O último adeus {Jjk + Pjm}

chance; 2

— "Oi, Gguk... Acho que essas serão minhas últimas palavras direcionadas a você. Eu só queria deixar algumas coisas claras, te confessar algo também, me perdoe por isso. Lembra de quando a gente começou a namorar? Foi tudo tão perfeito, um mar de rosas, cada momento com você era como um pedacinho no paraíso... Mas aí ele chegou; seu pai." — comecei, lendo no microfone para todos os presentes naquele salão de eventos. Respirei fundo, a pior parte estava por vir. — "No começo achei que ele fosse só mais um pai homofóbico que não aceita que seu filho é gay e acha que tudo é só uma fase, sem implicar na vida dele. Entretanto, eu estava completamente enganado. Você não sabe, Gguk, mas ele e seus capangas me perseguiam quando eu saía da sua casa. Me vigiando em todos os lugares... Eu nunca entendi o porquê daquilo, pelo menos não até aquele momento."

Era agora...

— "A verdade, amor, é que seu pai sempre foi inteira e completamente apaixonado, ou melhor, obcecado por mim. Ele comprava coisas caras e mandava para minha casa, em forma de me persuadir. Por isso eu parei de ir na sua casa, Gguk. Porque eu tinha medo, medo de que um dia ele fizesse algo comigo ou contra mim. E ele fez. Eu fui abusado, meu amor, fui abusado por seu pai naquele dia em que você me deixou sozinho na sua casa com ele. Você lembra, não é? Que quando você chegou eu não estava mais lá, que fiquei por uma semana sem conversar ou ver você. Doeu, não só por fora, como por dentro. Mas eu continuei, segui em frente, tudo isso porque amava você e sabia que você me amava também. Só que ele conseguiu, tirar a única coisa que servia como morfina pra mim; você. Você não me ama mais, você prefere obedecer a ele do que ficar comigo. Eu entendo, ele é seu pai, só espero que depois que ler isso não se arrependa de ter ficado com ele. Eu te amo muito... Mas não tenho motivos para viver, não mais. Me perdoe, por favor. Adeus, meu amor. "

Eu entrei em plantos, quando atrás de mim cenas daquele dia começaram a passar. Meu pai lhe enforcando, te puxando à força pro seu quarto... você saindo de lá chorando.

Sim, foi tudo planejado por mim, tudo mesmo. Até a polícia que entrou dois segundos antes de você tentar escapar daquela multidão de pessoas que sentiam nojo e repulsa por você agora.

Eu te pus atrás das grades, papai. Eu fiz seu nome ser o mais falado por uma semana, como o maior empresário da Ásia que na verdade era um estrupador obsessivo e psicopata.

E quando vasculharam sua casa e descobriram que você pretendia sequestrar o cadáver de Jimin para comê-lo novamente? Aí que ninguém ficou do seu lado, ninguém mesmo. E porra, eu não me arrependo nem um pouco disso.

Talvez eu não saiba como seguir a vida agora, as pessoas me admiram pela coragem, mas a vergonha por ter o sobrenome Jeon ainda pesa nas minhas costas. Tudo ainda pesa, tudo.

Por isso, Minnie, eu vou me encontar com você. Vamos ser só nós dois novamente, dessa vez pela eternidade inteira, te prometo.