the bus boy

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PARK JIMIN

Eram exatas 06:00h da manhã quando o despertador tocou. Jimin se levantou amaldiçoando todas as escolas e educadores do planeta. Ele entendia que era errado, pois eram eles que o ajudariam a construir um futuro, mas ele odiava escola e nem mesmo sabia se teria algum futuro. As vezes o que mais desejava era se trancar no seu quarto para sempre com pilhas de livros ao seu lado.

— Filho, rápido o ônibus já vai passar.

Ouviu sua mãe gritar da cozinha. Jimin sorriu ao pensar que mesmo com o passar do tempo ela ainda se preocupava se ele iria ou não perder o ônibus, desde o dia que acabou dormindo demais e foi a pé de baixo de chuva para escola.

Imediatamente correu para o banheiro para fazer sua higiene matinal. Ele possuía duas escovas de dentes uma preta e outra a qual tinha formato do Peter Pan. A preta era usada em caso especiais, tais como quando ele dormia fora ou viajava. Mas isso era raro, Jimin tinha apenas 2 amigos e nunca dormia na casa de nenhum odiava a sensação que sempre estava atrapalhando, então sempre evitava e ele nunca viajava. A do Peter era usada no seu dia a dia, ele se sentia um tolo por usar uma escova de uma criança de 7 anos.

Peter Pan era seu filme e história favorita, ele era apaixonado na forma como aquele garoto era livre. Voando por aí acima das nuvens, sempre procurando alguma confusão e navegando por mares distantes. Jimin desejava ser assim. Desejava sair sem rumo, desejava ser livre, desejava a Terra do Nunca. Mas ele jamais poderia ser assim, isso causaria uma grande decepção para sua família e o medo sempre o consumia.

Ele desceu as escadas pulando de dois em dois degraus, caminhando direto para a cozinha e encontrando sua mãe preparando o café da manhã, naquela manhã ela e o pai comeriam ovos com bancon. Diferente de Jimin, ele não tomava café se achava acima do peso e qualquer refeição que podia evitar, ele evitava. Sua mãe sempre insistia, alegando que aquela era refeição mais importante do dia, mas Jimin não ligava.

Logo desejou a mãe um bom dia e foi de encontro aos seus Headphone que se encontravam jogados no sofá da sala. Os colocou em volta do pescoço. Mas quando ameaçou sair de casa, sua mãe o impediu.

— Eu andei conversando com o seu pai.

— Sobre?

— A faculdade, queremos que você vá para Oxford, você terá ótimas oportunidades e é uma das melhores quando se trata de medicina. — Sua mãe sorriu orgulhosa, fazendo Jimin respirar fundo.

— Eu já disse que não quero, não vou fazer porcaria nenhuma de medicina, não irei passar metade da minha vida estudando para algo que nem gosto e a outra metade dentro de um consultório.

— E você vai fazer o que? Literatura? — Park Seo-joon, seu pai, surgiu atrás de sua mãe, lançando um olhar de ironia ao mais baixo. Jimin os olhou incrédulos, não acreditará que iriam começar essa discussão outra vez e ainda era 06:30 da manhã.

— E se for? O futuro é meu e a vida também se querem tanto um médico nessa maldita família, que se formem vocês. Aliás já estou atrasado. Tenham um bom dia.

Não esperou o surto, a gritaria e nem as reclamações e saiu batendo a porta de casa, em uma força desconhecida até mesmo por ele.

(...)

Jimin odiava o ônibus, sentia-se como se todos ali presentes o encarasse como uma atração de circo. O que de fato acontecia as vezes, quando...

— Ei japonês filho da puta — Os pensamentos de Jimin foram interrompidos quando escutou Ethan, no fundo do ônibus.

 neverland - jjk + pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora