AN: Ayo! Nem acredito que estou dando continuidade ao 30DWC (que está mais para 30 anos).O tema dessa fanfic é: 25. Uma fanfic inspirada em um livro". Quando eu fui escolher o livro, passei muito tempo encarando minha estante sem saber o que escrever, os livros que eu leio são sobre direito, normalmente teses publicadas, filosofia ou psicologia, nada que eu poderia realmente utilizar, de fato e eu procurava algo romântico. Então fui catar algo na estante da minha irmã mais velha, cuja eu roubava quando pequena, e encontrei um livro que eu havia lido várias e várias vezes: Deixe a neve cair, o conto de três histórias. Fazia alguns anos que sequer tocava nele e, por ser um livro que eu gosto, decidi escrever no mesmo universo um romance 2min. Espero que goste e falo mais sobre nas notas finais.
Até o Último Floco de Neve
Era véspera do tão esperado Natal, data comemorativa que muitas pessoas contavam nos dedos os dias até que finalmente o evento batesse a porta e pudessem desfrutar de tempo quente e aconchegante de sua própria forma. Sinceramente, eu acho tosco. Não querendo soar como um senhor ranzinza e rabugento — como provavelmente devo aparentar dentro de um suéter âmbar de lã que pinica como o inferno que estou a trajar —, mas não deixa de ser um fato que Natal é uma festança insuportável em todos os sentidos. Compreenda que, para mim, Lee Taemin, esse mero dia surgiu somente para me tirar a paciência e forçar meus lábios em sorrisos falsos desgostosos; em vinte e quatro anos convivendo com essa época do ano, eu continuo o odiando com todas as minhas forças, cada molécula e fibra do meu ser.
Para começar, dezembro é o mês mais frio e desagradável do ano, onde tudo, cada ação reproduzida pelo ser humano deveria se resumir em hibernar até à primavera, evitando entrar em uma briga contra a temperatura, levantar-se do aconchegante calorzinho de seus lençóis e vestir roupas pesadas e enfeitar sua maldita casa — algo que você terá que retirar depois — para deixar entrar em cada cômodo o espírito capitalista de um falso papai noel. É como uma preparação para iniciar o ano seguinte sem um tostão furado e muito trabalho para fazer, com isso, mais uma vez repito: eu não gosto do natal.
Como de costume, na tarde do dia vinte e três, eu, meu irmão e meu priminho viajamos juntos de trem para visitar nossos doces padrinhos e reunirmos toda a família que morava na região envolta de um enorme piru na desinteressante e exageradamente grande casa destes. Contragosto, já que sempre sou obrigado a ir, pois meu irmão me puxa brutalmente pelos calcanhares e mágoa meus tímpanos ao recitar mais uma vez que tudo aquilo era um "compromisso com a família" que todos deveriam ter com seus amados parentes — apenas papo imprestável para me convencer, no qual eu nunca caía, mas sempre reunia o pouco de boa vontade que jazia em meu peito e enfurmanava-me em um casaco para rumar entre as ruas gélidas e vastas, porque ninguém é louco de sair de sua residência nesse tempo, apenas os tolos bestas: eu, meu irmão babaca e meu primo fofinho.
Antes de qualquer contestar, acho que achariam até interessante eu explicar o porquê de ser um coreano que vive no exterior — o que, para mim, não é grande coisa, pois já vi muitos que vivem —, se eu pudesse resumir tudo em somente uma palavra, diria "oportunidades". A chance brilhou sobre meus olhos e eu me perguntei "por que não?", juntei meus pertences e entrei no avião. Meus amigos mais próximos, como Kim Jongin, estranharam e disseram que eu estava agindo inconscientemente, sem pensar direito, mas eu não lhes dei ouvidos, eu poderia manter nossas amizades pela famosa internet, poderia achar uma escola que me receberia no fim das férias e início do ano e sabia bem falar em inglês. O que me impedia? Exatamente, nada. Oportunidades como essa não aparecem de um dia para o outro, é uma vez na vida e nunca deve se virar as costas e eu, como um bom dissimulado, pulei de cabeça e, com somente dezesseis anos, vim para a Richmond, Virgínia, nos Estados Unidos em busca de uma vida diferente. Já se passaram dois anos que isso aconteceu, e não peso em dizer que não me arrependo nem um pouco de minha decisão. Depois de muita ralação, eu me formei no colégio com um merecido baile de graduação e, agora, minha vida pairava na decisão de que faculdade devo ingressar, entre ciência da computação ou jornalismo. Eu queria poder dizer que minha vida estava de vento em popa.
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Até o Último Floco de Neve [2Min | Taemin + Minho]
FanfictionEra véspera de Natal e, como de costume, Lee Taemin junto a seu irmão e seu primo iriam viajar da Virginia para a Florida para comemorar e data com seus parentes, mas não esperavam a interferência da maior nevasca nos cinquenta anos para lhe atormen...