PDV. Cléo
ReservaLR_SouzaEstou sozinha fazendo o jantar quando escuto o barulho da porta, não preciso ficar gritando como um doida porque sei que pra entrarem aqui só com a permissão de Cruel.
Testemunho de Jeová os bichinhos nem encosta no portão.
- Mãeeeeeee cheguei - essa menina só pode achar que eu sou surda.
- Eu ouvi Míriam - escuto ela correr pelas escadas - Você vai cair e quebrar um braço, eu não vou te levar pro hospital, tu não tem porra nos ouvidos pra não me ouvir - sinto o cheiro do seu perfume.
- Fala direito com a menina - olho pra ele com a minha melhor cara.
- Então faz a sua filha parar de correr pelas escadas, eu não vou levar ela pro hospital se ela cair - até pareceu que eu não vou levar.
Hoje não é um dos meus melhores dias, eu preciso transar.
Quando machucaram ela no beco, faltou quase nada para por meu rim pra fora.
A boca nunca pareceu tão longe em toda a minha vida.
- Tu não acha que a menor tá usando roupa curta demais não?- ele cruza os braços.
- Se toca Cruel, calor do caralho desse e você quer que ela use conjunto moletom?- cruzo meus braços de frente pra ele. - Agora sai da minha cozinha, se não eu boto veneno na sua comida - ele começa a rir.
Ele começa a caminhar na minha direção, me deixando encurralada na pia, uma das suas mãos seguram minha cintura e outra faz um carinho no meu rosto.
- Vai ter um festa esse fim de semana - ele cheira meu pescoço eu queria sexo não festa. - Quero que venha comigo - ele começa a distribuir beijos.
Jogo sujo.
- Faz muito tempo que não vou a uma festa - fecho meus olhos sentindo o toque dele.
- Vai ser uma coisa mais informal só pra alguns chefes - já tinha ouvido falar dessa festa.
- Você deveria procurar um quarto - todo o clima de "vamos transar?" foi por água abaixo.
- Você tá muito abusada menina - Cruel me solta e olha pra ela.
- Vamos deixar ela na onde?- pergunto como se ela não estivesse lá.
Eu queria transar!
- Ainda estou aqui - Cruel olha pra mim e ignora ela.
- Vamos deixar ela como Gil - todo o nervosismo de Míriam praticamente triplica.
- Ele vai saber lidar com esse monstrinho - sei que Gil vai cuidar muito bem dela.
- Vamos Menor, sua mãe quer cozinhar - os dois vão embora me deixando sozinha e em paz na minha cozinha.
Pra quem odiava cozinhar até que tô me saindo bem, minha mãe teria orgulho.
O jantar foi feito em silêncio, como eu fiz o jantar Míriam e Cruel levam os pratos.
Que os outros chefes não descubram.
Fiquei um tempo na mesa esperando Míriam trazer os deveres da escola, agora ela já sabia fazer a maioria dos deveres sozinha, mas sempre tem alguém disposto ajudar ela.
Cruel sai da cozinha e sobe as escadas sem olhar pra trás, se antes eu já achava difícil ser dono do morro, imagine agora como o papel de ser pai.
Dava pra ver nos olhos dele o cansaço, mas ele sempre está disposto tanto pro morro como pra filha.
É por isso que eu não transo!
Vejo todo o cuidado que ela tem com Míriam sempre querendo saber se ela tá bem e se está gostando, mesmo sabendo que ele odeia fazer os deveres de história com ela, mesmo assim ele não nega.
- Ele gosta da senhora - quer me mata me chame de senhora.
Míriam, Mãe de Santo, trás o boy amado em 30 minutos.
- Que senhora o que menina já, já você vai tá rebolando a raba no baile junto comigo, tá me chamando de velha menina?- ela começa a rir e nega com a cabeça.
- Desculpa mãe - ela volta abrir os livros procurando o dever.
- Vamos logo fazer isso, quero descansar, trocar fralda o dia todo não é fácil - queria saber como aquelas coisas fofinhas fazem tanta bomba atômica.
Deus me livre.
Ficamos mais tempo do que eu esperava, no meu tempo a biologia não era tão complicada assim.
- Direto pra cama, sem televisão não quero todo aquele sufoco pra acordar você como hoje - ela começa arrumar as coisas dela.
Saiu da mesa e deixou ela sozinha, subo pro nosso quarto assim que abro a porta vejo Cruel sentando na cama limpando uma arma.
Pois é minha gente me rendi, cansei de tá procurando lugar pra dor e acaba acordando na cama junto com ele.
Mas estou mais ansiosa pra essa festa, pelo que eu já ouvi falar, essa é a melhor festa de todos os tempos.
Palavras de Paula não minha.
Vamos ver se é tudo isso mesmo.
Me sento no seu colo, ele coloca à arma no criado mudo e coloca uma das mãos na minha bunda e a outra ele segura meu rosto.
- Ela já dormiu?- ter Míriam em casa é a mesma coisa que ter um bebê recém-nascido.
Você nunca sabe quando vai te chamar.
- Vai dar tempo - o beijo começa com fome sem tempo pra preliminares eu já estou molhada.
- Vem vou tirar seu stress - era isso que eu queria ouvir.
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Vamos tirar esse stress da gente
Quero um Cruel pra mim
Falo mais nada
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Uma Noite
Teen FictionNão sou uma mocinha ingênua e indefesa que precisa ser salva ou bancada. Sei me defender e me cuidar sozinha. Não sou do tipo que se apaixona fácil e muito menos uma que precisar ser salva. Essa história é sobre morro e um chefe do tráfico mas ao co...