Capitulo 1. A honrosa derrota

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   O ano é 1990 a.C., estamos buscando uma pepita de ouro na Floresta de Ska e nosso número é de cinco samurais de Point trinta a cinquenta. De acordo com relatos, os ladrões foram vistos na região dessa floresta, indo em direção a um suposto covil informado por segundas entidades. Jou Miao, Jou Kapest, Hae Bento, Pio Gian e eu, Luo Pan, somos os samurais designados a tarefa, porém ainda não sei o que faço aqui.

  -- Devemos nos preparar para uma investida. -- Hae Bento, pronunciou silenciosamente aos demais escondidos atrás dos troncos de árvores, distanciados a certa de três metros cada um.
  -- O momento está próximo, preparem suas katanas! -- Luo Pan alertou, atrás do tronco de uma árvore nove metros distanciado de Hae Bento, já quase tirando a arma da bainha.

   Os demais do grupo de cinco samurais, ao notarem o alerta, prepararam suas armas a postos de iniciar uma investida a qualquer momento contudo, esperando a ordem de investida por Luo Pan. Após um pequeno período de observação, todos os quatro samurais olharam em direção a Luo Pan, que ao notar, baixou a mão esquerda a um ponto próximo ao seu quadril onde todos os samurais poderiam notar e abriu completamente a mão, iniciando simbolicamente uma contagem: baixou-se o dedo mindinho (quatro), outro (três), dedo do meio (dois), dedo indicador (um) e por fim o polegar (zero).
   Após a contagem chegar no fechamento completo da mão esquerda de Luo Pan, todos os samurais puxaram suas katanas das bainhas, saíram da tocaia e correram na direção do centro da floresta. Cada um seguia em frente com a sua arma posta em um estilo diferente, simbolizando suas diferentes origens e estilos de combate. Luo Pan, sendo o da extremidade direita, tinha a katana seguras com ambas as mãos, com sua posição próxima a região esquerda de seu corpo e lâmina invertida na direção do ombro direito e coluna inclinada a frente, indicando investida a um ataque mortal, referência ao Estilo Sulay que detinha.
   Silenciosamente, os cinco correram pela floresta até o seu centro, onde estaria supostamente a caverna dos ladrões da pepita. No caminho, não havia nenhum rastro de pegadas ou semelhantes falhas deixadas pelos ladrões, o que deixava Luo Pan intrigado. Contudo, em um rápido instante, uma sombra saltou do galho de uma árvore que Pan acabará de passar e desceu até suas costas realizando um ataque furtivo que derruba o mesmo.

  -- ACOOOOORDA!!!! -- Alguém atrás de Luo Pan, gritava enquanto batia em suas costas com um Porrete de Madeira. Era uma garota com talvez dezesseis anos, de estatura mediana, cabelos escuros e pele morena.
-- Não é hora de ficar se imaginando em histórias que nunca aconteceu! -- A garota alertava a Luo Pan, caído no chão de madeira com a cara direcionada para baixo, resultado da pancada recebida.
  -- Não posso ter o mínimo de paz nesse inferno?! -- Retrucou, Luo Pan, indignado pelo ataque que sofreu, levantando em seguida.
  -- Faça seus deveres que talvez terá! -- Falou a garota enquanto saia sem nenhum remorso pelo que fez.

   Sentando-se no chão, e irritado por ter sido perturbado enquanto voava em sua imaginação, ficou resmungando palavras de ódio ao ar. Após recuperar seu fôlego da pancada e deixar o ódio de lado, ele levantou-se e seguiu por um corredor bem a sua frente. Aparentemente ele estava em uma sala, com uma diferença de altura entre o chão da sala, que era um pouco mais alto do que o do corredor, tornando-se uma divisão de áreas.
   Seguiu por esse caminho até que chegou em uma saida, com uma katana dentro de sua bainha de cor vermelha com várias rosas distribuídas em sua estrutura, próxima ao lado direito dessa saída que tinha o formato de porta e daria em um jardim florido. Pegando a arma, saiu por essa saída e desceu uma escada de quatro degraus que separava o jardim da saída, e então seguiu por um caminho entre arranjos enormes de flores brancas no lado esquerdo e vermelhas no lado direito.
   Depois de um longo período, passando por várias pessoas com roupas comuns, que cultivavam outras flores em arranjos vazios e sem dialogar ou ao menos olhar para tais, seguiu até uma floresta que se continha após o longo jardim. Ao adentrar a floresta, Luo Pan caminhou por um caminho de pedra que estava antes ligado ao mesmo caminho do jardim por onde entrou. A floresta era bem nutrida e sua vitalidade não poderia ser expressa, pois todas às árvores eram extremamente vivas e verdes, sem contar os arbustos e rochas que se espalhavam por todo seu território.

  -- Agora que Xiua Ki já fez o favor de me irritar... Hora de treinar minha ira com essa irritação! -- Luo Pan pronunciou a si mesmo, como se declarasse sua intenção de atacar algo naquele lugar.

   Passado poucos instantes, uma espécie de verme levantou-se da terra bem a sua frente. Ele era grande e tinha um grande casco vermelho que cobria toda a extensão de suas costas; suas presas e pernas eram de cor marrom como terra, mas eram certamente afiadas.

  -- Finalmente algo depois de tanto andar... -- Falou com voz baixa após dar um leve sorriso de canto, puxando a katana de dentro da bainha e adotando a postura do Estilo Sulay.
  -- Hora de dar um pouco do gostinho da katana de Luo Pan, lembre-se de meu nome criatura imprestável! -- Gritou em direção a criatura, que ruge em resposta e ambos correm na direção um do outro para um intenso combate.

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⏰ Última atualização: Dec 02, 2019 ⏰

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O Guerreiro de SakuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora