Prefácio

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Bem... Todos um dia conhecerão seu derradeiro destino, era o que vovó Lya costumava dizer quando precisava dar um conselho. Cedo ou tarde, a morte é o destino que quase todos teriam, essas pessoas com tal destino iriam para o submundo, ou inferno, depende da religião ou cultura da pessoa. Eu acreditava que o meu destino era ser um simples mortal destinado a ficar toda a minha vida em um escritório usando uma gravata vermelha ou preta, ficar sempre interessado em uma pessoa que nunca me daria um simples “olá”, ter uma aposentadoria monótona e chata, tendo como diversão somente o momento em que meus netos fossem para a minha casa passar as férias de verão e com sorte as de inverno. Ah sim... eu teria a vida que os filmes ou novelas mostram, é simples, gosto de simplicidade. Mas eu não sabia nem mesmo o que o destino me reservava, somente deduzia o que seria da minha vida pela forma que as coisas aconteciam, morava com a minha mãe, a mulher mais... Incrível que eu já conheci, ela parecia ser capaz de dar conta de todo o peso do mundo com apenas uma mão... Eu tenho um irmão gêmeos que nos visitava regularmente, quer dizer, sempre que mamãe fazia torta de blueberry, e deuses... Como aquela torta era deliciosa, enfim, Tyler, ou ty(era assim que o chamava) era totalmente diferente de mim, era confiante, atlêtico, era impossível não ver com uma namorada diferente entre suas visitas, seria mentira se negasse que o invejava em algumas coisas. Enquanto ele era o Don Juan da família, eu era uma ovelha isolada, trocava uma excursão por um passeio na biblioteca, sim, eu sou um cdf(drama? talvez). Consegui fazer um amigo durante a escola, ele se chamava Clark mas eu o apelidei de haste de cotonete por causa do cabelo e das sombrancelhas azuis que ele tinha, já ele fez um trocadilho para me apelidar, me chamava de “chassi de grilo”, não tinha graça, mas não tinhamos com quem reclamar, então resolvemos aceitar, eramos alvo de valentões quase todos os dias letivos, com exceção dos dias em que eles cabulavam para usar drogas em algum lugar aleatório. No sexto ano conheci uma garota, sabe, aquela pessoa tão linda que o faz olhano espelho e pensar “o que alguém como ela vai querer comigo?”, as únicas coisas que eu sabia era que o nome dela era Elizabeth e que ela sempre vestia branco e algumas vezes uma roupa prateada... Ou era um tom estranho de amarelo? Nunca soube. Clark sempre notava quando eu ficava babando por ela e fazia alguma brincadeira besta... Essa era a minha vida até meu desesseis anos. Posso dizer que era um dia como os outros, uma noite de dia das bruxas, as ruas decoradas, crianças fantasiadas correndo, eu havia me separado de Clark que estava indo passar o final de semana na casa da avó, minha casa ficava praticamente do outro lado do bairro, tinha que me apressar se quisesse comer um dos doces que minha mãe fazia antes que os pirralhos dos filhos do vizinho tocassem a campainha e levassem tudo. Faltavam alguns minutos para chegar, com sorte eu conseguiria comer algumas tortinhas de limão antes do jantar, mas antes que eu pudesse imaginar outra glouseima fui jogado sobre uma poça de água, de fundo comecei a ouvir algumas risadas maldosa, assim que me levantei do chão pude decobrir de quem era aquela risada, Trevor e seus seguidores.

Olha, parece que esbarrei em um fracassado! – disse Trevor antes de voltar a rir de mim.

Uma palavra de quatro silabas... Parece que você esta assistindo as aulas de português, Trevor. – Não resisti, mesmo sabendo que ele iria me bater depois, acabei levando um soco de esquerda e graças ao poste de iluminação não fui parar no chão.

É o seguinte, avisa a gostosa da sua mãe que eu vou procurar ela durante a noite, entendeu, nerd? – Trevor pede para levar uma surra, mas eu sou um franguinho perto dele, talvez eu consiga, ou não(não sou muito otimista).

Não pude deixar ele falar daquele jeito, ainda mais sobre a minha mãe, avancei contra ele com uma coragem tão grande quanto os golpes que ele me deu em seguida, acho que desloquei o ombro esquerdo. Minhas costas bateram tão forte sobre o poste que o mesmo ficou balançando durante alguns segundos, me afastei do poste e levei minha canhota até o ombro, realmente devo ter deslocado o ombro, mas não sei dizer se foi com o soco desajeitado que dei ou com o impacto do poste. Levantei minha guarda numa obviamente falha tentativa de defesa, se alguém que lutasse boxe saberia que só levantei os braços para evitar um nocaute.
Quando Trevor veio novamente para cima de mim, algo inesperado aconteceu, um raio acertou meu ante-braço direito, os momentos seguintes foram tão rápidos que poderiam ser comparados a um video acelerado. Trevor acabou caindo sobre o chão, os seguidores dele saltaram para qualquer direção longe do raio, equanto meu corpo foi lançado para trás, o mundo pareceu estar em slow motion, pensei se era isso que acontecia quando nossa vida esta por acabar(popularmente conhecido como morrer) mas durante todo o acontecido, um tipo de manopla em
um tom avermelhado surgiu sobre o mesmo ante-braço, em seguida a mesma pareceu envolver meu corpo em uma armadura na mesma cor que ela, assim que o tempo voltou ao seu ritmo, bati com tanta força sobre uma lata de lixo que a mesma ficou parecendo com uma caixinha de ferramentas com mal uso. Lentamente me levantei do chão, todo aquele metal sobre o meu corpo dificultava um pouco a movimentação, mas ainda sim, ela parecia ser mais leve que as minnhas roupas.

Elementares: Guerra CósmicaOnde histórias criam vida. Descubra agora