Eu Quero Superar

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-Lucas! Você tá bem?! - Lila grita

Não sei qual o meu problema, no começo eu tinha medo de patinar, mas agora não, eu não tenho medo, mas toda vez que eu patino eu lembro daquele dia, da dor que eu senti, e essa dor não me deixa patinar de jeito nenhum.

-É, tô bem sim - Eu falo me levantando meio atordoado.

-Mano o que foi aquilo? - Ela fala e dá uma leve risada.

-Eu já posso ir pra casa? - Pergunto

-Claro que não! Eu disse que ia te ajudar e vou.

-Como você pretende me ajudar? Você não é nenhuma psicóloga ou algo do tipo, nós estamos andando em círculos.

-Mesmo eu não sendo uma médico ou algo do tipo eu disse que ia te ajudar, e vou! - Ela fala determinada.

Então ela correu e foi calçar seus patins, que menina esquisita, eu não posso falar nada sobre isso né, eu sou mega esquisito também.

-Agora vamo lá, eu vou te ajudar. - Ela fala entrando na pista com seus patins.

-O que você pretende fazer exatamente?

-Eu vou te segurar ué.

-Ah não, eu não preciso disso.

-Claro que precisa, deixa de besteira.

Então Lila segura em minha cintura para que eu não caia enquanto patinava, bem clichê né? Mas vou relembrar à você que eu não estou apaixonado por ela, nós somos amigos. Provavelmente você já deve estar falando "Uii que romântico". Bleh, sái dessa cara.

Então começamos a patinar, com a Lila segurando minha cintura claro, ela tava me tratando como se eu fosse uma criança.
Tudo bem que ela é mais velha que eu um ano, mas é só um ano!

-Lila, não seria mais inteligente se você tirasse os seus patins pra me ajudar?

-Claro que não, eu tô praticando também, e se a gente cair, vamo cair junto.

-Não me responsabilizo por lesões.

-Olha pra frente!

Sim, eu faço piada com meu trauma, é melhor rir do que chorar não é mesmo?

Continuamos patinando até que tudo escureceu de novo, mas dessa fez foi diferente, eu vi novamente aquele dia mas dessa vez eu escutava a voz da Lila, e ela dizia:

-Calma Lucas! Você tá muito nervoso, para de pensar no seu último torneio, pensa em uma coisa legal como... Sei lá, meu nariz?

Tudo estava escuro mas eu escutava a voz dela, eu sentia meus patins, e então estava tudo claro novamente.
Então Lila me soltou e eu comecei a patinar, livre novamente.
Eu não acredito que uma garota de 17 anos me curou disso, será que eu superei mesmo?
Tenho,varias dúvidas, só sei que naquele dia eu patinei como nunca havia patinado.

É isso aí Lucas! - Eu escuto Lila gritar ao fundo.




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