°06. Estigma°

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낙인

Não demorou muito até Jimin e June subirem as escadas do apartamento dele. A velha escada de madeira chiava cada vez que seus pés a encontravam, o cheiro de mofo subindo pelas paredes. Não era chique, de fato, o prédio era tão antigo quanto às colinas que cercavam a cidade, que pegaram June de surpresa. Ela pensou que esse garoto estaria morando em uma mansão, possuindo um carro e tendo tanto mais, mas ele continuou provando que ela estava errada. Como Jimin era exatamente o oposto, ele não precisava de muito para ficar satisfeito.

Então, quando os dois entraram, June continuou examinando o pequeno lugar em que Jimin estava morando. Havia um pequeno fogão ao lado de uma geladeira e bem no meio da cozinha havia uma velha mesa de madeira, alguns livros abertos e um maço de cigarros dormindo ao lado de um cinzeiro.

"Você é fumante?", ela perguntou parada no meio da sala e pensando em se sentar ou não.

"Somente quando eu preciso", ele respondeu.

June fez uma careta para si mesma, pensando em um significado por trás das palavras de Jimin. Porque ele era tão misterioso e, no entanto, ela sentia como se conhecesse todas as partes do seu ser.

Um sentimento tão estranho.

"Sente-se" - ele indicou, caminhando lentamente para a cozinha e ligando o fogão como se quisesse fazer café, o que era peculiar, já que eram quase três horas da manhã. No entanto, havia algo sobre um copo quente de bebida que suas mãos poderiam estar segurando perto, na esperança de aquecer o frio dentro de seu corpo. Era calmante, até terapêutico. E parecia que Jimin sabia exatamente o quanto June precisava disso.

"Você já comeu?" Ele perguntou quando ela se sentou à mesa, ainda não sendo capaz de olhá-lo diretamente nos olhos. "Eu tenho alguns ramen, se você quiser."

“Não, tudo bem”. ela recusou, acenando e colocando as duas mãos no colo. “Eu estou bem”. Um sorriso suave apareceu em seu rosto para enganar Jimin. Mas por que ela sentiu a necessidade de enganar aqueles ao seu redor? Estava claro para ela que ela estava longe de estar bem, então por que era tão fácil dizer as palavras de mentiras?

"Está tudo bem se você não estiver", ele simplesmente falou, entregando-lhe a xícara cheia de café quente.

Embora ela apenas o encarasse, a verdadeira confusão pintou todo o seu rosto.

“O que?” ele perguntou à garota, rindo baixinho. "Aish, você quer ou não?"

Mas Junne acenou com a cabeça rapidamente, as duas mãos estendendo a mão para a xícara de café. “Obrigado” Ela murmurou, seus olhos viajando agora para o oásis quente de serenidade em suas mãos.

Por mais que tentasse não olhá-lo, ela erguia a cabeça um pouco, os olhos se movendo em busca de um par de olhos castanhos levemente encapuzados.

Jimin logo se sentou ao lado dela na mesa, colocando uma xícara de ramen na sua frente. "Yocê tem certeza que não gosta? Pode ajudar se você estiver se sentindo triste".

June, porém, balançou a cabeça com as palavras dele, que depois que foram negadas e começou a comer sua comida. Era tarde demais para ela comer, além disso, ela não sentia fome. Agora os únicos sons que enchiam a sala eram o barulho alto de Jimin e a chuva que ainda caía tão fortemente do lado de fora do prédio.

Depois que ele deu outra mordida no macarrão, Jimin jogou o olhar embaixo da mesa, os olhos arregalados de felicidade. "Ah Yejin, eu não estava falando com você". Disse o garoto com a boca cheia, referindo-se à bola de pelo que agora estava enrolada contra as pernas.

"Esse é o seu gato?" Ela perguntou quando Jimin assentiu.

"O encontrei na rua há alguns meses. O pobre rapaz era um sem-teto". Ele disse, acariciando o animal. "No começo, pensei em chamá-lo de Luna, mas Yejin parece muito mais apropriado."

June estreitou as sobrancelhas, sem entender a história do garoto.

Uma vez que ele parou de mastigar sua comida, Jimin soltou uma leve risada. "Então eu descobri que era ele e não ela"

"Então por que não dar um nome masculino?" a menina questionou, seus olhos seguindo o pequeno animal de estimação que agora estava na ponta dos pés entre as pernas.

“Eu não sei” Jimin encolheu os ombros. “É diferente. E eu gosto do diferente”.

Com isso dito, June não se sentiu mais incomodada. Ela se sentiu um pouco segura. Segura sentada ao lado de um garoto que ela conheceu há alguns momentos atrás.  Quão embaraçoso deve ser quando seu primeiro encontro com alguém acaba sendo quase seu próprio funeral. Mas parecia que o Jimin não se importava com isso.

Na verdade, ele estava agindo como se tudo estivesse bem, como se nada de ruim tivesse acontecido e tudo estivesse completamente normal. Ele não estava gritando, não estava julgando. Não havia estigma presente dentro desses muros, que June apreciou muito.

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Se você está lendo até aqui... saiba que te amo muitoooo!!!

June Onde histórias criam vida. Descubra agora