Capítulo III

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Ainda com isso? Pelo visto não se livrou do passado não é?—falou dando uma pequena risada que me fez como um estalo entender com quem estava falando.

Hoseok...a quanto tempo.

Como vai,TaeTae...

•Carro do Hoseok•
•17:29•

A única coisa que passava pela minha cabeça era "como?" Como conseguira passar pelos guardas? Como conseguira se infiltrar na mansão mais vigiada da Coreia do sul? Não fazia sentido algum.

—O que pretende fazer comigo?—perguntei ainda apontando a arma para ele. Não era como se fosse baixar a guarda por ser um conhecido,ou melhor,um ex membro de minha gangue.

— O que acha que eu vou fazer,Taetae?— conseguia ouvir sua risadinha sarcástica que tanto me irritava desde uma época boa, atravessar meus tímpanos.

—Se for querer me matar,acho um pouco tarde demais. Minha mente já fez isso por você.-digo logo suspirando e umideçendo meus lábios.—Não tenho tempo pra joguinhos,Hoseok. Vá direto ao ponto

—Se tornou filoso derrepente?—riu tirando o chapéu em cor de vermelho marsala e colocando ao lado no banco do passageiro.— Olha Kim,como você disse...vou ser direto,ele quer te ver.

Mesmo já tendo em mente desde o princípio daquele diálogo o que Jung queria,meu coração falha as batidas. Era impossível ele querer me ver,ainda mais depois do que aconteceu. Não podia passar por tudo outra vez. Não iria suportar.

—Deixe suas asneiras pra outro.—minhas palavras,que eram para sair rudes e fortes,saíram como se quisesse chorar...e queria.

—Acha mesmo que eu tô brincando,pirralho?—Falou olhando para mim pelo reflexo do espelho com ódio,mas logo esse olhar se transformou em malisiosidade—Parece que o coração de pedra não irrigeceu tanto...

—Vai se foder.

Aperto as mãos em um punho sentindo as unhas curtas cravarem em minha perna. Que idiotice. Se ele acha que vou me render assim,vai ter que lutar mais. Olhei para a arma em minha mão direita. Era parcialmente branca,com apenas o cabo na cor marrom. Havia rosas entalhadas naquela parte. Era um objeto tão preciso quanto um coração para mim.Levantei meu olhar direcionando-o para o retrovisor e assim olhando em seus olhos.

—Por quê agora? Por quê depois de um ano ele quer me ver? Hm?

—Pergunte a ele quando chegarmos. Por enquanto,aproveite a viagem.

O Jung fechou a pequena janela automática do carro,que antes abrira para nós e permitia falarmos,deixando o grande e incomodo silêncio. Minha cabeça rodeava em pensamentos ruins. Estava eufórico e ao mesmo tempo triste,com raiva e feliz. Meus sentimentos não faziam o mínimo sentido,mas o que poderia fazer naquele momento além de esperar?

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Em quase 3 horas de viagem,consideravelmente a que senti que durou mais tempo em anos pela ansiedade,o carro para de se mover e finalmente consigo me desvincilhar de meus pensamentos. O Jung desce do carro abrindo a porta para mim de um jeito formal. Desci do carro sentindo minhas pernas falharem pela tremedeira que sentia. Provavelmemte minha face estava pálida. Talvez seja o pouco que tinha comido no café da manhã. Meus pensamentos foram a meus pais,o que pensariam de mim agora que estou aqui? Com a causa de meus problemas e consequentemente os deles também?Eu era um péssimo filho.

Kiss Me SlowlyOnde histórias criam vida. Descubra agora