Brasil já estava na vazia casa onde morava. Respirou fundo e furioso com aquilo. Foi para a cozinha e colocou as chaves sobre a mesa, tirou a camisa, quente como era, facilmente sentia calor. Abriu a geladeira e pegou uma cerveja em garrafa, se afastou fechando a porta do eletrodoméstico e puxou uma cadeira se jogando sentado de qualquer forma, abriu a bebida e virou, 6 goles de uma vez.
Limpou a boca com o pulso e fungou chorando com àquilo. Odiava ser tão apaixonado por EUA, ele era tão encantador, não tinha tantos ferimentos na pele albina como Brasil tinha na pele manchada por vitiligo, cicatrizes causadas por anos de escravidão, e por recentes tragédias.
Deu mais 3 goles e bateu a garrafa suficientemente forte na mesa. Passou a mão no rosto limpando e para o choro, olhava fixamente para os armários mas não estava de fato com a mente ali. Passou a língua nos lábio de cima e começou a apalpar os bolsos da bermuda caçando o celular, quando o sentiu nos bolsos de trás, se levantou para puxar ele e logo se sentou novamente, porém agora debruçado e com o braços cruzados, o que ressaltava os músculos – e QUÊ músculos! – com uma das mãos segurava o celular na frente do rosto.
Fazia um breve muxoxo, caçando num aplicativo de conversa o bendito número que havia bloqueado a tempos atrás por pedido de USA.
Fungou outra vez por causa do choro de anteriormente. O desbloqueou, e mandou uma breve mensagem, um rápido “E aê sumido.” Para em seguida largar encima da mesa e com a mesma mão pegando a cerveja e bebericando enquanto mirava com os olhos marejados a tela aberta na conversa. O 'Visto por último' estava a 1h, o brasileiro se viu ansioso, quando o líquido da cerveja acabou de chegar a sua boca, notou que a garrafa de vidro estava vazia. A largou na mesa e levantou para pegar mais.
Ao tocar a geladeira um pequeno choque de arrependimento percorreu seu corpo... Abriu a porta tentando não pensar naquilo. Pegou uma garrafa e fechou a geladeira, porem continuou virado para ela.
“States Não ia gostar disso..” - Pensou, mesmo após ter o coração partido – outra vez. – ainda se sentia culpado, porque sabia que eventualmente seria trouxa o bastante para voltar com o americano, só não seria burro o suficiente para acreditar no que ele falava. Mas provoca-lo daquela forma? Era muita rebeldia, muita loucura. O peito começou a apertar e muitos pensamentos passavam pela cabeça o latino..
“Vuuuu vuuuu” – Um som de vibração foi ouvido, e isso lhe tirou de seus pensamentos, enquanto virava e olhava com o tronco um pouco virado o celular encima da mesa ainda com a tela acesa. Abriu a cerveja, como quem não tivesse passado por um momento de paranoias e trouxas raciocínios. Deu 1 gole, se aproximando da mesa e ainda de pé, pegando o celular. Lá estava a resposta:
“Ey wey! Cuánto tiempo, pensé que tu no hablaría más con su viejos amigos” – Brasil deu um gole na cerveja, não ficaria enrolando aquilo muito tempo, iria direto ao ponto.
Respondeu:
“É, eu dei uma sumida..” – Admitiu e já teve resposta imediata.
“Jejeje, Te advertí sobre el estadounidense " – A resposta fazendo o brasileiro rir de canto e revirar os olhos.
“Sim, é, pau no cu dele. Tem tanta coisa mais interessante pra conversar envés de falar dele” – Escreveu, virando e encostando na mesa, bebendo mais cerveja
“¿Cómo saber si estás en casa para que te vea? ¿O vienes aquí?” – Bum! Brasil tinha esquecido que México era tão rápido no gatilho o quanto si mesmo.
“Eita. Sim to em casa.. Cê vem aqui? To com um sono..” – Sono, era a desculpa para os olhos estarem vermelhos e inchados por conta do choro.
“Claro, voy a estar allí” – Brasil apenas mandou um “Beleza.” Que foi visualizado e não respondido. Tomou tempo para pensar naquilo, colocando o aparelho de lado e bebericando mais cerveja enquanto olhava perdido para o chão. Apoiou a outra mão na mesa, próxima ao celular.
Não mentia que estava ansioso e com saudade do Mexicano em sua vida, ambos eram muito semelhantes. Fosse na alegria de festejar sem se preocupar com as horas, ou na tranquilidade de passar longas tardes de domingos em casa ou na calçada jogando conversa fora.
Com EUA era... Diferente. Ele também gostava de festas e de conversar, mas as festas eram por um curto prazo de tempo, e as conversas se voltavam a: Falar sobre contratos & falar mal de outros países. Principalmente sobre México, Coréia do Norte, Venezuela e é claro Rússia. O que era bastante desgastante, porque ele era muito bom em falar, mas era péssimo em ouvir, tanto que geralmente era apenas o americano falando enquanto o brasileiro concordava com tudo – não que fizesse diferença ele discordar.
Estados Unidos, era bem mais frio. Literalmente e Sentimental. Era um pais de temperaturas um pouco mais amenas, e isso interferia no seu jeito, o fazendo ser mais frio, ignorante, mimado, em outras palavras: insuportável. Diferente dos países latinos. Que eram mais caloroso, gentis, amigáveis. Brasil era ainda mais hospitaleiro do que seus “primos” de continente e o mexicano. Tinha algo a mais em si, difícil de explicar. Mas a quantidade de qualidades boas que haviam em si, faltavam no americano. O que fazia suar personalidades serem muito paralelas, diferenciadas. O que fazia o rapaz com vitiligo parar pra pensar em:
— ...Como a gente se aguentou por tanto tempo? - Perguntou-se, notando que a cerveja já tinha acabado enquanto refletia sobre aquilo, que nem era possível chamar de relação. Talvez, pelos contratos? O sexo? A dádiva de fazer parte de um harém estranho? Sentir como se, se relacionar com uma Potência fosse um troféu?
Era, estranho pensar nisso.
O Rapaz resolveu balança a cabeça, tentando dispersar aqueles pensamentos estranhos e complexos demais, que lhe davam mais dor de cabeça do que catuaba. Se focou em acender as luzes da casa, porque havia notado que perdeu a noção do tempo com aqueles pensamentos, e já estava anoitecendo.
Acendeu a Luz da cozinha e a da sala, aproveitando para dar uma arrumada ali porquê.. Bom, organização não era muito algo que estivesse em seu sangue, seus filhos — tanto os adotados, como os de sangue que amava da mesma forma — eram a prova viva de sua falta de habilidade com organização pois herdaram isso, o que não significava que não eram higiênico. Era um Pais bem higiênico e Limpo! ... Só um pouco desorganizado. O que refletia em seus filhos, mas isso é assunto pra um outro dia.
Depois do que seriam 1h e meia, a campainha tocou, e o Brasileiro que estava deitado no sofá assistindo “Escrava Isaura.” — porque era um noveleiro de primeira Classe quando não tinha nada melhor para assistir. —teve que se levantar, abriu a porta e lá no portão, viu o mexicano. Ele estava bem diferente, o cabelo estava um pouco mais comprido e preso, com os fios castanhos caindo um pouco sobre o rosto, as roupas também tinham mudado, mas o brasileiro não notou muito isso porque o que lhe interessava estava embaixo delas, e também porque o narrador esta com preguiça para descrever.
Voltou para pegar a chave e saiu novamente. Quando próximo do portão, chamou a atenção do outro latino, que até então estava focado na tela do celular. México deu um sorriso radiante, e Brasil se sentiu quase derreter, tinha esquecido em como aquele sorriso mexia consigo...
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Yeeey, vou trazer minhas fanfic's pra ca, ok? Ok kkkkk
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Não Correspondido. (CountryHumans)
Fanfiction- Você não quer Amar ou ser Amado, você quer um rosto bonito a mais nas suas redes sociais! - Brasil disse. E antes de sair, riu sarcástico para si mesmo. - E quer saber; Idai que não deu certo? Eu ja sabia! E saiu, friamente, deixando o americano...