Capitulo 5

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        Estávamos na semana de prova e isso significa estudo em dobro. Nem tive tempo para piscar, foi difícil preparar Noah para isso, ainda mais convencer ele que todo tipo de distração é inaceitável, mas no final deu tudo certo.
          Fiquei a semana toda na casa do Noah só tive tempo de noite e esse tempo foi gasto dormindo.
            Hoje foi a primeira prova fui de carona com Noah, fiz questão de chegar bem cedo. Noah estava maravilhoso com o cabelo bagunçado e carinha de quem acabou de acordar.
- Qual a necessidade de vir tão cedo?
- Você quer ir bem na prova ou não?
- Quero mas...
- Sem mas, eu perdi meu tempo de ajudando para vc ir bem. Agora vamos repassar a matéria.
- Tá
          Ficamos estudando até dar o horário.
- Boa sorte Noahzinho - digo enquanto ele entra em sua sala, ele vira pra trás e sorri. O QUE EU DISSE? NOAHZINHO? ONDE EU ESTAVA COM A CABEÇA? Devo ter viajado em seus olhos verdes e o sorrisinho perfeito. SE CONTROLA, aaaaaa POR QUE NOAH? POR QUE MEXE TANTO COMIGO? É melhor fingir que nada aconteceu.
Fui para minha sala. Após a prova sai da sala e Noah estava me esperando na porta.
- Como foi? - perguntei esperançosa.
- Bem e vc?
- Jura que vc tá perguntando isso pra mim?
- Uiii desculpa aí nerd
- Olha como vc fala Noahzinho - que raiva falei de novo.
    - Noahzinho? Ai ti fofa
- Acho melhor vc não se acostumar não
- Eu to com fome
- Somos dois
- Vamos comer naquele restaurante japonês que abriu esses dias?
- O intervalo já tá terminando
- É só matar aula
- Noah
- Uma aula não vai fazer tanta diferença.
- Ao invés de matar aula pq não falamos que estamos com dor sei lá
- Uma dor falsa parece uma boa, vem comigo - o lindo moreno dos olhos verdes diz pegando na minha mão e me puxando até a salinha de limpeza.
- O que vc vai fazer?
- MAQUIAGEM
- maquiagem?
- Vc quer parecer doente ou não ?
- Prefiro ficar aqui, mas entre essas opções, parecer doente - mano esse garoto é perfeito demais, Noah começa passando uma base em um tom pálido em mim, ele termina de passar no meu rosto e começa a passar no meu pescoço e nesse momento a única coisa que consigo prestar atenção é em seu rosto delicado, seus lábios rosados e em seu olhos perfeitos.
- Tá, agora passa essa base em meu rosto e pescoço - fico paralisada, então ele passa a mão em frente ao meu rosto, pisco varias vezes e volto do transe e comecei a espelhar a base em seu rosto e em seguida em seu pescoço.
- Tá agora o que eu faço ?
- Fica paradinha - diz o moreno pegando um batom vermelho e passando um pouco em meu nariz e em baixo de meus olhos - agora faz em mim - repito o processo nele, faço devagar para não machuca-lo - Eu não mordo, vai sem medo - continuo passando o batom em seus olhos - Agora vc vai para a enfermaria e diz que está doente desde ontem e depois ameaça vomitar e corre pro banheiro
- Tá. Mais e vc?
- Eu vou falar que estou gripado, pq vc me passou. 
- Então vc vai me usar de muleta?
- Tipo isso
- Tipo isso não, é isso. - começamos a gargalhar, quando ele tampa minha boca com o dedo e faz " shiihh " e rimos baixinho.
- Vou passar uma sombra roxa nas suas olheiras. E depois vc passa...
- Em vc, já entendi.
- Tá. Sua vez de brilhar agora.
- O que isso significa?
- Que vc tem que ir à enfermaria - o moreno diz me empurrando para fora da salinha, quase caio no chão.
Saio sem fazer barulho para não   chamar atenção e vou direto para enfermaria, quando chego ela pergunta o que eu estava sentindo.
- Dor de cabeça, febre, e-e ... -  corro pro banheiro fingindo ânsia de vômito, fico um tempo no banheiro. Volto para a enfermaria e Noah está lá.
- O que vc está sentindo Noah? - a enfermaria pergunta calmamente
- Dor de cabeça, febre e ânsia de vômito.
- Desde quando vc tá assim?
- Acordei com vontade de vomitar.
- E vc tem alguma hipótese do pq esta doente?
- Ela - ele diz apontando para mim.
- Tá, mais o que ela fez?
- Ela não me disse que estava doente quando ficou comigo ontem. - fico paralisada e confusa.
- Vou ligar para os pais de vcs.
- Meus pais não atendem ligação de número desconhecido. Deixa que eu ligo.
- A minha também não aceita.
Fingimos uma conversa de brincadeira no telefone.
- Minha mãe já tá vindo. Vou esperar lá fora. - saio da enfermaria e vou até o estacionamento da escola. Fico sentada no capô do carro do Noah o esperando.

Ele aparece depois de alguns minutos.
- Vamos?
- Sim. Mais e toda essa maquiagem - digo apontando para o meu rosto e o dele.
- Toma isso - ele joga um lencinho removedor de maquiagem para mim. Entramos no carro e usamos o espelho do retrovisor para tirar a maquiagem.
- Pq vc carrega maquiagem com vc.
- Pq eu quero. Pra falar a verdade  não tem um motivo específico.
- Talvez tenha e vc não queira me falar.
- É, talvez.
    
    

A Prova de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora