One Shot

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O dia estava sendo péssimo. Kongpob já havia saído correndo de casa com café nas mãos, perdido o ônibus para a faculdade, pisado em uma poça de água e antes que o táxi parasse para ele entrar, começou a chover. Em sua cabeça, não tinha como ficar pior. Até ele chegar na faculdade e saber que suas aulas tinham sido canceladas, TODAS ELAS.

Ele não tinha passado por baixo da escada, não tinha pisado nas listras das calçadas, não tinha encontrado nenhum gato preto, ou quebrado algum espelho. Na verdade, para ele, tudo isso era um monte de baboseira, principalmente a parte do gato preto. Gatos pretos davam amor e não azar. O azar seria do bichano, em encontrar gente ignorante. Enfim, por que o dia estava sendo tão fatídico logo cedo? Azar no jogo e azar no amor é o que a vida está querendo lhe dizer? Afinal, já tinha uns meses que que seu namoro tinha chegado ao fim. Ele não estava sofrendo tanto quanto pensava, mas não quer dizer que não estivesse sentido.

- Kong. - Seu amigo M gritou de longe, agora vindo em sua direção - Venho te convocar para uma festa de Halloween hoje .. Aaah e eu não aceito um não.

- Não sei, M. Meu dia está sendo péssimo hoje, sinceramente. Estou até mesmo cogitando que me jogaram uma praga.

- Você não acredita em pragas ou destino, Kong. - Como um bom amigo, ele sabia que Kongpob era cético sobre muita coisa - E bom, se seu dia está sendo ruim é mais um motivo pra você se divertir. Vamos lá, vai ser na casa do Bright. Tô sentindo que vai ser boa.

Kongpob apenas assentiu em concordância. Talvez uma festinha realmente não fosse tão ruim e ele até já sabia de que iria fantasiado.

Kong já estava perto de casa quando uma criança saltitante o parou. Ela não disse nada apenas o encarava, e ele sem saber o que fazer, também a encarava em confusão. A menina de repente lhe jogou uma fita vermelha que Kongpob pegou em susto no ar, e quando voltou seu olhar pra a criança, ela já não estava mais lá. Simplesmente havia sumido. Kong olhou para os lados e nada, então ele apenas desistiu. Colocou a fita no bolso e entrou.

Do outro lado da cidade ...

Arthit tinha acabado de receber o convite do casamento de Namtan, o que causou a ele uma pequena tristeza, ainda não havia a superado totalmente, mas estava feliz por ela. Deu um sorriso fraco o guardando e se virando para voltar pra casa. O dia no trabalho havia sido cansativo. Só queria ir para o seu apartamento e se jogar na cama. Estava entrando no trem quando esbarrou em algo, mas ele não viu o quê. Olhou, mas ainda assim não viu nada ou ninguém. O trem chegou e ele embarcou.

Chegando em casa apenas depositou suas coisas sobre a mesa, pegou uma toalha e foi direto para o banheiro. O banho foi revigorante.

Quando saiu do banheiro ainda secando ao cabelos viu seu celular tocar. Viu que era seu amigo e o atendeu.

- Arthit, meu caro, Arthit .. Cadê você? - Falaram algumas vozes em uníssono do outro lado da linha.

- Ah merda! Prem, eu esqueci. Fiquei até tarde no trabalho hoje e estou morto de cansaço. - Ele disse sentando no sofá com a toalha em mãos.

- Ah não, cara. Você falou que vinha. Faz tempo que não nos vemos. Pega o trem, não são nem 4 horas para você chegar aqui.

- Tá louco?? Nem fodendo. Eu vou me jogar no sofá e tomar leite rosa, isso sim. - Ele ouviu seus amigos praguejarem do outro lado e riu. - Sinto muito fica pra próxima.

Depois que desligou, ele apenas ficou onde estava. Jogado no sofá ainda despido. Olhou pra suas coisas na mesa e viu em sua bolsa algo que não parecia ser seu. Ele se levantou e foi até lá: era uma fita vermelha. Arthit estava confuso sobre a fita porque não sabia como ela tinha ido parar alí. Ficou a encarando por um tempo e a achou bonita. Por um impulso que ele não sabia de onde veio ele a colocou em seu pulso.

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⏰ Última atualização: Nov 29, 2019 ⏰

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