Capítulo 5 - O Que Acontece As Três da Manhã

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Após se despedir de Erick, Dylan vai em direção a sua casa. Tentaria ir sem fazer barulho, para não acordar sua irmã. Isso se conseguisse chegar lá, sua moto ficava cada vez mais e mais devagar, olhou rapidamente para o indicador de combustível e viu que estava perto de vazio. Subitamente veio a sua cabeça a memória de ir ao posto de gasolina, porém, ao invés de abastecer sua motocicleta, fez sexo. Dylan não podia dizer que se arrependia da escolha dele, porém, ele estava longe o suficiente da sua casa e de qualquer conhecido seu, e não estava com nenhum dinheiro para reabastecer ou pedir um uber. Ele estava muito longe para ir a pé a qualquer lugar, e além disso, era de madrugada, as chances de ser assaltado eram muito altas. Ele já práticos boxe, mas se perguntava o que um gancho de esquerda podia fazer contra uma faca.

— Que merda. O que que eu faço agora? — Dylan xingou consigo mesmo. Uma forte onde frio subitamente desceu as ruas. Dylan começou a tremer, pensando na jaqueta que havia deixado com Erick mais cedo. — Porra! O que falta acontecer agora?

Dylan arrasta a moto até a calçada e senta no meio-fio. Ele começa a ouvir alguns passos através de si, não olhou para trás, esperava que fosse algum adolescente bêbado vindo da festa que havia acabado de sair, e, era!

— Ei, cara, precisa de ajuda?
Dylan olha para trás num susto, reconhecendo essa voz, uma voz cuja ele havia ouvido gemer horas atrás.

— Aaron? O que tá fazendo por aqui? — Dylan perguntou um tanto quanto aliviado.

— Indo pra casa. E você? Aconteceu alguma coisa? — No momento em que brigaram, Dylan não sabia absolutamente nada sobre Aaron, talvez fosse uma boa pessoa tendo um dia ruim, ou uma pessoa ruim tendo um bom dia. Pra sua sorte, era a primeira opção, apesar disso, não deixava de ter uma personalidade irritável, arrogante e explosiva.

— Fiquei sem gasolina.

— Acho que tem um tanque de combustível lá em casa, posso te dar um pouco, o suficiente para conseguir chegar em casa. — Eles não eram exatamente amigos agora, porém eles tinham coisas em comum, ambos jogaram futebol americano, ambos os pais eram “sacos de merda”, e, havia um sentimento mútuo e recíproco em um achar o outro “gostoso pra caralho”.

— Seria foda, mas não tenho dinheiro agora, e não gosto de ficar devendo. — Ele disse se espreguiçando e bocejando na calçada.

— Não se preocupe, eu te dou. — Aaron disse se sentando ao seu lado na calçado.

— Porque você faria isso? — Dylan questionou intrigado.

— Já está lá a um tempo, e duvido que a gente vai usar aquilo. — O loiro respondeu, piscando os olhos rapidamente.

Dylan deu ombros — Se você insiste, mas eu ainda vou te pagar.
Aaron abriu um sorriso irônico e se levantou. — Bom, minha casa não esta muito longe, mas é melhor a gente ir, tá muito frio aqui.

Dylan se levanta e se espreguiça. Segura nos guidões da sua moto e, em pé, ao lado de Aaron, começa a andar. Não conversaram muito durante o percurso, e nem queriam,  o silêncio era reconfortante e maravilhoso. Após uma caminhada de cinco minutos, eles haviam chegado a casa do loiro.

— Tá lá na garagem, fica aqui, eu vou pegar. — Aaron disse abrindo o grande portão de metal, da forma mais silenciosa possível, para não acordar seu pai. Dylan havia ficado na calçada o esperando. A porta se abriu, uma câmara escuro se revelou, Aaron rapidamente acionou o interruptor, permitindo assim, que a luz começasse a iluminar o local. Uma garagem normal estava a sua frente, haviam latas de tintas empilhadas pelas prateleiras, uma mochila de boliche que provavelmente continham bolas, um taco de golfe e uma caixa de ferramentas em cima de uma mesa, no centro, um carro vermelho reluzia.

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