the end

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Era um dia calmo de outono. O homem caminhou pelos corredores daquele grande hospital, segurando pela mão as duas crianças de nove e quatro anos. O garotinha mais velha, tinha um sorriso de orelha a orelha, enquanto pequeno estava emburrado, apertando o ursinho de pelúcia.

O pai das crianças não podia estar mais feliz, quando se aproximou da porta do quarto. Ele sorriu ao abrir a porta, e os dois pequenos correram para dentro.

A mulher sorriu ajeitando o pequeno rolo de lençóis nos braços, onde estava a pequena criaturinha ruiva dormindo serenamente.

– Mamãe! – disse o garotinho se jogando sobre a cama ao lado dela. Seus olhos curiosos sobre o pequeno bebê. O homem ainda segurava a mão da mais velha, que olhava tímida sem coragem de se aproximar daquela coisa tão frágil.

– Venha aqui, Sophie – disse a mulher.

– Vai, ela não vai te atacar – disse o homem. Lentamente, Sophie se aproximou, se curvando para ver sua nova irmã mais nova. Sorriu mais ainda olhando para o pai.

– Ela é parecida com a vovó, papai – disse ela inocentemente. Ele riu.

– Ligou para o Noah, Josh? – perguntou Sina. Ele assentiu.

– Ele e Sina estão a caminho – disse Josh. Olhou para o filho, que mantinha os braços cruzados com um beicinho – Hey, o que foi campeão?

– Eu queria que fosse um menino – ele choramingou. Any passou o braço em volta dele gargalhando.

– Henry, pense bem – disse Any – Você vai ser o único homem da casa com o papai. Vai poder proteger ela. Promete que vai fazer isso?

Any puxou a mão dele levando até a mão pequena e gorducha da recém nascida. Os dedinhos dela apertaram o dele e Henry deixou a zanga de lado rindo animado. Levou a mão a boca e em seguida fez sinal de silêncio.

– Qual de vocês ganhou a briga pelo nome dela? – perguntou Sophie. Josh bufou e Any sorriu vitoriosa.

– O nome dela, é Elizabeth – disse para a garota com uma piscadela – Mas o apelido dela vai ser Líz.

Josh levantou os olhos ao ouvir aquilo. Ele abriu um sorriso maior que o rosto e se aproximou da cama dando um beijo demorado na esposa.

– Eca – disse Sophie tapando os olhos – Se controlem!

Eles se afastaram sorrindo, e ouviram os gemidos de Líz.

– Vamos fazer assim – disse Josh pegando a garotinha dos braços da mãe – Vocês cuidam da mamãe, e eu vou bater um papo com ela lá fora.

Any franziu a testa, mas não protestou. Apenas o observou sair do quarto. Josh foi até o jardim do hospital, e se sentou em um banco. Os enormes olhos verdes de Líz rodavam o lugar, curiosos. Ele sorriu.

– Hey pequena, eu estava com saudades – ele disse num sussurro – Minha Liz. Você é tão linda quanto me lembro. Estou louco pra te levar no parque. Pra assistir desenhos com você e seus irmãos.

Ela gemeu se contorcendo. Ele riu com os olhos lacrimejando.

– É uma bela garotinha – ele levantou os olhos. Sua mente só podia estar brincando com ele. Boquiaberto ele encarou o jardineiro que sorria. H.R.

– Você... – ele disse.

– Não ligue pra mim – disse ele – Estou apenas verificando as plantas sabe.

Ele olhou para o homem ainda atônito e piscou algumas vezes.

– Algumas demoram demais pra florescer – disse H.R com um sorriso cúmplice – Mas quando as flores nascem são as maiores e mais belas.

– Acho que eu entendo – disse Josh sorrindo.

H.R piscou.

– Tenha uma boa vida – disse ele se afastando. Josh olhou para a filha em seus braços. Ele gargalhou ao se lembrar de tudo.

– Pode deixar...vou sim.

Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora