No Morro Da Rocinha

*Capitulo 8*

Pov's Alysson

Domingo 22/06
19:45 p.m.

Acordei e não recomendo,acordei suando frio,peguei um dos remédios controlados que eu tomava e tomei,eu sou viciada em remédio,tenho tudo de ruim e pior que você imaginar,ataque do pânico,me recuperei da depressão,dizem que eu não tive depressão por causa do J.... (não consigo dizer o nome dele,me desculpem),foi o que ele fez no meu psicológico e outras coisas que aconteceram no mesmo tempo em pouco tempo junto me causou muito impacto,e pode ter certeza de que apesar de ninguém saber,eu to sozinha por baixo dos panos,já imaginei a morte dele mais de mil vezes,quase todas as noites antes de dormir,menos ontem com o Gui,não queria que soubessem dessa minha parte mas já que algum bocudo que tava narrando falou,vocês já sabem por isso eu sou tão ciumenta,porque UM FILHO DA PUTA FUDEU A MINHA VIDA E EU VOU FODER A DELE,aquela mulherzinha de merda que ele tem,tá grávida,então por enquanto,não farei nada com a vadia,só matarei ele na frente dela,depois que a criança nascer vai ser a vez dessa puta que ajudou ele,a bebida mais doce é a vingança,só não pode por muito açúcar. Eu quase enlouqueci no começo,eu não queria seguir esse caminho a anos atrás,queria fazer medicina pra salvar vidas,mas depois disso,queria fazer o contrário,eu enlouqueci com meu próprio psicológico e logo veio a primeira morte,minha colega de classe,14 anos,loira, 1,60 m,morte:um tiro na testa,ninguém achou o culpado no caso eu,mas eu enlouqueci mais ainda depois disso a voz dela,na minha cabeça,parecia que estava ficando possuída,me sentia sozinha e mal acompanhada ao mesmo tempo,mas passou,as únicas sequelas que tenho é o vício em remédios e sede de vingança por tudo que ele fez,não foi só o que o bocudo falou pra vocês,ele fez mais,bem mais. Dizem que era pra mim ter morrido,e realmente era,tentava suicídio 25 vezes em um mês nesses dois anos 600 tentativas,passei dois anos com esse transtorno mental,só passou aos 15 anos no meu baile de 15,tudo passou,e hoje estou aqui,linda e plena,faltam poucos dias para tudo acontecer,aniversário da morte do Flávio Enrique,se você leu a primeira edição sabe quem é,tudo vai ser rápido e irreversível.

Fui até o banheiro,tomei banho e escovei os dentes,vesti a roupa da mídia e deitei na cama,alguém bateu na porta

Alysson:quem é?

Guilherme:o amor da sua vida

Alysson:entra

Guilherme:reconhece que eu sou o amor da sua vida–ele entra segurando algo atrás das costas

Alysson:só queria saber quem tava pensando que é possível fazer tal proeza

Guilherme:não é difícil,você torna difícil,mas te entendo–ele tira um buquê de girassóis,puxei o gosto da minha mãe para flores–tu disse que era na sua opinião a flor mais bonita,uma coisa linda pra outra coisa linda–ele me entrega o buquê–tá bem?–assenti,calma,ele nunca pergunta se eu to bem

Alysson:quem te falou

Guilherme:falou o que vida?

Alysson:tu nunca me pergunta se to bem,e sei que vazaram uma coisa sobre mim,mas foi só pra uma pessoa,você,quem te contou

Guilherme:contou o que vida?–ele insistiu

Alysson:seu coração tá mais rápido que uma bala,quem te contou

Guilherme:não sei do que tá falando vida

Alysson:você sabe Guilherme,sobre o J-J-J,não consigo falar o nome dele,me diz quem te contou

Guilherme:vida ninguém me falou nada,eu só quero saber se você tá bem,se não gostou não pergunto mais