A claridade invadiu o quarto fazendo-me acordar e as memórias da noite anterior passaram-me como um filme, eu tinha tirado a virgindade da Anne. Procurei por ela ao meu lado na cama, mas ele estava vazio, vesti-me e vi que a casa de banho também estava vazia, quando sai do meu quarto e entrei no quarto ao lado as empregadas da limpeza estavam a trocar os lençois.
-A hospede deste quarto?
-Saiu de madrugada senhor.
Ela tinha fugido, voltei ao quarto em busca do meu telemóvel em cima tinha um bilhete.
" Eu peço desculpa André, a esta hora não deves estar a perceber nada e eu devo estar quase a chegar a casa. Não estou arrependida, obrigada por teres sido carinhoso e tudo o que eu precisava para a minha primeira vez, e talvez esteja a ser egoísta, mas sei que se tivesse continuado ao teu lado nessa cama, era bem capaz de desistir de tudo na minha vida para te acompanhar para todo o lado. Como disses-te ontem, um dia vamos encontrar-nos, ou não, quero que saibas que te amo e sou e sempre serei a tua fã número um independentemente do caminho que escolheres. Com todo o amor do mundo, sempre tua Anne. "
As palavras dela repetiam-se vezes sem conta na minha cabeça e eu perguntava-me se a culpa tinha sido minha, a dor no meu peito era imensa e eu perguntava-me porque que as pessoas se permitam apaixonar, se aquela seria sempre o sentimento.
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