Cadeirão quebrado

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Estava próximo do dia onde suas habilidades com poções seriam testadas. Sua tensão e ansiedade em níveis altíssimos. A bruxa Uraraka andava de um lado para o outro tentando segurar sua frustração. Seu único caldeirão se soltou e espatifou no chão, estava completamente amassado de um lado por ser de ferro, e algo que aprendeu com seus pais foi que se caso o caldeirão não estivesse cem por cento perfeito seria inútil para tentar fazer poções de nível alto. Suspirou pela milésima vez naquele dia. Teria que ir para o vilarejo mais próximo para comprar outro. O problema era: Ela era uma bruxa, então caso fosse descoberta temia ir para a fogueira como seus pais foram a alguns anos atrás. E o pior de tudo isso é que as pessoas festejavam enquanto o corpo era carbonizado na fogueira.

Deixou seu cajado e seu chapéu em cima de uma mesa com frascos de poções - vazios e cheios -, pegou um saco pequeno com moedas de ouro deixada por seus antepassados para momentos de emergência e deixou seu cerbero chamado Eijirou de guarda para caso alguém tentar invadir a casa enquanto ela está fora, caso aparecesse um batalhão de homens - difícil, mas não impossível - o seu pássaro chamado Dark Shadow iria até ela a avisar.

No caminho ia tentando pensar em um jeito para que não fosse descoberta. Eles irão desconfiar dela, afinal ela nunca apareceu por lá e do nada aparece sem bolsas para dizer que era viajante, com moedas de ouro e saindo do meio da floresta.

Suspirou pesadamente outra vez.

Saiu da floresta dando de cara com o pequeno vilarejo, havia algumas pessoas transitando e outras trabalhando. Seguiu andando tentando ignorar o olhar curioso das pessoas sobre si. Parou de andar ao ver uma casa de ferreiro com uma placa em cima escrita "Casa de ferreiro U.A". Adentrou o lugar e seguiu para a bancada, atrás dela tinha uma moça gentil de olhos grandes que a atendeu.

- Seja bem vinda! Temos diversas coisas, o que gostaria de ver? - A de cabelo verde e olhos grandes pergunta.

- Eu gostaria de ver os caldeirões. - A moça gentil a olhou estranho. - Eu estava fazendo a minha sopa quando ele decidiu se arremessar no chão. - As duas riem.

- Vou falar com os ferreiros. Afinal, qual seu nome? Nunca a vi por aqui.

- Meu nome é Uraraka Ochako, eu moro na floresta com minha tia e não saímos muito, meus pais morreram quando eu era bem pequena, então não me lembro deles. - Na floresta ela pensou em toda essa história.

- Ah eu sinto muito te fazer lembrar. Meu nome é Tsuyu Asui mas pode me chamar só de Tsu, se quiser é claro.

- Okay Tsu, é um prazer te conhecer. Não se desculpe, está tudo bem, ela me ama tanto que isso não me afeta mais.

- Também é um prazer te conhecer. Tudo bem, se você diz. Pode esperar aqui? Vou falar com os ferreiros.

- Claro! Problema nenhum.

Ela sai de trás do bancão e vai para o fundo da loja.

- Ei, tem algum caldeirão por aqui? - Tsu questiona.

- Pronto pronto não mas tem um que tá na metade. - Um dos ferreiros responde.

- Tem cliente lá fora querendo, quando tempo vão demorar para eu falar com ela.

- Um dia eu acho.

- Obrigado. - Ela diz e se curva minimamente.

A esverdeada sai e vai ao encontro de Ochako que estava mexendo no cabelo.

- Um dia. - Uraraka se assusta e solta o fio de cabelo. - Desculpa, assustei você né? Não foi a intensão.

- Tudo bem, sem problemas, estava distraída.

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