Carousel (ziam)

Pequenos Danos

NOITE ANTERIOR
Trisha estava confundida com as datas mas talvez fora um ano atrás. Sim, um ano atrás.
Fora um ano atrás em que estava na casa de seu irmão com seu filho Zayn e viu uma coisa que não queria ter visto.
Lembra mais ou menos que estavam falando sobre algo que a deixou irritada. Ah sim, sobre aquele beijo gay na novela.
Ela não tinha problemas com essas coisas, aceitava e respeitava, mas continuava sem querer lembrar daquilo, do que tinha visto. Não sentiu raiva, nojo ou nada de ruim, sentiu-se abalada e traída. Não esperava de seu filho ter atitudes assim.
Enfim, ela estava irritada com o rumo que a conversa sobre a novela estava tomando, então decidiu sair de lá para não se alterar. Foi fumar na praça perto da casa de seu irmão. Um erro. Sentou-se em um banco distraidamente e começou a tragar seu cigarro. Por sobre suas baforadas de fumaça e pelo que seus olhos podiam ver da altura que estava sentada pode avistar seu filho, Zayn. Estava em pé encostado em uma arvore, olhando pra baixo. Nem tinha reparado que ele não estava na casa, tinha saído de lá tão avulsa.
Levantou-se para ir falar com ele mas se deteve quando viu Liam, seu sobrinho, filho de sua cunhada, agachado e... fazendo coisas em seu filho.
Depois disso Liam passou a visitar muito sua casa para ver seu filho, e Zayn também o fazia muitas visitas. Recentemente Trisha tinha começado a fazer plantão no hospital nas noites de quarta para quinta, e seu sobrinho começou a dormir lá. Era perturbador para a mulher pensar o que eles podiam estar fazendo.
Mas então aqui estava ela, tinha dispensado o plantão desta noite e voltando para casa com a intenção de, bom, não surpreender mas de saber se eles mantinham algo desde aquele dia na praça.
Parou o carro um pouco antes da casa, a intenção não era constranger eles, mas entrar sem ser percebida. Abriu a porta em silencio e subiu as escadas. Ia bater na porta mas achou melhor não, já que do começo do corredor pode ouvir gemidos.
Com o coração pesado e quase chorando chegou perto da porta do quarto de Zayn. A cama estralava, e muito forte e vorazmente.
Pertubada e chorando, saiu da casa sem barulho algum. Mas ela tinha dispensado o serviço esta noite e não tinha para onde ir, então ficou sentada em baixo da janela do quarto de seu filho. A cama estalando podia ser ouvida de lá também.
Por algum motivo ela ficou ali se torturando e ouvindo tudo sem parar de chorar.
Eram mais de três da manhã quando os gemidos pararam. Se sentindo uma ridícula de ter ficado ouvindo tudo resolveu levantar e ir para o carro e ao menos dormir lá, mas quando se levantou algo caiu em sua cabeça, viera da janela do quarto. Quando pôs a mão sobre a cabeça percebeu que era uma camisinha.
Quase gritou, mas com um movimento jogou a coisa para o lado. Suas mãos e cabelos estavam melecados e ela não pôde deixar de vomitar na lixeira do quintal.
Limpou suas mãos e cabelos no casaco e o tirou do corpo. Foi para o carro e pegou seu celular e mandou uma mensagem á mãe de Liam: "preciso lhe falar algo".
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Seja lá quem tenha mandado a foto de um ano atrás para Zayn, seja lá quem for não devia se preocupar nem um pouco. Ele não iria nunca mais mesmo chegar perto de Perrie.
Depois que paramos de fazer nossas coisas por causa da foto recebida, ficamos em meu quarto sentados e pensando, cada um em suas mentes sem dizer uma palavra.
- essa foto não pode ser mostrada a ninguém - Zayn irrompeu nosso silencio.
Não disse nada, não precisava ser dito, porque realmente essa foto não podia chegar á ninguém.
- não podem saber de nós - continuou.
'Nós' era algo bom de ser ouvido dele, e, apesar do momento caótico fui e o abracei de felicidade. Minha mãe abriu a porta do quarto subitamente e eu desgrudei de Zayn.
- o jantar - ela apenas disse e saiu.
- que estranho - Zayn se manifestou.
- pois é.
- ela ta bem?
- não sei. Deve ser alguma coisa com meu pai.
Zayn e eu então fomos jantar. Minha mãe continuou estranha. O que diabos ela tinha?
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Perrie, depois que Zayn deixou a casa e Mag também, ficou chorando. Mas estava decidida em não ficar abalada, alias de não se deixar abalar por isso.
Ela não aguentava mais, não fora a primeira briga deles. Estava disposta a dar um fim em tudo.
Pegou as coisas que Zayn deu para ela e foi para o quintal dos fundos. Jogou tudo amontoado. Pegou álcool e um fosforo. O fogo queimou tudo.
Era triste para ela fazer isso, e estava se perguntando se eles ainda voltassem. Mas não estava arrependida porque se voltassem seria uma historia nova, com novas coisas.
-tudo bem? - a garota se virou e pela cerca do vizinho viu um garoto sem camisa com uma caixa na mão. Devia estar se mudando.
-com certeza - ela respondeu.
-meu nome é Austin - ele falou.
-ah.
-to me mudando.
-posso ver - e ela apenas via seu abdômen.
-tem como parar de viadagem e me ajudar aqui - uma terceira pessoa falou. Era um garoto muito parecido com o primeiro. Gêmeos.
-ei seu trouxa o que você t... - ele parou de falar quando se aproximou do irmão e viu Perrie.
-essa aqui é... como é seu nome? - Austin perguntou.
-Perrie.
-ah - o segundo irmão falou - eu sou Alex.
-vocês são gêmeos! - Perrie falou e se sentiu estupida.
-sim - os dois falaram.
-bom, vamos indo - o primeiro falou.
-até depois - o outro falou.
-até - Perrie falou.
De repente, pareceu muito fácil não pensar em Zayn.