A luz do quarto totalmente branco piscava, o barulho dos carros do lado de fora eram altos, mas a voz que soava em minha cabeça era mais alta.
Ela era o motivo por eu estar nesse lugar. Perdi minha família, perdi minha vida, abri mão de meus sonhos por ela. E faria tudo novamente...
A brisa de uma tarde de verão batia levemente em seus cabelos fazendo-os flutuar em minha direção e o cheiro de seu perfume marcante invadir minhas narinas. Natallie brincava com meus dedos séria, pensativa.
- O que houve? - indaguei-a.
- Zayn, você me ama?Aquelas três palavras carregavam grande significado, mas nao eram o suficiente para dize-la o quanto eu a amava. Eu sempre senti sua duvida, sempre soube que ela nao acreditava totalmente em mim, fazia meu melhor para prova-la que era real, mas as cicatrizes deixadas pelo tempo que ela carregava nao a deixavam ver, ou a protegiam de uma nova decepção.
- Eu amo você. É só você se permitir enxergar o quanto, é só isso que você precisa.
As memorias ecoam fortemente em minha mente, de algum modo eu a sinto aqui, sinto seu cheiro, sinto o calor de sua presenca e todos os sentimentos que isso me trazia, o único momento em que tudo desaparecia, os problemas sumiam, e tudo girava ao redor dela.
- Zayn?
Sua voz é fixa em minha mente, eu ainda a sinto aqui.
- Zayn?
Ela nao esta aqui. Repito a mim mesmo. Ela se foi.
- Zayn? Fale comigo.
Por um momento fecho meus olhos e a sinto, sim eu a sinto. Ela está aqui.
- Natallie? - chamo.
- Eu estou aqui meu amor. Lembra que eu disse que nunca te deixaria?
- Vamos Zayn! Venha! Me pegue!
Disse ela correndo na rua que eu costumava morar. O brilho de seus olhos nao se comparavam com nada, as estrelas deviam inveja-los. Seu sorriso sempre presente, o escape para meus problemas e questões nunca resolvidas. Corri atrás dela através das ruas, passando pelas cercas brancas das casas, eles nunca entenderiam o que nós temos. Eles nunca sentiriam o que nós sentimos.
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Once in a Lifetime
FanfictionDizem que o amor supera todas as coisas, sera o ele a fina camada que separa a insanidade da lucidez ou sera o amor a própria insanidade?