Capitulo 4

0 0 0
                                    

Voltei para onde estava minutos antes com a Amber e a vi conversando com um cara alto e moreno, os dois pareciam estar se divertindo a julgar pelo sorriso estampado no rosto dela.

Aquilo me fez lembrar dos garotos com quem viemos, Luke e seus amigos, onde eles estão? Na verdade, eu agradecia pelo sumiço, não queria macho nenhum no meu pé.

-Não vai me apresentar o amigo, Collins?- perguntei ao me aproximar dos dois e o cara me olhou de cima abaixo, sorrindo após o feito

-Natalie esse é o Khalil. Khalil essa é minha melhor amiga, pode chamá-la de Nat- Amber disse nos introduzindo e meu sorriso murchou ao ouvir seu nome. Então ele era o cara da noite passada, não acredito que ela ainda estava nessa. Manti minha expressão neutra e apertei sua mão estendida o cumprimentando.

-Já tinham vindo em um racha antes?- perguntou pousando uma de suas mãos em seu bolso, confesso que ele era bem gatinho

-Eu sim, mas a Natalie é meio caseira, sabe- Amber cantarolou e a atenção do Khalil se dirigiu para mim

-Isso explica o fato de eu nunca ter visto você antes- sorriu e eu assenti

-Não costumo sair muito, mais isso não quer dizer que eu não goste de sair- falei mais pra Amber do que pra ele -E com certeza devemos ter nos visto em alguma festa, só não fomos devidamente apresentados- sorri para ele

-Não, gatinha. Pode ter certeza que uma beleza como você eu teria recordado caso tivesse visto antes- piscou me fazendo corar -Você também quer entrar nos negócios dos The Canadians?- dessa vez sua voz soou mais baixa e um arrepio percorreu meu corpo. Encarei a Amber brava e ela sorriu tímida

-Como assim "também"?- o perguntei e ele me olhou confuso

-Já preparei a mercadoria para sua amiga, ela tem até o final da noite pra vender tudo- deu de ombros e nesse momento eu estava quase atirando laser com os olhos, mas eu não podia surtar ali na frente de um traficante

-E caso ela não consiga vender?- perguntei fingindo estar interessada no assunto

-Bom, isso é muito difícil de acontecer. Geralmente o maior problema é na discrição da venda, ela precisa ser cuidadosa. Na verdade, vocês duas poderiam se juntar pra vender, 20% do todo pra cada uma, é uma grana boa e fácil- bebericou seu drink enquanto me explicava cautelosamente

-Não estou interessada- sorri e minha frase chamou a atenção dele

-Podia largar aquela lanchonete fácil caso participasse disso, mas você quem sabe- como ele sabia onde eu trabalho? -Preciso ir, garotas. E Amber, no fim da noite alguém irá recolher o dinheiro com você, não vá embora sem prestar contas- disse rapidamente e saiu.

Olhei a Amber e nesse momento meu rosto devia estar vermelho de raiva, ela percebeu que eu ia surtar com ela ali mesmo e me puxou da pista de dança para um local menos cheio.

-Antes que comece o falatório deixa eu falar primeiro, tá?- disse antes que eu abrisse a boca -Se nós vendermos toda a mercadoria que ele disponibilizou pra mim seria o equivalente a dois meses de aluguel de cada uma, repito, vendendo apenas essa noite você não precisaria se matar tanto de trabalhar por 2 meses- ela falou tentando amenizar toda a situação

-Como.ele.sabe.onde.eu.trabalho?- perguntei pausadamente tentando manter a calma que já estava em falta

-Eu citei você na conversa, desculpa- confessou e eu a olhei ainda mais brava, meu rosto deveria estar igual a um pimentão

-Você só pode tá muito louca, bebeu ou cheirou algo?- aproximei-me para ter certeza de que ela não estava sob efeito de alguma substância

-O Khalil é legal, Natalie. Você que é muito desconfiada- resmungou igual uma criança de 8 anos quando não consegue que a mãe compre uma boneca

Heaven in hellOnde histórias criam vida. Descubra agora