7.Boto

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Nas noites ribeirinhas
Nos bailes de animação
O boto sempre aparece
Causando comoção
Atraindo as moças
Para dançar no salão

Um belo rapaz de terno
Branco de fino padrão
Chapéu na sua cabeça
Trazendo lenço na mão
Usando perfume marcante
Que toma todo o salão

Surge na festa do nada
Sai bebendo e dançando
Um bom parceiro de copo
Sempre à todos encantando
Fica ali a noite toda
Só sai com o galo cantando

Lá pela madrugada
Ele precisa voltar
Para dentro do rio
Para se desencantar
Volta a ser o peixe boto
Na correnteza à nadar

Quando uma moça tem filho
Não sabe quem é o pai
Fala que é do boto
E perguntar ninguém vai
A verdade sobre o fato
O assunto ali mesmo cai.

Meu Folclore em CordelOnde histórias criam vida. Descubra agora