Opressor Alien - Ecos da Guerra - Ln 1/3

1-3 - Um Silêncio quase Celestial

Radares em todo o mundo detectam uma anormalidade no comportamento dos gigantes gasosos do sistema solar como se houvesse uma perturbação magnética causando pequenas ondas continuas, uma constante distorção atmosférica no campo magnético de Júpiter, Netuno e Urano e uma pequena oscilação nos anéis de Saturno. Surge então a desconfiança de que outro objeto ainda não detectado com maiores proporções, com um campo gravitacional massivo o bastante para distorcer a gravidade do sistema solar remoto. Afetando apenas os planetas gasosos. Esse objeto denso e imenso estaria a caminho, seguindo o objeto menor. Mas essas informações são guardadas pelos cientistas, pois poderia se tratar de um falso positivo.

Qualquer que seja a desconfiança, nesse momento é melhor contar com o bom senso, e a paciência e dos encarregados da investigação. Caso contrario seria visto na pratica o que pode ser analisado pela teoria do caos. Nos ultimos dias as autoridades tiveram o vislumbre do que seria a teoria do verdadeiro caos. Onde os civis se revoltam contra as autoridades surgindo assim uma guerra civil sem precedentes. E por essa razão a decisão de guardar as descobertas em segredo para que os civis e a mídia não saibam de nada é unânime. As autoridades cientificas e militares temem uma desordem ainda maior pois, movidos pelo desespero e instinto de auto preservação as pessoas ficam loucas e o caos organizado da sociedade moderna se torna um incontrolável avalanche de desordem sem o menor controle. Mas ainda há divergências quanto informar ou não às autoridades políticas da União europeia.

Nesse momento as pessoas nem desconfiam de nada. Na verdade, não fazem a menor ideia do que está por vir. Nem mesmo os cientistas tem a noção exata das dimensões do objeto que segue em alta velocidade em direção ao sistema solar, sua composição, e rota ainda é completamente desconhecida. Os pesquisadores das agências espaciais e os militares trabalham incessantemente para compreenderem do que se trata o estranho objeto, e tentam traçar algum plano para destrui-lo ou desviar a sua rota.

Voltando a paris nesse exato momento Suzuki e Matheo estão indo juntos para casa, rindo e falando sobre os episódios de uma serie sobre zumbis. Quando no nada Suzuki olha para cima e para um estante extasiado em sua quase fúnebre reflexão e diz. – é silencioso não é? – silencioso quem?- indagou Matheo. – o céu, é tão silencioso. Nem parece que além do azul, na mais profunda escuridão do espaço está acontecendo tanta coisa ao mesmo tempo. Criação e destruição, tudo se transformando o tempo todo. É, o espaço é mesmo agitado. Não é muito diferente das coisas aqui na terra. – Matheo rindo ironicamente responde. – não parei para pensar nessas coisas. Por um lado você tem razão. – então lembrando-se do que viu na TV outro dia Matheo pergunta. – Suzuki, você acredita que possa existir vida em outros planetas? Em outras palavras seria possível que um acidente químico parecido ao que gerou evoluiu e diversificou a vida na terra possa ter acontecido em outro lugar do espaço? - Suzuki responde lhe. Se não tivesse acontecido seria muito desperdício de espaço no universo. O cosmos é infinitamente vasto e austero. E não é isso que a vida precisa para surgir, diversificar e evoluir? De extrema austeridade? – Matheo para por um momento e apenas diz. – é isso que mais me assusta. Se eles forem mais avançados que nós e tiver o mesmo instinto de exploração e dominação que nos temos, estamos em maus lençóis, e é questão de tempo para que nos encontrem, e não estaremos preparados para esse evento surpresa. - Suzuki sorri ironicamente e diz lhe. - acho pouco provável na verdade, mas não impossível. Mas você acha que se existisse alguém lá fora, não já teriam dado algum sinal? É algo a se pensar não acha?

E assim os dois seguem falando sobre o assunto e em algum lugar os dois se despedem e cada um segue para a sua casa.

Chega a noite. Kassandra está na cozinha preparando o jantar. Kimberly se aproxima dela e do nada pergunta. – Kassy, e ai o que já fez para se aproximar daquele garoto da foto que você fica olhando? – nervosa a Kassandra acena a cabeça em sinal de negação e sem querer faz um pequeno corte no dedo com a faca. - Kimberly exclama. – ah, mas você é uma tonta mesmo! Cortou ate o dedo. Assim fica muito, muito difícil... Você sequer consegue disfarçar, dá para ver que ele nem sabe que você o fotografou. Porque você não vai e fala com ele? Assim você não precisa ficar se iludindo ai sozinha. – dando-se conta de que cortou o dedo Kassandra vai até o armário e começa a preparar os curativos enquanto Kimberly a segue falando. - só há uma razão para você agir dessa forma, esse garoto ai deve ter namorada e você não quer se meter em problemas. Talvez ele nem tenha, parece bem normalzinho, se você quiser eu descubro para você. Eu sou muito boa com investigação das coisas. - Kassandra coloca uma das mãos no ombro da Kim, a olha nos olhos e mais uma vez faz um sinal de negativo sacudindo a cabeça.

As duas continuam na cozinha. Kassandra trabalhando no jantar e a Kim tomando um iogurte e lendo uma revista. Do nada Kimberly diz. – Kassy... Tenho uma coisa para te contar. Eu saí mais tarde, mas cheguei à linha de chegada antes de você. – sem entender a Kassandra para um pouco, mas não liga muito. Então Kimberly é mais clara. – hoje eu e o Javier matamos aula, passei o dia na casa dele e estávamos sozinhos lá. Preciso te contar o que aconteceu? – nervosa a Kassandra emite um estranho som e aponta para a porta da cozinha. Rindo a Kimberly apenas diz. – já sei... Quer que eu saia da cozinha né? Quer que eu pare de te incomodar? Está bem. Estou indo para o meu quarto. – e continua a dizer. – Kassy, não tenta falar na frente do garoto que você gosta não. Vai afasta-lo ao invés de fazê-lo gostar de você.

Não aguentando as palavras da Kimberly a Kassandra apenas senta-se em uma das cadeiras, apoia a cabeça na mesa. E fica estática para segurar a vontade de esganar a sua irmã caçula.