2 ‐ Um Suspeito

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Kiko saia de sua casa para brincar com a sua bola quando ouviu a Dona Clotilde invocar o diabo começou a se amedrontar.

— Sanatás, cadê você? — A voz vinha de dentro do apartamento 71.

Chiquinha e Chaves saíram do apartamento 14.

— Aposto que foi a bruxa do 71 — Chiquinha disse para Chaves.

— Calma, vamos descobrir.

Kiko viu os amigos e foi até eles.

— Vocês não vão acreditar — falou ao se aproximar e os amigos pararam para lhe ouvir. — Acabei de ouvir a Bruxa do 71 invocando o diabo.

— Ai Kiko, o que você tem de burro você tem burro —  Chiquinha disse toda sem paciência. — Satanás é nome do cachorro dela.

— Isso é nome de se dá a um animal? — Perguntou Kiko.

— Não sei —  Foi Chaves quem respondeu. — A dona Florinda tem um animal e lhe deu o nome de Kiko.

— Hahahahaahabahan — Chiquinha começou a rir da piada.

Kiko por outro lado gritou:

— Você não vai com a minha cara? —  E beliscou o menino do 8.

Chiquinha ainda ria.

— Para aí, você vai ver — Chaves disse e se preparou. Sua mãos se fecharam e logo depois deu uma sequência de três socos no rosto de Kiko.

O menino caiu nocauteado.

— BEM FEITO! — Chiquinha disse toda animada. — Vamos Chaves, temos que descobrir quem matou o meu pai.

— Isso, Isso, Isso — Chaves se aproximou da amiga.

Kiko ainda deitado se recuperava dos socos. Assim que levantou perguntou:

— Eu ouvi direito? Seu pai morreu?

— Sim — Chiquinha respondeu toda triste.

— Eu não acredito.

— É verdade — Chaves confirmou. — Pode ir na casa dela olhar.

Kiko andou apressado até o apartamento 72. Depois de instantes voltou todo traumatizado. Sua expressão era indecifrável. Ele voltou ao apartamento de novo para olhar o cadáver mais uma vez, depois voltou para o pátio.

— AH, ACABEI DE VER O CADÁVER.

— Não seja idiota, Kiko. O termo correto é defunto.

— Mas cadáver também está correto, Chaves — comentou Chiquinha.

— É mesmo?

— Sim, pois é, pois é, pois é.

— Tá bom, viu Kiko, o Sr. Madruga morreu e você viu o "caváder".

— O NOME CERTO É CADÁVER! — Corrigiu uma outra voz.

Os três meninos olharam para a entrada e viram o Professor Girafales. O homem de quase dois metros estava parado, com um charuto na boca e um buquer de rosas na mão.

— Mestre Linguiça!!! — Falou Chaves.

— TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ TÁ! — Gritou o professor se aproximando. — Não é linguiça, eu me chamo Girafales.

— É que me escapuliu — disse Chaves passando a mão no suspensório.

— Tá tá tá, deixa pra lá, só não vá falar errado de novo. É CADÁVER.

— E o que eu disse? — Perguntou Chaves.

-— CAVÁDER.

—  E como é?

O Caso do Sr. Madruga Onde histórias criam vida. Descubra agora