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Estávamos reunidos almoçando no tempo livre que tínhamos. No caso era a minha última aula do dia, e Zayn ainda tinha um período de futebol americano, e ele iria passar a tarde inteira estudando.
"Louis, o Harry vai continuar com aquela merda ?" Melinda disse enrolando uma mecha do cabelo.
"Cala a boca!" Louis disse zangado com a menina da mesa. Se levantando "Tenho aula de inglês, tchau." O menino se despediu.
"O que tá acontecendo com o Harry ?" Olhei para eles "Qual foi, eu sei que todos vocês sabem." Amenizei os olhares.
"Nada.." Clare tentou disfarçar mas continuei a encarando "Ele não vai a aula e não fala com ninguém fazem alguns dias.." Explicou.
O sinal tocou e todos se retiraram da mesa, cada um seguindo suas aulas e respectivas matérias. Zayn me beijou e disse que me mandaria mensagem quando acabasse o treino.
Pensei duas vezes antes de enfiar um grampo de cabelo e destravar a porta do quarto de Harry, entrei em seu quarto e ele não estava. Eu ia dar as costas e ir embora mas percebi uma caixa embaixo da sua cama, e eu curiosamente abaixei para pega-la.
"O que você tá fazendo aqui ?" Ele disse deitando na cama, sem se importar.
"Eu vim saber porquê você tá ignorando todo mundo." Percebi seus olhos um tanto roxos e avermelhados.
"Desde quando isso é assunto seu ?" Disse ríspido, tirando sua blusa e fechando os olhos
"Realmente, você não é assunto meu, mas eu me importo com você, seu idiota!" Os hormônios me faziam chorar por qualquer coisa.
Ele se levantou e se aproximou de mim, e sua feição me passava tanto medo que eu não me atreveria a brigar com ele.
"Foi você quem escolheu ser assim." Seu rosto transmitia raiva e ódio, não contive as lágrimas "Vai embora Rachel!" Seu corpo estremeceu e eu abaixei a cabeça, saindo do seu quarto.
Andei cabisbaixa pelos corredores, tentando ao máximo conter minhas lágrimas e as pessoas não verem a cena melancólica. Subi as escadas e fui até ao terraço, desliguei meu telefone e me sentei na beira do prédio, tendo uma visão da cidade.
Senti algo se remexer em minha barriga e coloquei minhas mãos por cima, aquilo ao mesmo tempo que me espantava, também me acalmava. Comecei a cantarolar baixinho.
