Capítulo 24

118 16 1
                                    

Bruno pouco dormiu durante a noite.

Ele preparou um café.

Ouviu quando Melissa se aproximou.

_ bom dia _ ele a ouve dizer.

_ bom dia _ diz sem olhar para ela

_ nao foi para o quarto ontem a noite. _ ela comentou.

_ dormi no sofá.

_ Bruno temos que conversar.

_ acho que já conversamos. _ ele diz e se afasta, caminhando até a sala.

Ela o seguiu.

_nao foi minha intenção magoa-lo.

Ele a fitou finalmente.

_ ironicamente é somente o que consegue fazer, Melissa.

_culpa deste teu comportamento machista e infantil.

Ele sorriu.

_ entao, um homem nao pode nao querer que sua namorada beije outro homem que ele ganha o rotulo de machista? _ perguntou em tom de ironia.

_nao foi isso que quis dizer.

 _  nao tem argumentos  para isso, Melissa

_ sim, eu tenho o meu trabalho.

_ O seu trabalho como policial?

_ sim.

_ isso nao funcionara Melissa, nao posso compactuar com seu trabalho como policial se isso a remete  beijar  outros homens, talvez eu entendesse se voce fosse uma prostituta.

Melissa sentiu-se ofendida.

Ele notou.

_ esta transformando isso em algo ruim, Bruno.

_ esta bom para  voce?

_ isso  é um disfarce pelo amor de Deus! _  Melissa disse tensa.

_    deixei minha opinião bem clara.

_ precisa entender. _ Melissa sentia-se arrasada.

_ eu nao vou entender nunca, e nem poderia.

_ enquanto ao nosso amor, Bruno?

_ nao depende apenas de mim.

_ eu preciso continuar. Não posso parar agora.

_ sim, continuee faça o que quiser.

_ mas, preciso de voce.

_ estou aqui, nao estou?

_ sim, e esta me odiando.

_ há um limite para tudo.

_ neste caso, eu nao tenho muita escolha.

_ se nao tem escolha, já o fez.

Ela calou-se.

Não era  verdade.

_ diga-me uma coisa, voce gostou do beijo? gostou de ser acariciada por ele?

Os olhos dela encheram de lágrimas.

Ela continuou em silencio.

Melissa caminhou ate o quarto, Bruno a alcançou a puxou pelo braço.

_ voce nao respondeu.

_ nao reconheço voce, Bruno.

Ele a fitou e nos olhos dela, havia dor.

_ talvez nem mesmo eu me reconheça! pois, jamais permitiria minha mulher fazendo o que tem feito!

Ela desvencilhou-se  _ eu estou fazendo o meu trabalho! E antes de conhece-lo, eu já era uma investigadora!

_deveria se por no  meu lugar, Melissa.

_ me colocaria se houvesse um motivo.

_ vejamos, eu tenho um motivo, o que faria se eu tocasse ou lábios ou recebesse outras caricias?

Ela fechou os olhos , sentindo- se desapontada.

_ foi o que eu pensei.

_ sei que é difícil para nos, mas vai passar logo.

 _ isso nao terminara bem.

Ela caminhou ate ele.

_ me ajude Bruno. _ pediu

Ele a fitou.

_ isso machuca Melissa.

_ tanto quanto a mim.

Ele ficou em silêncio e Melissa continuou.

_ apenas quero que fique do meu lado, tentarei resolver hoje mesmo e dar um fim nisto.

Bruno sentiu um calafrio.

Sabia o que poderia acontecer, e pensar em Melissa com outro homem o deixava  fora  de si.

 _ preciso sair.

Ela o viu sair.

Desolada, chorou mais uma vez.

Bruno estava irredutível quanto ao disfarce e toda aquela loucura imposta por Melissa ao desvendar do caso.

AvassaladorOnde histórias criam vida. Descubra agora