Capítulo dois

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Estava caminhando, sem rumo, não queria voltar pra casa dos meus pais e menos ainda pra casa daquele grosso.

Ele me beija DO NADA e em seguida me manda ir embora. Merda! Que cara louco!

Estava eu, perdida em meus pensamentos, com o sol queimando os últimos neurônios que me restavam, quando ouvi um "Psiu", ignorei. Tava com a cabeça atolada de merda e não queria mais uma. Então mudaram de um "psiu" pra um assovio, e assoviaram de novo e de novo... Ah meu saco! Me virei pra encarar o problema de frente. Ele estava encostado em um poste na frente de uma casa, bem debaixo da sombra. Eram três. Parei no meio da rua e fiquei olhando eles. Quando um deles assoviou de novo.

- Eu por acaso tenho cara de cachorro pra tu me chamar assim? - perguntei. Estava com calor, com fome e estava com raiva deles e o fato deles serem tão bonitos me deixava mais irritada ainda. Eles riram.

- Ela é valente, ela é valente. - disse um deles dando um empurrão no outro.

- Olha como ela fofa! Daquele tamanho, tão nanica. - disse outro zombando de mim.

- Nanica? Nanico é teu... Droga! Vou nem perder meu tempo. - continuei andando enquanto eles riam.

- Cuidado! Ela pode morder tua canela! - disse um dos três ainda me seguindo.

- Qual é o problema de vocês hein? - perguntei parando novamente. - O sol fritou o único neurônio que vocês tinham? É isso? Só pode porquê meu Deus. - voltei a andar. Quando um deles parou na minha frente.

- Calma aí docinho. - ele disse.

- Ainda bem que ela é a mais valente das meninas superpoderosas ou eu chutaria tua canela real agora. - ameacei e ele soltou uma gargalhada horrível que não teve como não rir da cara dele. Ele se aproximou mais de mim e dei um passo pra trás.

- Tá com medo? Cadê aquela valentia toda agora? - questionou. Olhei dentro do bolso da minha jaqueta em irônia e os outros começaram a zoar ele.

O mais interessante que foi dois palito, um ele dando soco nos amigos e o outro ele me levando pra um local com muita sombra.

Ele me encostou contra a parede e os amigos dele bloquearam qualquer chance que eu tinha de fugir, depois segurou meu queixo me fazendo o encarar.

- O que tu quer hein? - perguntei, por que não é possível... Em resposta ele disse.

- Só olhe nos meus olhos. - eu o fiz e percebi que os olhos dele foram de um marrom café à um amarelo bem iluminado. Eram lindos, mas estava ficando com torcicolo de ficar olhando pra cima por tanto tempo.

- Hum... Lindos. Era só isso? - ele me olhou confuso e os amigos dele começaram a zoar ele.

- Ué, não tá funcionando nada a tua "sedução". - um deles zombou e os outros riram.

- O que você é garota? - ele perguntou soltando meu rosto.

- Hm... Eu sou uma fada. Você ainda não percebeu? - os amigos dele riram, mas ele não gostou muito.

o vampiro dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora