Capítulo 32

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PDV. Cléo
ReservaLR_Souza

Estou sozinha fazendo o jantar quando escuto o barulho da porta, não preciso ficar gritando como um doida porque sei que pra entrarem aqui só com a permissão de Cruel.

Testemunho de Jeová os bichinhos nem encosta no portão.

- Mãeeeeeee cheguei - essa menina só pode achar que eu sou surda.

- Eu ouvi Míriam - escuto ela correr pelas escadas - Você vai cair e quebrar um braço, eu não vou te levar pro hospital, tu não tem porra nos ouvidos pra não me ouvir - sinto o cheiro do seu perfume.

- Fala direito com a menina - olho pra ele com a minha melhor cara.

- Então faz a sua filha parar de correr pelas escadas, eu não vou levar ela pro hospital se ela cair - até pareceu que eu não vou levar.

Hoje não é um dos meus melhores dias, eu preciso transar.

Quando machucaram ela no beco, faltou quase nada para por meu rim pra fora.

A boca nunca pareceu tão longe em toda a minha vida.

- Tu não acha que a menor tá usando roupa curta demais não?- ele cruza os braços.

- Se toca Cruel, calor do caralho desse e você quer que ela use conjunto moletom?- cruzo meus braços de frente pra ele. - Agora sai da minha cozinha, se não eu boto veneno na sua comida - ele começa a rir.

Ele começa a caminhar na minha direção, me deixando encurralada na pia, uma das suas mãos seguram minha cintura e outra faz um carinho no meu rosto.

- Vai ter um festa esse fim de semana - ele cheira meu pescoço eu queria sexo não festa. - Quero que venha comigo - ele começa a distribuir beijos.

Jogo sujo.

- Faz muito tempo que não vou a uma festa - fecho meus olhos sentindo o toque dele.

- Vai ser uma coisa mais informal só pra alguns chefes - já tinha ouvido falar dessa festa.

- Você deveria procurar um quarto - todo o clima de "vamos transar?" foi por água abaixo.

- Você tá muito abusada menina - Cruel me solta e olha pra ela.

- Vamos deixar ela na onde?- pergunto como se ela não estivesse lá.

Eu queria transar!

- Ainda estou aqui - Cruel olha pra mim e ignora ela.

- Vamos deixar ela como Gil - todo o nervosismo de Míriam praticamente triplica.

- Ele vai saber lidar com esse monstrinho - sei que Gil vai cuidar muito bem dela.

- Vamos Menor, sua mãe quer cozinhar - os dois vão embora me deixando sozinha e em paz na minha cozinha.

Pra quem odiava cozinhar até que tô me saindo bem, minha mãe teria orgulho.

O jantar foi feito em silêncio, como eu fiz o jantar Míriam e Cruel levam os pratos.

Que os outros chefes não descubram.

Fiquei um tempo na mesa esperando Míriam trazer os deveres da escola, agora ela já sabia fazer a maioria dos deveres sozinha, mas sempre tem alguém disposto ajudar ela.

Cruel sai da cozinha e sobe as escadas sem olhar pra trás, se antes eu já achava difícil ser dono do morro, imagine agora como o papel de ser pai.

Dava pra ver nos olhos dele o cansaço, mas ele sempre está disposto tanto pro morro como pra filha.

É por isso que eu não transo!

Vejo todo o cuidado que ela tem com Míriam sempre querendo saber se ela tá bem e se está gostando, mesmo sabendo que ele odeia fazer os deveres de história com ela, mesmo assim ele não nega.

- Ele gosta da senhora - quer me mata me chame de senhora.

Míriam, Mãe de Santo, trás o boy amado em 30 minutos.

- Que senhora o que menina já, já você vai tá rebolando a raba no baile junto comigo, tá me chamando de velha menina?- ela começa a rir e nega com a cabeça.

- Desculpa mãe - ela volta abrir os livros procurando o dever.

- Vamos logo fazer isso, quero descansar, trocar fralda o dia todo não é fácil - queria saber como aquelas coisas fofinhas fazem tanta bomba atômica.

Deus me livre.

Ficamos mais tempo do que eu esperava, no meu tempo a biologia não era tão complicada assim.

- Direto pra cama, sem televisão não quero todo aquele sufoco pra acordar você como hoje - ela começa arrumar as coisas dela.

Saiu da mesa e deixou ela sozinha, subo pro nosso quarto assim que abro a porta vejo Cruel sentando na cama limpando uma arma.

Pois é minha gente me rendi, cansei de tá procurando lugar pra dor e acaba acordando na cama junto com ele.

Mas estou mais ansiosa pra essa festa, pelo que eu já ouvi falar, essa é a melhor festa de todos os tempos.

Palavras de Paula não minha.

Vamos ver se é tudo isso mesmo.

Me sento no seu colo, ele coloca à arma no criado mudo e coloca uma das mãos na minha bunda e a outra ele segura meu rosto.

- Ela já dormiu?- ter Míriam em casa é a mesma coisa que ter um bebê recém-nascido.

Você nunca sabe quando vai te chamar.

- Vai dar tempo - o beijo começa com fome sem tempo pra preliminares eu estou molhada.

- Vem vou tirar seu stress - era isso que eu queria ouvir.

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Vamos tirar esse stress da gente
Quero um Cruel pra mim
Falo mais nada
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LR

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