Meu ensino médio foi um pouco tanto perturbado, eu não cheguei a sofrer bullying ou qualquer coisa nesse sentido. Porém o olhar de pena das pessoas causava um grande desconforto. Viajo nos meus pensamentos e caio onde eu não queria, um momento do meu colegial que eu não gostava muito de lembrar.
_Ei garoto você quer se sentar com nós no refeitório bloco C? _Bruno Fernandes com sua trupe chegam perto de mim.
_Pode ser_ Respondo dando de ombros.
_Okay, falaremos sobre garotas, conversaremos, criamos ideias de como ganhar dinheiro, e depois disso você vai embora simples_ Ele rir junto com sua trupe, sinto uma sensação meus olhos se arregalam quando percebo as suas intenções.
_Não quero amigos de lancheira não, quero amigos que me entendam, vamos lá pra casa morrer sozinho, uma amizade verdadeira e duradoura, não quero amigos para me usarem, sem amigos de lancheira_ Me levanto daquela mesa e percebo olhares de pessoas perto da mesa, vários murmurinho.
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Saio do meus devaneios e começo a rir de mim mesmo, fora isso nem parecia que eu estava cheio de dores, e sintomas estranhos, eu estava escondendo de mim, não aceitando a verdade que estava a minha frente.
Coloco meus fontes de ouvidos e saio sem rumo, apenas para respirar, deixar um pouco as preocupações de lado, ter um momento comigo mesmo e colocar os pensamentos em ordem. Me pego sentado na área observando as ondas do mar se chocando contra as grandes rochas, a maresia tocando meu rosto, fecho os olhos e deixo toda aquela melancolia me consumir por inteiro.
Pego minhas sandálias e começo a caminhar sobre a areia molhada, onde os últimos rastros de onda se acabam. As primeiras palavras de uma música começa a sair baixo da minha boca.
“Ao teu nome clamarei, e além das ondas olharei, se o mar crescer, somente em ti descansarei, pois eu sou teu e tu és meu”
Quando menos percebo havia feito todo meu caminho de volta para casa, encontro minha mãe chorando assistindo a televisão, uma reportagem sobre um surgimento de petróleo na costa americana, não a sinal de óleo no mar, apenas sobre a areia.
_Por que choras mãe? _ Pergunto passando meus braços ao redor de sua cintura chegando mais perto dela.
_Meu filho, o mundo está diferente, não é mais as mesma coisas, nos estamos acabando com o futuro do nosso mundo, como será daqui para frente, o fim está próximo, só não percebemos isso_ Suas palavras se ponderam em minha cabeça, que me fez ficar pensativo também, será se meu fim também está próximo?
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O Recomeçar
Historical FictionUm colapso terrestre, uma doença, ambos estão de alguma forma interligados. Um rapaz de 18 anos, foi diagnosticado com uma doença no sangue, mais conhecida como leucemia, até então Andrew achava que esse era o único problema que possuirá em sua...