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Sina

acordei com uma claridade imensa invadindo o quarto e depois de alguns segundos me acostumando com a luz eu fui batendo no criado-mudo ao lado da minha cama em busca do meu celular, chequei rapidamente as minhas mensagens e pude ouvir meu estômago roncar, eu estava faminta.
me levantei e fiz minhas higienes em minutos, desci rapidamente para o restaurante pegando tudo que eu podia, e depois de me sentar pude ver minha mãe entrando.

- Si - minha mãe dizia sentando na mesa - nem me disse como foi ontem

- foi legal mãe - ao dizer isso ela fez uma careta - tá, foi muito legal, eles são demais

- que bom meu amor, e o Noah?

- que que tem?

- eu vi ele te deixando aqui na frente do hotel

- mãe, pelo amor de deus, o Noah é insuportável, ele me atropelou

- não foi ele que te atropelou

- tanto faz, eu e ele não daríamos certo - eu dizia comendo meu ovo mexido

- eu falava a mesma coisa em relação ao seu pai, não duvide do destino filha, ele pode te enganar

- mãe, eu acho que você tá precisando comer

antes que minha mãe pudesse responder qualquer coisa meu pai chegou a mesa com a minha irmã que por acaso estava mais animada que o normal.

- tata, tata - ela dizia chegando perto de mim - sabe o que vai acontecer hoje?

- o que?

- eu vou me tornar uma surfista, vou ter a minha primeira aula oficial

- que incrível Laurinha, eu tenho certeza que você vai ser uma surfista incrível

- tata, você vai me ver surfar né? - ela dizia fazendo biquinho - vai nadar comigo não?

eu não sabia o que dizer, olhei para os meus pais e eles tinham um olhar compreensivo, apesar de todas as broncas que eu geralmente levava eles sempre me entenderam muito, sabiam que eu não conseguia nadar direito no mar por pânico, eles sabiam do meu trauma de pequena, mas algo dentro de mim falou mais alto naquele momento, eu não poderia ter medo pra sempre e naquele momento a minha irmã precisava de mim.

- eu vou Lala - eu dizia e meus pais se surpreendiam

- ebaaa - ela pulava em comemoração - vou me arrumar

- Si, sabe que não precisa ir né? sua irmã vai entender - meu pai que falava

- podemos conversar com a Laurinha - minha mãe dizia

- tá tudo bem, eu vou, prometi a ela que eu iria

após mais alguns minutos de café da manhã subi ao quarto e me troquei rapidamente, coloquei um biquíni branco e um camisetão junto de uma rasteirinha, eu não iria entrar na água ou ao menos tirar a blusa, mas eu usava por prevenção.
quanto mais eu e Laurinha nos aproximávamos da água, mais nervosa eu ficava, todas as pessoas que eu já conheci na vida sempre falaram que o mar transmite paz, pra mim era exatamente o contrário, eu me desesperava e não entendia como alguém gostava tanto daquilo, era aterrorizante.

𝐬𝐮𝐦𝐦𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐥𝐨𝐫𝐬 » 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora