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Haveria uma brisa, onde o vento estava na medida certa que batia em seus cabelos, fazendo-me imaginar uma música perfeita e minhas mãos nos seus fios. Talvez houve um céu com poucas nuvens para me lembrar que minhas esperanças estava como tal. Escutava uma canção que só tocava em minha mente, uma mente peculiar. E é como se estivesse morrendo para viver de novo e começar tudo de novo. É uma tristeza de verão, ama-lo é pedir para ele me beijar intensamente, mesmo indo embora logo depois. É como gritar em plenos pulmões que ele é o melhor. É vestir a melhor roupa e se sentir vivo. É ficar sem ar, em chamas e nada te assustar.
Amar Jake é uma tristeza de verão.
Não me restam muitos amigos com quem conversar. Ninguém está por perto quando estou com problemas. Desejo pedir para ele: Você sabe que eu faria qualquer coisa por você. Passe a noite aqui, mas não conte para ninguém.
Seu amor é tudo. Tudo que tenho nesse momento.
Jack estava em seu quarto. Ele parecia meio abatido. Estava sentado em uma cadeira, escrevendo algo em seu caderno de "pensamentos", como chamamos. Ele estava tão cabisbaixo que desejava entrar e abraçar seu pequeno corpo. Parecia cansado, percebia isso por causa das olheiras muito visíveis. Observava-lhe atentamente e pensava em como chegamos naquilo tudo. Como fui deixá-lo me amar?
De repente, seus olhos encaram a janela e, em outra fração de segundos, abaixo-me, tentando me esconder. Entretanto, seu pequeno corpo aparece na janela, abrindo-a e olhando para baixo, para mim. Vejo um leve sorriso aparecer no canto dos seus lábios. Levanto, o que falar?
— Você sempre foi péssimo em se esconder de mim. Eu sempre te encontro. — Sinto meu rosto pegar fogo, céus, devo está parecendo um pimentão.
— É quase natal... — sua cabeça se inclina para o lado — ... meio que seu papai Noel veio antes. — Como estava com saudades desse som, dessa risada que sua garganta produziu em poucos segundos de minha presença.
— Quer entrar ou prefere me observar daí? — Ele espera ansioso e faço o que o deixa feliz: entro. Olho ao redor e nada mudou, apenas as circunstâncias. — Vai falar o que veio fazer aqui de verdade ou irá me deixar acreditar no papo do Noel? — sorri de leve.
— Bem, o Noel parece melhor do que a verdade.
— Se você não quiser falar sobre, não vou te obrigar. Podemos curtir esse dia de ações de graça sem problemas, mas logo eles viram. A gente sabe.
— Sim, sabemos.
De súbito, seus braços me agarram em um abraço apertado, meio desajeitado.
— Eu estava com tanta saudades de você, disso, de nós. — Retribuo seu abraço, aproveitando.
— Eu sei, eu também estava. — Percebo que minha respiração estava ofegante, talvez fosse o nervosismo ou os remédios que ingeri há minutos atrás quando apenas olhava-o lá de fora.
— Está cansado?
— Mais ou menos, isso. — Sentamos na sua cama, estávamos nos encarando em silêncio. Toco em sua mão esquerda e a beijo, sentindo meus olhos ficarem marejados. Mordo o lábio inferior, tentando reprimir a emoção. O cansaço parecendo me vencer. Minha visão estranha.
— Jack, eu te amo até o infinito. — Sinto meus movimentos pararem de me obedecer, sua mão sai da minha. — Para sempre, Jack. — Então, minha visão escurece completamente e tudo que há no além é nada.
Um nada preenchido pelo vazio.
Vazio e comprimidos que me tiram a tristeza dos dias ansiosos.
Pela escuridão.
Por emoções.
Tristes sensações.
A triste não voltaria a ver aquele seu rosto macio.
Mas, ao passar pelo caos, encontrei algo que todos querem, que todos desejam.
Um paraíso.
Nirvana. Meu nirvana.
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1. precisava de uma história triste com final não feliz para expressar meu estado de espírito.
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