A casa

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    Paramos no meio do nada e descemos do carro, ao dar o primeiro passo ele diz:
- Feche os olhos - e foi o que eu fiz, fechei os olhos e deixei que ele me guiasse pelo resto do caminho.
    Um passo após o outro. Pouco tempo depois ele para, após dizer:
- Chegamos.
    Ao abrir os olhos me deparo com a cena mais linda que eu já tinha visto. Maxon na frente de uma linda casa antiga de madeira, de um tons de amarelo claro, sobre um sol alaranjado, de uma tarde de sexta feira, cercado por árvores altas e verde escuro em baixo e mais claro no topo, e ao longe ainda conceguia ouvir o som de um riacho.
- O que achou?
- Uau - não tinha palavras para descrever o que eu estava vendo ou sentindo, então não conseguindo mais me conter apenas comecei a chorar.
- Se você não gostou podemos ir embora e fingir que nada disso aconteceu, não vou ficar chateado só não chora, você sabe como fico quando vejo...
Não conseguindo mais me conter de tanta alegria, corro em sua direção e pulo no seu pescoço o que faz com que nós dois vamos direto ao encontro do chão.
- Eu amei - é só o que consigo dizer em meio as minhas lágrimas.
    Maxon me levanta e me leva direção a casa. Ao abrir a porta me deparo com mais uma cena maravilhosamente linda. A casa tinha o estilo completamente antigo mais muito aconchegante. Com móveis em madeira entalhada e o chão de uma madeira escura muito bem encerada, onde conseguia ver meu reflexo. Ao dar o meu primeiro passo me deparo com um longo corredor aberto para os dois lados, do lado direito uma cozinha um pouco mais moderna mais ainda sim, a mesa era toda entalhada assim como as cadeiras, tinham dois fogões um mais antigo, bem aparente e outro mais moderno mais no canto escondido.
- Minha mãe e eu passávamos grande parte do nosso dia aqui, fazendo bolos para o jantar, enquanto meu pai ficava no quarto trabalhando.... Mas, vamos subir para ver os quartos?
    Antes de subir ainda dei uma olhada na sala, do lado esquerdo do corredor, de um tom mais escuro que a cozinha, o sofá cama branco, a lareira já acesa esquentando a casa, a estante de livros escura no canto, o abajur bege e a escada ao fundo.
A escada de uma madeira clara com uma grade de ferro preto desenhado em cada lado, com poucos degráis.
- Do lado direito são os quartos de visita onde futuramente pertencerão aos nossos filhos - uma breve risada - e deste lado o nosso quarto. E aqui ainda tem uma pequena biblioteca.
A biblioteca que não era muito pequena, era muito aconchegante, com uma janela na ponta, acompanhada de um sofá vermelho logo abaixo e um abajur branco ao lado, e ainda duas estantes claras uma de cada lado da parede. A parede era de uma coloração clara, e tinha uma ótima iluminação.
- Esse é o nosso quarto.
A cama, virada diretamente para uma varanda enorme de vista para o pequeno riacho, ficava já ao lado da porta, no meio da parede marrom escura, com o armário do lado oposto a porta e a televisão ao lado da varanda.
    Passamos o resto do dia olhando a vista e conhecendo a floresta, sempre com dois seguranças atrás. Já no final da tarde Maxon diz:
- Vamos entrar? Já está escuro.
Eu naquele momento só concordava com tudo e deixava ele me guiar.
- Você vai aprender com o melhor confeiteiro a fazer o melhor bolo de chocolate da história.
    Rio, e com isso damos início ao bolo.
- Vai precisar de trigo chefe? - digo rindo.
- Mas é claro que sim, já viu um bolo sem trigo? - Diz ele rindo e me beijando.
Ele me levanta e me coloca sobre a bancada. Onde vejo ele cozinhado. Até que viro para trás e só vejo fumaça branca. Ele jogou trigo em mim. Desço da bancada rindo com um punhado de trigo na mão e sem pensar duas vezes jogo na sua cara.
- Ei, um empregado nunca deve fazer isso com um chefe - e joga mais trigo em mim. E assim eu jogo de volta.
Até que já estamos todos sujos e ele me leva em seus braços para o banheiro, onde tem uma banheira enorme, ele enche a banheira com água quente e começa a tirar as minhas roupas, eu como sempre, sem pensar duas vezes, arranco suas roupas como um animal caçando sua presa. Sinto seus lábios percorrendo o meu corpo e as minhas mãos se movendo em resposta. Ele entra na banheira e eu o acompanho, onde nos beijamos até que decidimos nos mudar de lugar e vamos para cama. Já é muito fácil pois já estamos sem roupa e, molhado mesmo, ele me joga naquela cama, seu lábios percorrem os meu corpo enquanto ele se deita ao meu lado, até que, quando ele finalmente se deita, eu saio correndo em direção ao banheiro. Só dá tempo de eu abrir a tampa do vaso e tudo o que eu comi naquele dia sobe pela minha garganta e sai pela minha boca.

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