Capítulo 1

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Nanda

Acordei com a luz da janela em meu rosto, então decidi me levantar e ir fazer minhas higienes pessoais. E correr para o aeroporto pois a Jenny com certeza iria me matar por chegar atrasada.

Peguei um táxi, vi pela última vez as paisagens da grande São Paulo. Chegando no aeroporto fui correndo para a sala de espera para encontrar meus amigos.

– Oii amores – falei indo logo abraçar a Jenny que estava com umas 5 malas, parecia que queria levar a casa inteira dentro delas.

– O que houve com com seu despertador? Tentei te ligar várias vezes mas é claro que você não atendeu!

– Ai amiga releva vai, eu esqueci de colocar para carregar ontem e deu nisso – disse indo abraçar Marcos e Jorge que estavam jogados de qualquer jeito nos bancos do aeroporto.

Nós ficamos alguns minutos sentados esperando a hora de entrar no avião, até que ouvimos uma voz anunciando nosso vôo para New York

Iríamos morar em New York, "a cidade que nunca dorme". Todos nós conseguimos um emprego bem remunerado para dividirmos um apartamento entre nós quatro

Finalmente eu começarei a exercer a minha profissão em um consultório de verdade. Estudei piscologia por 5 anos e consegui um emprego na clínica Mental Health Dr Ortega, uma das mais famosas do país.

– Ah finalmente – Jorge disse indo correndo para o avião com o Marcos, e nem olharam para trás

– Eii esperem, vocês não vão deixar carregarmos tudo isso sozinhas – gritei mas eles nem escutaram e quando vi já estavam na fila

– Nossa, que maduros – Jenny disse tentando arrastar suas malas para alcança-los

Fui ajuda-la e depois fomos entregar nossas passagens para entrar. O moço confirmou e nos deu o número dos assentos

– Poltrona 19 e a sua? – perguntei a Jenny que parecia estar distraída com o luxo daquele avião. Pra falar a verdade era lindo mesmo e bem chique como nos filmes. Nunca havíamos viajado de avião, no máximo eu já tinha ido a algumas cidades do interior só que de ônibus

– Ah é pera, poltrona 23. Ah não, vamos ficar separadas

– Não acredito nossa primeira vez de avião e não estaremos juntas pra bater papo ou pra gritar – falei desapontada

Nos abraçamos, e realmente estávamos muito dramáticas mas sempre ficávamos juntas não importasse a situação

Quando fui procurar meu assento, vi quem ficaria do meu lado, Marcos. Bem não era tão ruim assim já que éramos amigos há muito tempo

– Demorou hein – falou com certeza tirando sarro da minha cara

– Ah claro já que você e seu amiguinho não são nem um pouco cavalheiros – disse me sentando ao seu lado

– Ué as malas serviram pra vocês fazerem um exercício de vez em quando – falou se referindo que eu e a Jenny não praticamos muito esporte por preguiça mesmo

-Então muito obrigada - disse com ironia

Ele iria responder, até que ouvimos que devemos colocar o cinto pois vamos decolar. Tinha até esquecido que estava em um avião

Quando o avião começou a se movimentar, entrei em completo desespero. Tentei controlar minha respiração várias vezes. Olhei para trás e vi a Jenny gritando com o Jorge e ele rindo de alguma coisa. Me virei para Marcos e perguntei:

-E se der uma tempestade do nada? E se houver falhas de comunicação e o avião cair??Aí nós nos perderíamos numa ilha qualquer, teríamos comida pra apenas uma semana pois a Jenny trouxe uma caixa com suprimentos. Mas e quando acabasse?Você e o Jorge não sabem pescar, na verdade não sabem fazer nada. Eu com certeza iria nadar e apareceria um tubarão para acabar comigo, ah eu não quero ser morta por um tubarãoo - falei desesperada e Marcos tentava acompanhar tudo mas parecia meio perdido

-EII PRIMEIRO: PARA DE FALAR, PELO AMOR DE DEUS. ESTOU BEM CONFUSO ENTÃO CALMA - ele gritou me fazendo o olhar prestando atenção - E segundo: o avião não vai cair, não vamos ficar perdidos em uma ilha. Eu tô bem aqui do seu lado, se quiser apertar minha mão ou gritar você pode ficar à vontade - o olhei surpresa - E terceiro: eu e o Jorge sabemos fazer muita coisa sim

Cai na gargalhada o olhando e percebi que já estávamos sobrevoando São Paulo. Fiquei tão concentrada nele que esqueci de tudo ao meu redor

-Valeu, acho que não conseguiria se não tivesse me ajudado - falei, ainda segurando sua mão

-Ta tudo bem - ele disse com firmeza e meu celular apitou, soltei sua mão e fui pegá-lo na bolsa

Era a Jenny perguntando se estava acontecendo alguma coisa. Com certeza ela escutou nossos gritos, bom acho que todos escutaram na verdade

Respondi que sim e que depois lhe contaria, guardei o celular e fiquei conversando com Marcos sobre coisas aleatórias. Até que depois de algumas horas pegamos no sono

Quando acordei ele estava deitado no meu ombro, não quis acorda-lo e então olhei em seu relógio e faltava pouco pra chegarmos. Como são 10 horas de viagem, acho que dormi bastante

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