1- sequestro

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Lili on

Cinco e quarenta da manhã, meu despertador toca, me alertando que já está na hora de levantar e concluir mais um dia cheio de trabalho.
Algumas pessoas acham que por eu ser filha do prefeito da cidade de NY minha vida e um mar de rosas... Bom, estão enganados.
Todo dia cumpro com a mesma rotina sem graça, acordar, ir para a academia, trabalhar no escritório do papai até as seis da tarde e depois ir direto para a faculdade, e hoje não séria diferente.
Me encontro com Camila, minha melhor amiga. Nós duas adoramos nos exercitar logo de manhã juntas, se bem que, mais conversamos do que exercitamos.

- Kj disse que, amanhã de manhã, vai me levar para um lugar especial- diz ela, pegando sua garrafa de água cor-de-rosa, abrindo um largo sorriso no rosto.

-uuh, olha só, parece que alguém aqui está apaixonada- digo com empolgação.

Camila e Kj namoram á 3 meses, mais nenhum deles disse a tal frase, na qual Camila está esperando que escape dos lábios do namorado ansiosamente.

- ele também disse que esse encontro vai mudar tudo. Não consigo imaginar o que pode acontecer.

- pois eu sim! Imagino ele se abaixando e pedindo Camila Carraco Mendes em casamento! - digo movimentando as mãos de forma dramática.

- deixe de ser boba Lili, estamos juntos a muito pouco tempo, essas coisas demoram muito pra acontecer, nos ainda nem...

- vocês ainda não se declararam um para o outro, mais talvez, amanhã seja o grande dia. Cami, você está esperando por isso há um tempão, se você sente de verdade, por que ainda não disse?

- não e tão fácil quanto parece Lili, você nunca teve um relacionamento sério, muito menos um sentimento verídico por alguém, sempre foi do tipo que não se apaixona. - diz a morena, agora ajeitando os cabelos com o laço que antes estava em seu pulso.

- Cami, são apenas palavras, o pior que pode acontecer é que o sentimento não seja recíproco. E eu realmente nunca senti nada por ninguém de verdade, pra que sentimentos? Eles só causam dor e arrependimentos!

- por isso eu ainda não disse, Lil- Camila diz, saindo em direção a portaria da academia.

Por um segundo, fico parada imaginando como seria a sensação de receber um "eu te amo" de alguém no qual o coração palpita emoções quando se está perto.
O barulho dos equipamentos da academia me acordam do transe e me levam se volta a realidade. Pego minhas coisas e me dirijo até a área principal da academia. Enquanto tento abrir a catraca com o cartão de acesso do local, me encaro no grande espelho que fica na parede a frente, olhando para o meu corpo e rosto, nenhuma pessoa me fez sentir amada de verdade... Talvez por que nenhum deles me mereciam.

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Após voltar do escritório, vou para casa tomar um banho e me preparar para a faculdade. Hoje vamos fazer uma das provas mais importantes de todas, e isso quer dizer que, quanto mais cedo chegar, melhor.
Saio do chuveiro me enrolando na toalha azul turquesa estendida no suporte do banheiro, pego outra do mesmo tom e envolvo em minha cabeça para secar os cabelos. Vou até o closet do meu quarto e pego uma calça jeans clara estilo Destroyer e uma regata preta clássica, visto e coloco um salto alto vermelho aveludado. Depois, vou até a penteadeira e arrumo os cabelos, apenas com uma escova para manter ele num estilo bagunçado. Abro a gaveta de maquiagens e pego uma base do meu tom, um rímel e meu liptint vermelho sangue.
Antes de sair, pego meu casaco vermelho e visto para me proteger do frio. Entro no carro e o motoristas me leva até a porta da faculdade.

Sempre fui boa aluna e tive as melhores notas em todos os meus anos escolares, sem contar que, graças ao meu pai, cujo e um presidente solteirão, as professoras viviam o chamando para parabenizar pela filha estudiosa e dedicada que ele tinha, mas todos sabemos que o que elas realmente queriam era uma ou duas noites quentes com meu pai.

Entro na sala e me sento na primeira carteira da terceira fileira, no meio da sala de aula. Dois minutos depois a professora chega, com boa parte dos outros alunos e entrega as provas a todos.

- como sabem, tem apenas uma hora e meia para responder todas as questões, sem rasuras ou suas provas serão anuladas. Boa sorte a todos- diz Marisol, professora e amante do meu pai... Essa sim conseguiu o que tantas outra queriam, só não foi assumida.

Minha mãe morreu quanto eu tinha 5 anos, e isso abalou tanto meu pai quanto eu, fazendo com que ele pegasse um tipo de fobia de relacionamentos ou qualquer tipo de laço amoroso, o que e de se compreender depois que alguém na qual se viveu 25 anos juntos vai embora sem despedida e nem prévio aviso. As vezes, eu acho que tenho essa fobia também, aliás, relacionamentos soam tão complicados para mim, que nunca tentei entrar em um.

Apesar da prova ser uma das mais importantes do ano, para mim foi baba, o que já era de se esperar.
Entrego a prova e me retiro da sala, vou até a área aberta da escola e fico sentada em um banco de madeira branca, mando uma mensagem para um de meus funcionários avisando que já estava de saída e fico esperando meu motorista vir me buscar. Observo como as estrelas estavam brilhantes, e imagino que minha mãe seria a mais brilhante de todas elas, que ela estaria me observando neste exato momento, me olhando atentamente, e cuidando de casa passo que eu dê. Escuto o canto dos grilos e das cigarras que fazem festa no Jardim do prédio escolar, em sinfonia me lembram da canção de ninar que meus pais cantavam para mim antes de dormir todas as noites.

Já se passaram quase trinta minutos e meu motorista ainda não chegou, fico impaciente e decido ir a pé. Saio do prédio e ando umas duas quadras a frente, aquela sensação de alguém me observando cresce a cada passo, se for minha mãe, ela está realmente atenta a cada movimento meu.
Escuto um barulho vindo da rua na qual acabei de virar, paro por um instante e travo sem olhar para trás, escuto passos vindo em minha direção, não consigo decifrar quantas pessoas estão caminhando, mais consigo me dar conta de que são mais de duas. Meu coração dispara e sinto minhas mãos começarem a suar, sem pensar duas vezes começo a andar, e com a frequência em que os passos se aproximam, acelero cada vez mais, quando me dou conta, já estava correndo, faltavam apenas alguns passos para chegar na próxima esquina e sair da rua escura e silenciosa, mas meus sapatos não ajudam nem um pouco, me fazendo cambalear frequentemente com a corridinha, um belo dia para escolher usar saltos autos. Um passo, apenas um passo e eu me afastaria do quer que seja que estivesse me perseguindo, quando meu salto do pé esquerdo decide quebrar, me fazendo tropicar e quase cair de cara no chão. Sinto uma mão coberta por luvas segurando meu braço, e por um segundo esqueço que estava fugindo de sei lá o que.

- muito, muito, muito obrigada, mesm...- me viro para traz para agradecer a pessoa que me livrou de espatifar a cara no chão, quando um homem totalmente coberto por uma roupa preta, dando visão apenas para seus olhos negros tapou minha boca, me fazendo assustar, nunca fiquei tão confusa na minha vida, uma hora me salvam de literalmente quebrar a cara, e em menos de um segundo, a mesma pessoa me sequestra. O que mais me falta acontecer?
Mal consigo raciocinar direito e um dos homens de preto pega um pedaço de pano molhado com algum tipo de sonífero e aperta contra meu rosto. Antes de apagar, consigo ver o mais baixo deles vestindo um saco de pano em minha cabeça, me fazendo perder toda visão.

-vamos, não podemos demora, preparem o caminhão- dizia o mesmo que me segurava.

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Um lugar consumido pela escuridão, apenas iluminado por uma lâmpada que está acima de mim. Sinto tudo girar, tento levar uma das minhas mãos ao rosto na tentativa de esfregar os olhos, quando me dou conta de que estou amarrada por cordas com nós fortes. Olho para frente com os olhos entreabertos, vejo um homem alto, moreno, seus olhos brilham ganância, assim como suas roupas absurdamente caras.

- seja bem vinda, nossa mais nova hóspede!- diz o mesmo, se aproximando de mim, com um sorriso sarcástico no rosto e suas duas mãos nos bolsos do blazer azul escuro.

- aonde eu estou? Quem são vocês? O que fizeram comigo?

- quantas perguntas little girl, vou responder a última.- diz ele se aproximando cada vez mais

- vamos dizer que foi um... Pequeno sequestro inofensivo... Ou não!- ele pisca o olho com ar de deboche. Acho que o reconheço de algum lugar, só não sei de onde.

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Oi gente, fazia tempo que não entrava aqui e sei q tenho que atualizar a outra fic (se vc ainda não leu corre aq no meu perfil e vote pfvrzinho).
Decidi escrever essa aq e possivelmente vou lançar o segundo cap amanhã ou hj mesmo, então comentem se gostarem. Bjussss💕💕💕

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⏰ Última atualização: Nov 28, 2019 ⏰

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