As vezes chega um ponto da sua vida que você não vive , você só existe. Você só respira porque seu corpo faz isso por você , é a lei da vida. É incontrolável.
Jack sempre sonhava que estava se afogando no mar , mas não literalmente no mar. A casa era o navio , em volta era o mar. Ondas fortes batia sobre a casa e a maré só aumentava , a água inundava a casa mas em um passe de mágica tudo acabava. Chegava em uma ilha esquisita com enormes objetos feitos de pedra , rostos de pedra.
Algo estranho e incompreensível a mente humana real , apenas em sonhos. Todas as noites Jack fazia a mesma pergunta para si " o que me faz agir assim ? " , e seus sonhos eram suas respostas.
— Sonhando com o mar novamente Jack ? - perguntou a doce Charlie , sua psicóloga.
— Sim mas , não sonhei com o mar hoje. É estranho de falar mas ... - pausou e respirou fundo. — Eu sonhei que matava a minha mãe , devo me preocupar?
Sonhos são estranhos e incompreensíveis , alguns fáceis de entender outros não. Porque sonhar com algo tão ruim como matar sua própria mãe ? Ou será que a mãe não é exatamente a sua mãe e sim você mesmo ? Jack tem fortes problemas com o pai.
Mais uma terça-feira encerrada e sem sucesso , sem respondas e porquês. De fato Jack não conseguia se controlar , morreria de overdose se exagerasse nos remédios psiquiátricos. No caminho de casa Jack encontrou seu amigo Finn , aquele garoto esquisito e anêmico.
