Olá! Tudo bem? Bem-vindo a mais uma resenha do Mini-Prosa, e o título dessa aqui será Arte e Memória. Escrevi o título bem no topo das minhas anotações, assim não tem como esquecer.
Porque esquecer pode ser assustador...
Edgar era casado. Ele e sua esposa tiveram duas filhas maravilhosas, e a empresa que possuíam garantiu que o sonho americano fosse vivido por bastante tempo.
Isso tudo até o dia do acidente. Aquele que decepou o braço direito de Edgar; Que o fez ter problemas permanentes em sua memória; e que ocasionou sua mudança para uma ilha no estado da Flórida chamada de Duma Key.
"-Edgar -Perguntou o psicólogo- Existe alguma coisa que o faça feliz?"
"-Eu costumava desenhar."
"-Então retome o hábito. Você precisa de proteção... Proteção contra a noite."
Não há dúvidas que o romance de 2008 escrito por Stephen King seja um triunfo de narrativa. Todo mundo parece gostar, e eu também gostei muito.
Mas Duma Key reserva outras surpresas agradáveis além das tão conhecidas habilidades do autor em assustar. Existem aqui passagens deslumbrantes sobre relacionamentos, arte e memória. Mostrando como cada um desses elementos se relacionam, se retroalimentam, e por vezes, destroem um ao outro
Aqui, quando Edgar põe o pincel num quadro em branco ele invoca a todas as forças. As do mal, e as do bem. Ele luta, persiste. Chega ao fim do desenho e um sentimento É exorcizado. A redenção do personagem se dá por meio da arte e, talvez, a do próprio autor também.
O romance é fruto das dificuldades e sentimentos negativos que o próprio King passou (e ainda passa) para produzir suas obras. E no fim o que temos é uma narrativa emocionante que apresenta comentários valiosos sobre o fazer artístico e os perigos de uma alma sem memória.
Ainda bem que King não esqueceu de pôr as ideias no papel.
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Poemas e resenhas: Duma Key, de Stephen King
Non-FictionUma pequena análise sobre o livro Duma Key (2008), de Stephen King.