz bufar.

— pensei ter dito pra não vim mais aqui! — suspiro mas um sorriso brota em seus lábios

— Desculpa decepcioná-lo, mas a vontade de te irritar foi maior. — a mesma solta me empurrando para adentrar minha caverna. — Nossa!! A que ponto você chegou em... —  suspira pondo as mãos na cintura

Fecho a porta com um empurrão.

— Vá embora!

— como é possível ir sabendo que você vive nessas condições tão deploráveis?

A mesma começa se locomovendo até as janelas e com um puxão começa a abrir as cortinas fazendo com que o sol a dentre.

— Não faz isso! — solto me sentando na poltrona bem a frente da janela

— desculpa meu caro mas isso não vai rolar, olha pra você... — aponta então a encaro. — parece um homem das cavernas, essa barba  não lhe cai bem! — debocha

Sorrio por um instante, porém lembro que não sou merecedor de tanta bondade.

— Preciso que vá embora! — falo com dureza

— e eu preciso que você vá tomar um banho, falei com o senhor Guto e ele aceitou lhe dá um emprego e não me venha com "eu não preciso"!

— o quê?

— você precisa de dinheiro pra comer e pagar as contas ou acha que vão se pagar sozinhas? — suspira. — você acha que ele ia gostar de te ver deste jeito? Você acha mesmo?

A ouvir-la sinto um nó na garganta e é impossível segurar as lágrimas.

— eu só preciso de tempo! só isso..

— Micael..

— eu não entendo o que eu fiz de tão ruim pra Deus.... Sabe? Eu não consigo entender, eu fico deitado ali.. — a ponto pro sofá. — e fico pensando em todos os erros que já cometir, penso na minha trajetória toda mas é tão difícil entender ele! — apoio minhas mãos nos joelhos as levando ao rosto

— Eu não sei o que você fez, nem sei se foi Deus que fez isso mas... — sinto a mesma se aproximando ficando de joelhos bem a minha frente. — eu sei que ele não quer te ver assim, ele não nos dar nada que não possamos suportar, você precisa se reerguer pois já passou da hora então levanta essa bunda daí e vai tomar um banho!

— Você não é muito gentil!

A mesma rir.

— sinto muito, eu tentei ao máximo.. — solta