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Bakugo descia as escadas do dormitório como um gato espreitava sua presa: em total silêncio. Eram duas horas da manhã, o horário que havia combinado com sua namorada, Uraraka, para resolver esse problema de uma vez por todas. Seu coração saia pela boca só de lembrar pelo que estavam passando, em três anos de relacionamento o medo nunca havia sido tão real.

Já era possível ver a área comum, ele soltou um leve suspiro antes de descer o último degrau, logo viu o amor de sua vida sentada no sofá, ela estava tão apreensiva quanto ele. Bakugo se aproximou dela em silêncio, o clima naquele momento não era dos melhores mas eles superariam aquilo como já haviam superado vários outros problemas antes. Ele sentou ao lado de Uraraka, a assustando de leve, em sua mão estava uma caixa comprida e estreita, o bendito teste.

— E agora? — ele perguntou, quebrando o silêncio — Como funciona?

— Eu preciso fazer xixi em alguma coisa. — ela respondeu.

— Na privada?

— Eu vou jogar esse teste na privada, Katsuki?

— Tem outra opção? — ralhou — Pelo menos a gente já se livra das provas.

Ele recebeu um tapa na nuca como resposta. Uraraka falou: - Vou ter que sacrificar um copo! Pega lá.

— Não sou seu escravo! — ele falou, levantando-se do sofá. Katsuki pegou um copo e levou até sua namorada.

— Eu volto já! — Ochako falou, pegando o copo e indo em direção ao banheiro, deixando um Bakugo muito nervoso para trás. Após dois minutos que pareceram uma eternidade, a menina volta com o copo cheio pela metade, ela estende a mão pedindo o teste e é prontamente atendida — É agora, mas não agora agora, tem que esperar três minutos.

— Eu entendi! — ele falou enquanto ela sentava no chão, colocando o copo ao seu lado. Bakugo sentou ao lado de Ochako, a abraçando de lado e depositando um beijo no topo da cabeça da menor. Ele colocou seu alarme para dali três minutos, enquanto os dois permaneciam em silêncio.

— O que a gente vai fazer se for positivo, Katsuki? — ela perguntou com a voz tremula, sem olhar para ele.

— Eu não sei — respondeu sincero — Eu nunca parei pra pensar nisso. Eu nunca imaginei que pudesse acontecer comigo. - sorriu mínimo.

— Nem eu...

— Mas se for real a gente vai conseguir criar essa criança. — ele falou confiante — Daqui quatro meses a gente se forma.

— Ninguém vai querer contratar uma heroína que vai ter que entrar de licença maternidade em cinco meses. Não vou conseguir um emprego pelos próximos quatro anos, que é quando essa criança vai poder entrar pra escolinha.

— Eu vou trabalhar por nós dois. Tenho um dinheiro guardado do estágio com o Endevor, eu vou batalhar pra me formar em primeiro lugar e conseguir uma vaga na melhor agência que tiver. Fazer a hora extra que precisar.

— Vai estar sempre cansado!

— Mas não vai faltar nada pra criança. Minha véia ia ficar louca, mas com certeza depois de meia hora de porrada sem perder a amizade ela vai ficar super animada de ter um netinho e meu véio ia ficar animado desde o começo — ele comentou, a fazendo rir ao imaginar a cena.

— Meus pais me apoiariam da forma que conseguirem. Mesmo eu estando aqui pra poder dar uma vida melhor pra eles, vão acabar tendo que me sustentar por mais alguns vários anos. — A expressão dela voltou a ficar triste.

— Você pode se mudar lá pra casa, — ele falou de imediato — eu sei que é longe dos seus pais, mas eles não teriam que se preocupar com o neto. O meu quarto é grande o suficiente pra nós três, tem uma cama kingsize — ela o olhou sorrindo de lado — eu só teria que tirar as estantes com action figures do All Might pra dar espaço pra um berço e o resto das coisas que um bebê precisa.

— Vai abrir mão das actions figures por um berço? — perguntou incrédula.

— Eu tenho escolha? Quer deixar a criança na sala, maluca?

— O maior sacrifício vai ser o meu — ele a olhou curioso — Vou perder boa parte desse corpinho, meus peitos vão cair por conta da amamentação.

— Quando isso acontecer a gente termina, quero uma namorada baranguda não — ele falou, recebendo um olhar de desaprovação brincalhão, a apertando logo em seguida — Você sofrendo as consequências de uma gravidez ou não, vai continuar sendo a mulher mais linda desse mundo aos meus olhos.

— Você sabe como me fazer te perdoar. — ela riu -— Olha, sendo bastante sincera, eu não vou ficar triste se isso for verdade.

— Nem eu! — confessou — E disso eu já sabia, Ochako, você sempre quis ser mãe.

— Mas não agora, não tava nos meus planos.

— Nem nos meus, mas sempre se dá um jeito pra tudo. E eu até iria gostar de ser pai de uma mini Ochako.

— Tomara que seja menina, eu não aguentaria mais um Bakugo. — eles riram, logo ouvindo o alarme avisar que já haviam se passado os três minutos. — É agora!

— Ochako... — katsuki a chamou com um olhar sofrego, parecendo lembrar de algo terrível — fralda tá caro! — lamentou.

— A gente usa de pano, é bom que já faz a gente economizar com pomada pra assadura também.

— A gente vai conseguir — ele falou aproximando seu nariz do dela — Eu vou ser o cara mais feliz do mundo por ter um bebê com a mulher mais incrível do mundo. Eu juro pra você que eu nunca vou sair do seu lado durante esses nove meses, vou ser o melhor namorado e melhor pai que existe.

— Eu te amo! — ela o beijou brevemente.

— Eu também te amo!

Eles suspiraram juntos em tensão, embora agora a ideia não parecesse tão assustadora e até se mostrava boa. O que mais importava era que enfrentariam juntos e amariam a criança incondicionalmente, pois querendo ou não era fruto do amor dos dois, mesmo que um fruto não planejado. Eles sorriram um para o outro, pegando o copo e tirando o teste de dentro, ambos olharam o resultado:

Negativo

Os dois sorriram, riram e garhalharam juntos. Não exatamente de alegria, mas de um peso absurdo que havia sido tirado das costas de ambos. Embora não parecesse mais tão horrível assim a possibilidade de ter dado positivo, eles ainda tinham muito pela frente, tinham muito o que conquistar. O bebê seria uma benção, mas ele poderia esperar, pois de uma coisa eles tinham certeza: a mãe do filho de Bakugo seria a Uraraka e o pai do filho de Uraraka seria o Bakugo.

— Sexo de comemoração? — Katsuki sugeriu, sendo prontamente negado.

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'CAUSE YOU HAVE OPENED MY EYES AND STOLEN MY HEART

Disney nunca a perdoarei por ter me feito amar um grupo que sequer existe de verdade. É sua obrigassaum fazer um albinho deles

Escrevendo de madrungada pq sem remedito pra ansiedade e a insônia truano

ENFIM MIS AMINGOS, história baseada em fatos reais meus, que algumas coisas foram alteradas e eu não vou dizer o que rsrs

Nada mais assustador do que engravidar na adolescência yo know. Eu por exemplo tenho 21 aninhos e munto medo de engravidar na adolescência

Mas eu não vou me prolongar aqui dessa vez pq ninguém essas poura certeza

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Bebê a Bordo? • Kacchako |oneshot|Onde histórias criam vida. Descubra agora