Preludio

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A vida sempre nos trará surpresas, boas e ruins e a maior surpresa que a minha vida teve tem nome e sobrenome: Kim Taehyung.

Passei quase a minha vida toda tentando odiá-lo, vendo como um inimigo, um rival. Havia uma antipatia por ele que surgiu dentro de mim sem eu saber quando começou ou mesmo porquê, ela só estava lá, desde sempre, desde quando o vi pela primeira vez. Nossa relação de ódio era mútua e isso colaborava para que eu sentisse que o meu ódio por ele e aquela relação de rivalidade fosse certa.

Mesmo ainda sem eu saber porquê.

Mesmo que eu sentisse dentro de mim que não era aquilo que deveria ser.

E por capricho do destino, ou porque a vida quis assim, nós fomos obrigados a ficar juntos. Depois de várias brigas e confusões que causávamos justamente por estarmos no mesmo lugar enquanto odiávamos um ao outro. Nossas brigas eram diversão para todos e não foi a toa que a nosso último encontro público, muito tempo depois de já termos acertado nossas diferenças, tivesse causado tanta comoção.

Fomos forçados a ficar juntos e nesse período descobrimos que o ódio e o amor são dois lados de uma mesma moeda, que uma linha tênue os separa e que no nosso caso não existia dois lados de uma moeda, ou uma linha divisória, apenas uma grande teimosia que nos impedia de admitir, principalmente para nós mesmos, que aquele sentimento sempre estivera ali; eu era e sempre fui apaixonado por Kim Taehyung e ele por mim.

Não existia ódio mútuo, apenas paixão mútua e quando, enfim, aceitamos este sentimento vivemos os melhores dias de nossas vidas.

Claro que nem tudo foram flores, nunca num relacionamento existem só flores e no nosso não foi diferente. Fomo tão complicados que até para aceitarmos que estávamos num relacionamento teve complicações.

Se não tivesse não seríamos Jeon Jeongguk e Kim Taehyung.

Complicações, a vida sempre nos dará algumas, várias, e cabe a nós saber lidar e passar por elas, algumas serão mais fácil do que outras, mas se tentarmos podemos conseguir superar qualquer complicação.

Mas e quando nos deparamos com a maior complicação da vida? O que fazemos quando estamos diante da morte?

O desespero é inevitável e o medo é algo instintivo, não podemos controlar. Estas são as sensações que me dominam neste momento. A gente nunca está pronto para a morte, não pensamos nela e quando somos obrigados a enfrentar uma situação como esta nos desesperamos. Mesmo que não seja a nossa vida em risco.

Não importa os erros que foram cometidos, não importa as dores que foram infligidas, não importa mais aquilo que não foi dito, não importa mais nada. O que importa agora é a vida.

A única linha tênue que realmente importa é a de estar ou não estar vivo.

Por isso, enquanto estou nesse banco duro e frio desse hospital, ouvindo o choro da mãe dele, olhando para os olhos cheios de lágrimas de seu irmão e pai enquanto tentam consolar a matriarca da família, tudo o que eu peço é pela vida dele.

Se o destino nos uniu, por favor, não nos separe. Não me faça amá-lo para sofrer pela sua perda, pois eu sei que nunca irei amar outra pessoa como o amo.

Por favor, por tudo que é mais sagrado... Salve a vida de Taehyung

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Como o nome já diz; este capitulo é um preludio. A historia é contada em terceira pessoa, mas este é um POV do Jeongguk no futuro. Intrigados? Espero que sim 😊

Só reiterando, havia pedido a opinião dos leitores sobre dividir a historia, e era o que eu realmente queria fazer, e após receber muito apoio em qualquer decisão que eu fosse tomar resolvi, de fato, dividir a historia. Ela iria ficar muito longa, com muitos capítulos e eu, particularmente, não gosto de historias tão longas assim.
Espero que continuem comigo nessa segunda fase da vida dos Taekook de "Best of" e quem sabe até uma terceira? Só o tempo dirá, não é mesmo?
Obrigada pelo apoio e pelo carinho. Beijos no coração de todos e logo mais irei postar o próximo capitulo.

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