Capítulo único - 💮;

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o brasil só entrou na 2° guerra mundial por causa de sergipe, bjs

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Acordou serenamente, junto a seus três barquinhos em suas mãos, o qual havia ganhado como presente de seu irmão mais velho, estava no berçário, e não iria demorar muito para que sua família o viesse buscar

Foi até um canto, onde se encontrava seu eterno rival, Alagoas, para jogar na cara dele o quão importante o mesmo seria após aqueles barquinhos serem entregues aos aliados com suprimentos

— Posso brincar com você? – Questionou uma garota mais baixa que si, possuía duas tranças loiras e os olhos extremamente claros, seria até que uma graça, se não fosse por ser a Berlim — Eu posso implantar mísseis e eles ficarão mais legais!

— Não! – Disse o sergipano, balançando a cabeça várias vezes negativamente, fazendo com que parte de sua franja se desprende-se das presilhas, as deixando cair sobre seus olhos

— Por favor! – A alemã tentou ser insistente, mas Sergipe lentamente saia de perto de si — Você não quer ser meu amigo? – Perguntou com olhos enchendo

— Não – Respondeu com uma cara de paisagem, voltando para seu caminho original, nunca gostou de manter contato com europeus, sentia que eles não eram de sua confiança, com exceção de Holanda e França

— Volta aqui! – Berlim correu atrás do sergipano, que obviamente, tentou espaçar com seus barquinhos em mãos, os outros do berçário que olhavam riam da situação dos dois, e aqueles que queriam ajudar, nem sequer podiam fazer isso, era de uma alemã de quem falavam, e uma das mais perigosas, quando ela insistia em algo, era capaz de matar alguém para conseguir o que queria, ou melhor, apenas chamava Alemanha Nazista para isso

Em desespero, Sergipe deixou seus brinquedos caírem, e antes que pudesse reagir, Berlim pisou em cima deles, como aquilo foi extremamente do nada, pensou que tinha sido apenas um acidente, até ver a garota os pegar e partir ao meio

— Desculpa, foi sem querer – Sorriu minimamente, devolvendo os três barquinhos quebrados nas mãos do brasileiro que mal tinha uma reação para aquele momento

— Quem sabe Pernambuco não possa fazer outros barquinhos para você – Alagoas se aproximou, pegando uma das partes do brinquedo — Não se sinta mal por isso

— Buco tinha feito isso para mim... Eu até ajudei ele a fazer – Desviou o olhar para o chão, não querendo que seu irmão o visse chorar — Quem sabe eu não possa concertar... Sozinho – Pegou o brinquedo da mão do alagoano e foi para um canto, tentar concertar o estrago cometido pela covardia de uma alemã

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3 barquinhos foram bombardeados por alemães na costa sergipana, diziam que na praia os corpos eram vistos a boiar

o navio, sim apenas um, foi encontrado tempo depois, na costa do norte

os corpos mal cabiam no cemitério, eram mais de 300, tiveram que enterra-lós em pilhas de 3 ou 4 para conseguirem espaço

Covardia alemã • Sergipe - Berlim Onde histórias criam vida. Descubra agora