O Jogo Divino

Pena

-Sejam bem vindos, não posso lhes dizer para ficarem a vontade, pois não passarão muito tempo aqui, menos dois de vocês. Entendam, a eternidade é entediante... - Lúcio falou assim que entraram na mansão e o homem de cabelos platinados fechou a porta.

-Quem vai ficar aqui? - Atena perguntou mas seu tom de vos denunciava que não iria impedir.

-Ikki e Shun, porém o Shun só ficará as vezes. Meus planos incluem que ele os ajude. - O loiro falou passando a mão nos cabelos pensativo.

-Eu não acredito que só o Shun e o Ikki vão ficar nessa mansão. Olha aquilo, a espada é de vidro. - Seiya falou olhando para a escada de vidro que levava para o segundo andar. - Tem um piano branco e dourado ali.

-Eu gosto de tocar as vezes. - Lúcio falou rindo. - Vick, aquele que os trouxe aqui, me ensinou alguns milênios atrás...

Mesmo sem querer, Shun reparou que as feridas nas costas do Lúcio também começaram a de estender até sua pernas, fazendo com que não conseguisse andar direito, mesmo que tentasse disfarçar, e que sua calça branca ficasse manchada de sangue aos poucos.

-Lúcio... Quer fazer uma pausa? - Shun perguntou se aproximando novamente do loiro.

-Eu já falei, querido Shun, está tudo bem. - Lúcio falou sorrindo e o olhando com o canto do olho.

-Não, não está. - O virginiano falou sério.

-Deixe ele Shun. - Seiya reclamou.

Segundos depois que o sagitariano falou, uma ferida se abriu atrás do joelho do Lúcio, fazendo uma quantidade absurda de sangue escorrer e a perna do loiro falhar, o fazendo cair.

Antes que caísse no chão, um vulto passou por eles, segurando o Lúcio ao mesmo tempo que o Shun o segurou. O homem de cabelos platinados estava parado na frente do Lúcio, o segurando, enquanto o Shun segurava um dos braços do loiro.

-Meu senhor, é melhor deixar toda as explicações para amanhã... O senhor está muito ferido. - O homem falou sério.

-Está tudo bem. - Lúcio falou escondendo a dor enorme que sentia, mas estava extremamente pálido.

-Não está, por favor, se cuide. - Shun falou nitidamente preocupado.

-Sabia que, muito tempo atrás, uma outra pessoa com a alma e coração extremamente puros foi obrigado a se sacrificar também... Eu acompanhei de perto a morte de toda a sua bondade... Foi uma das poucas vezes que chorei pela humanidade... - Lúcio falou baixo sem conseguir fixar os olhos em alguém.

Antes que o Shun pudesse falar algo, Lúcio simplesmente desmaiou, fazendo o virginiano o olhar com pena.