Explicações

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Minhyuk: Noonaaa!!

Não era exatamente aquela voz que eu esperava ouvir.

Enquanto jogava a mochila no banco de trás e fechava a porta, vi o Minhyuk correndo na minha direção. Tentei entrar no carro antes dele me alcançar, mas ele foi mais rápido. Antes que eu me sentasse no banco do motorista, ele me segurou pelo braço.

Minhyuk: Noona, espera!!

Ainda me sentia enjoada e tonta.

Minhyuk: Não vai embora assim! Me deixa explicar tudo!

Eu realmente não queria conversar sobre aquilo.

Allis: Não é da minha conta.

Minhyuk: Claro que é!

Enquanto falava, ele me segurou pelos ombros e me virou na direção dele.

Minhyuk: Você é nossa amiga, veio trabalhar com a gente e nos ouviu brigando daquele jeito. Você merece uma explicação.

Eu não conseguia olhar nos seus olhos.

Minhyuk: Olha como você está...

Allis: Eu estou bem.

Minha tentativa de negar meu nervosismo foi totalmente sabotada pela minha voz trêmula.

Minhyuk: Não está mesmo! Você está totalmente branca! Eu não vou deixar você dirigir assim!

Minhyuk me puxou pela mão e fechou a porta do carro, que ainda estava aberta. Em seguida, envolveu minhas duas mãos nas dele e passou a falar de forma mais suave.

Minhyuk: Deixa eu pelo menos tentar te acalmar. Vem beber uma água...

De jeito nenhum eu ia voltar praquele apartamento. O clima de lá ia me fazer vomitar na hora.

Allis: Eu realmente acho que não devo subir agora...

Minhyuk: Não precisa ser lá em casa se você não quiser. Vamos em outro lugar...

Ficamos em silêncio por alguns instantes antes dele voltar a falar.

Minhyuk: Você está tremendo... Vem cá...

Ele me abraçou suavemente, tentando me acalmar. Como ele era alto, meu rosto ficou apoiado contra seu peito.

Allis: Me desculpa... vocês que brigaram e eu que estou assim... era pra eu estar acalmando vocês...

Minhyuk: Não se preocupa... tá tudo bem...

Sua voz parecia a mais doce do mundo naquele momento.

Minhyuk: Calma... respira...

O abraço e a voz dele passavam tranquilidade, e aos poucos fui me acalmando. A ânsia de vômito foi passando e o sangue foi voltando para a minha cabeça. Só então consegui olhá-lo nos olhos.

Allis: Obrigada...

Minhyuk: Não precisa agradecer. Mas vem... Vamos sentar e conversar, por favor.

Agora que já estava melhor, senti que conseguiria ouvir o que ele tinha a dizer sem passar mal.

Allis: Tudo bem...

Ele continuou segurando a minha mão, e pelo jeito que ele estava me segurando firme, parecia que ele tinha medo que eu passasse mal de novo. Fomos andando assim até uma cafeteria ali perto que já estava aberta. Quando entramos, ele me sentou em uma cadeira, ainda me guiando pela mão.

Diz que me querOnde histórias criam vida. Descubra agora