Capítulo 14

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CENA.1.APARTAMENTO.QUINTO ANDAR. INT.NOITE

TERESA: — Como você sabe, eu sempre fui muito pobre, meus pais não deixava faltar nada mas eu sempre tive uma ambição em querer ser a melhor. Eu não achava errado em querer vencer na vida, em ter tudo que sonhava. Eu me sentia revoltada com a situação que vivia e depois que a Rosa morreu aquela revolta se tornou maior ainda. E essa raiva sendo boa ou não era o que me motivou a correr atrás do que eu queria. Quando eu te conheci eu era perdidamente apaixonada pelo Mariano e nós dois sonhavamos vivermos juntos, tinhamos planos e passamos a ter muitos conflitos pela nossa diferença de ver a vida. Mas sempre quando brigavamos sentiamos falta um do outro e nos reconciliavamos. Os problemas iam aumentando pelas mentirinhas que eu inventava... Aída me humilhava muito porque sentia inveja de mim.

ARTUR: — Por que você achava que Aída tinha inveja de você, se ela não tinha motivo, ela tinha dinheiro.

TERESA: — Mesmo não admitindo ela sentia, não só porque eu namorava o Paulo, por quem ela sempre foi apaixonada mas porque os homens me davam mais atenção e era eu que sempre fui inteligente da turma. Ela tinha o prazer de me humilhar. Eu queria mudar de vida rapidamente e não podia esperar o Mariano chegar aonde ele chegou, e eu vi em você uma oportunidade de mudar de vida, e...

ARTUR — E então se casou comigo, mesmo amando o Mariano. (ele engole seco), pode continuar (diz bebendo Shampanhe sem álcool)

TERESA: — Eu te seduzia, e tentava ficar bem com os dois para ter opções.

ARTUR: — Então todas aquelas coisas que aconteceram, não eram por acaso ? A blusa rasgada, a noite da camisola, tudo?

TERESA: — Algumas coisas foram acidentes mas eu sempre usava ao meu favor. Eu te provocava, e usava o que eu mais tinha de melhor, a minha beleza.

ARTUR: — Então se você não tivesse me seduzido eu não teria me apaixonado por você...

TERESA (Começa a chorar): — Se arrepende?

(Artur olha fixo pra ela e diz) — Continua Teresa!

TERESA:-— Eu alimentava o amor que o Mariano sentia por mim e com você eu tentava demostrar a melhor aparência possível. Eu fui tão suja... me perdoa...(chorando muito)

ARTUR: — Continua... (diz aflito, e com medo do que pode ouvir e tentando não chorar)

TERESA: — Ajudei a Luísa por interesse, era uma estratégia ser amiga dela pra me aproximar de você, e foi tudo calculado. Cada palavra, cada lágrima, cada jesto... Até que você demostrou interesse por mim.

*Artur pega a garrafa de champanhe pra encher mais o seu copo.

TERESA: — Não tome mais por favor!

*Ele então deixa a garrafa de lado.

TERESA: — No começo eu queria ser amiga da Luísa, só na intenção de chegar em você, mas com o tempo eu fui gostando dela de verdade. Quando ela me pedia ajuda com o Fernando eu realmente fui sincera nisso.

ARTUR: — Quando conheceu o Fernando você já tinha pensado em...

TERESA: — Não Artur, eu não pensava em ter nada com ele. Claro que ele era um homem bonito atraente mas não tinha passado pela minha cabeça estar com ele, foi de última hora, eu não queria magoar a Luísa mas eu tinha que fazer uma escolha naquela hora e eu não queria voltar a viver na pobreza...Eu já estava apaixonada mas eu não podia viver com você naquela situação.

ARTUR: — Em quais momentos você foi verdadeira comigo? Se é que realmente existiu.

TERESA: — Na viagem pra Europa foi o momento maravilhoso em que eu me apaixonei por você... Eu sei que foi tarde para perceber o quanto você é um esposo maravilhoso. Fazia tudo pra me vê feliz e eu estava cega... (chorando muito)

ARTUR: — Teve uma coisa que até hoje eu não entendo.

TERESA: — O quê? (diz enxugando as lágrimas)

ARTUR: — Você teve a ver com a morte do Paulo?

ARTUR: — Você teve a ver com a morte do Paulo?

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Continua...

 Teresa: Depois do Fim.Onde histórias criam vida. Descubra agora