one.

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Chorava e chorava.

Minha face em lágrimas.
A tristeza me cega,
tudo parece sem rumo.

Ela está lá fora, grita e implora para que eu abra a porta, mas estou com medo do que pode acontecer se a deixar entrar novamente.

Dias tristes são todos os dias e eles parecem um castigo, porque significa minha existência, triste existência.

— Por favor, Lauren, abra a porta... — Choraminga, tristemente perdida. — Eu não sei o que fazer com essa merda toda. Preciso de você. Preciso te amar, te mostrar que podemos superar isso.

A melancolia me pedia
para puxar o gatilho.
Minha mente gritava: Lauren! Morra!
Parecia não ter fim aquele oxigênio todo. Eu só ansiava não respirar para não ter que viver mais 24 horas.

— Por favor, Lauren... — Entre soluços, tentava falar. — Abra... — E batia repetidas vezes na madeira lisa da porta daquele banheiro. — Só abra... — Mais batidas, mais lágrimas e soluços, entre mais respirações ofegantes e cortantes. — Me deixe te amar, Lo. Só me deixe te amar. — Observo a arma em minhas mãos, limpando minha face, ainda com medo do que minha mente grita. — Eu te amo, Lauren... Não quero te perder. Só abre a porta... Por favor...

E, de repente, não há nada além de depois de puxar o gatilho, depois do grande e perturbador barulho.
Não há nada além.

in tears ❅ camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora