ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ ᴅᴏɪs

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Henk estava certo. Barb sabia disso, mas nunca iria concordar. Seu ego não permitia que o fizesse. Em menos de uma semana os trigêmeos brigaram muito deixando os pais loucos.

No mesmo dia em que Amy retornou os três tiveram uma briga feia que acabou com Phoebe acordar com os cabelos cheios de mel, Max com o rosto todo riscado com caneta permante e os cabelos cheio de farinha de trigo, já Amy ficou toda suja de ovo e tinta quando estava saindo do quarto pela manhã - graças ao Max - e essas pegadinhas foram apenas o início da guerra.

Phoebe implorou para que Henk e Barb deixassem Max e Amy longe dela, os dois estavam detonando com ela. Max reclava que a volta de Amy foi a pior coisa e Amy reclamava dos dois.

- Chega vocês três - disse Barb irritada pela manhã da terça-feira, três dias depois do retorno da sua filha. O trio olhou para mãe assustado. Nora e Billy apenas olhavam meio risonhos, as brigas e as guerras de pegadinhas faziam os mais novos soltarem altas risadas - eu não aguento mais!

Barb se retirou da cozinha deixando os filhos assustados com a sua reação. Sabiam que estavam pegando pesado, mas não pensaram que tinham ido tão longe assim.

- Estão os três de castigo - disse Henk depois de terminar seu café-da-manhã - e como castigo estão obrigados a ficarem no mesmo cômodo - Amy abriu a boca para reclama - se ouvir um piu eu os coloco no seu quarto, Amy - a menina bufou, mas não disse nada.

Os três terminaram de comer em silêncio.

- Para o sótão - Henk mandou e os três seguiram para o andar de cima com uma careta e a feição abatida. O homem fechou a porta trancando os três dentro do sótão. Amy bufou e se deitou no chão de madeira. Max sentou no chão perto da porta e Phoebe ficou em pé olhando para os irmãos com raiva.

A mais velha sentou no chão com desgosto.

- Vocês tinham que me meter no meio, não é? Tinham que ficar mexendo comigo? - reclamou Phoebe fazendo com que os outros revirassem os olhos.

- Voce que se meteu - respondeu Amy.

Max concordou com um maneio. Phoebe não disse mais nada assim como Max, Amy se levantou e começou a andar pelo sótão. Estava se sentidno sufocada, precisava de ar. Reparou na janela que tinha e tentou abri-la, mas não teve resultado.

Fechou os olhos sentindo o medo aos poucos lhe dominar. Odiava essa sensação. Odiava sentir medo. Odiava ter passado pelo o que passou. Com muita luta a garota abriu a janela e respirou tentando afastar as lágrimas de seus olhos.

- Amy - chamou Phoebe pela irmã - o que você fez nesses cinco anos?

Amy tinha feito uma promessa para si mesma que nunca iria dizer o que fez, mas quando a sua irmã perguntou ela pensou na possibilidade de contá-la cada coisa que fez, mas negou com a cabeça.

- Não posso dizer - respondeu simplesmente e se sentou embaixo da janela no chão.

Max ergueu os olhos castanhos e encontrou os olhos da irmã. Não queria admitir para si mesmo, mas não tinha como negar.

- Senti a sua falta - as palavras voaram da sua boca fazendo com que a garota sorrisse.

- Também senti a sua, Max - fez uma pausa e olhou para a irmã - assim como senti sua falta, Phobs - Phoebe abriu um sorriso pela irmã ter usado o mesmo apelido de quando eram crianças.

Depois de tantas brigas, discussões e pegadinhas. Os trigêmeos estava sentados no sótão e conversavam como se fossem velhos amigos, Amy se sentira bem ali. A garota fechou os olhos e deixou que a paz que estava sentindo percorre o seu corpo várias e várias vezes desejando que ela nunca sumisse.

Na hora do almoço Henk subiu para o sótão e sentiu bem ao ouvir risadas calmas ressoando pelo andar. Quando abriu a porta se assustou ao notar que os gêmeos estávam abraçados no chão e rindo.

- Oi pai - dizeram juntos com um sorriso amarelo.

Henk não disse nada apenas deixou que os filhos saíssem do sótão e procurou vestígios de briga, mas não tinha estava tudo no seu devido lugar. Exceto pela presença de um anel, ele se abaixou e pegou o anel. O anel era de prata e tinha uma pedrinha vermelha no meio, e na parte de dentro estava escrito não me abandone, Amy e um infinito ao lado, embaixo da frase e do infinito um nome tinha sido cravado, Gabriel.

Iria entregar para a filha depois. Mas uma pergunta se passava na mente do mais velho. Quem era Gabriel?

O almoço correu cheio de risadas, os trigêmeos faziam palhaçadas o que fazia com os familiares soltassem risadas exageradas. Amy tinha o dom de trazer a paz, mas assim como trazia o caos para qualquer família. A garota olhou para a sua mão e seus olhos arregalaram, Henk prestou atenção na reação da garota.

- Está procurando por isso? - o pai ergueu o anel que havia encontrado mais cedo.

A menina engoliu em seco, era a única recordação que tinha de alguém que tinha lhe salvado várias e várias vezes de si mesma.

- Obrigado pai - estendeu a mão para pegar o anel, mas o homem afastou fazendo com que todos prestassem atenção.

- Quem é Gabriel?

As lágrimas brilharam em seus olhos. Ela apertou o coração por cima do tecido grosso da blusa, doeu ouvir o nome dele. Amy se retirou da cozinha desconserta e seguiu para o quarto/covil de Max já que tinha que dividir o quarto com ele. A garota se jogou na cama e abraçou o travesseiro ignorando a voz do Dr. Colosso e tudo que estava ao seu redor.

Não me abandone, o pedido que Gabriel lhe fizera passava pela sua mente várias vezes como se quisse lembrar a ela o seu erro, o seu grande erro que cometeu. Só notou que estava chorando quando um soluço escapou de seus lábios.

DARKSIDE ⇘ the thundermansOnde histórias criam vida. Descubra agora