Capítulo 06} Realidade do mundo

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Meu ensino médio foi um pouco tanto perturbado, eu não cheguei a sofrer bullying ou qualquer coisa nesse sentido. Porém o olhar de pena das pessoas causava um grande desconforto. Viajo nos meus pensamentos e caio onde eu não queria, um momento do meu colegial que eu não gostava muito de lembrar.

_Ei garoto você quer se sentar com nós no refeitório bloco C? _Bruno Fernandes com sua trupe chegam perto de mim.

_Pode ser_ Respondo dando de ombros.

_Okay, falaremos sobre garotas, conversaremos, criamos ideias de como ganhar dinheiro, e depois disso você vai embora simples_ Ele rir junto com sua trupe, sinto uma sensação meus olhos se arregalam quando percebo as suas intenções.

_Não quero amigos de lancheira não, quero amigos que me entendam, vamos lá pra casa morrer sozinho, uma amizade verdadeira e duradoura, não quero amigos para me usarem, sem amigos de lancheira_ Me levanto daquela mesa e percebo olhares de pessoas perto da mesa, vários murmurinho.

》◇《

Saio do meus devaneios e começo a rir de mim mesmo, fora isso nem parecia que eu estava cheio de dores, e sintomas estranhos, eu estava escondendo de mim, não aceitando a verdade que estava a minha frente.
Coloco meus fontes de ouvidos e saio sem rumo, apenas para respirar, deixar um pouco as preocupações de lado, ter um momento comigo mesmo e colocar os pensamentos em ordem. Me pego sentado na área observando as ondas do mar se chocando contra as grandes rochas, a maresia tocando meu rosto, fecho os olhos e deixo toda aquela melancolia me consumir por inteiro.
Pego minhas sandálias e começo a caminhar sobre a areia molhada, onde os últimos rastros de onda se acabam. As primeiras palavras de uma música começa a sair baixo da minha boca.

“Ao teu nome clamarei, e além das ondas olharei, se o mar crescer, somente em ti descansarei, pois eu sou teu e tu és meu”

Quando menos percebo havia feito todo meu caminho de volta para casa, encontro minha mãe chorando assistindo a televisão, uma reportagem sobre um surgimento de petróleo na costa americana, não a sinal de óleo no mar, apenas sobre a areia.

_Por que  choras mãe? _ Pergunto passando meus braços ao redor de sua cintura chegando mais perto dela.

_Meu filho, o mundo está diferente, não é mais as mesma coisas, nos estamos acabando com o futuro do nosso mundo, como será daqui para frente, o fim está próximo, só não percebemos isso_ Suas palavras se ponderam em minha cabeça, que me fez ficar pensativo também, será se meu fim também está próximo?

》◇《



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