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Seu vestido estava belíssimo, completamente deslumbrante que nem mesmo a mais bela das mulheres poderia apagar o brilho que irradiava dos seus lindos olhos e seu glamoroso sorriso, por mais fascínio que eu tinha sobre aquela que mais tarde descobri ser uma princesa, a primogênita, eu como esposa do duque tive de oprimir meus desejos mais profundos e me concentrar em outras presas pelo longo e extenso salão do castelo. Logo avisto uma moça de grandes cabelos pretos até na cintura, bem cuidados com um vestido aceitável com detalhes de renda vermelho e pimba! É essa!

- O que me dá a honra de ter uma moça tão autêntica numa festa tão tediosa como essa? - Engatilho chegando perto da mesma perguntando.

- Sou diferente pelo prazer de chamar atenção de pessoas como você - Ataca de volta afiada olhando em meus olhos.

Sorrio e assim o jogo continua, a Morena se aproxima das taças e pega uma de champanhe para ouvir os avisos da realeza com suas comemorações exuberantes, tomo um vinho em minhas mãos admirando os lindos detalhes dourados da taça tão cristalina a ponto de refletir meu rosto.

- Se me permite dizer, Srta, creio eu. Os vinhos sempre me instigaram bem mais que os champanhes - Aponto meu interesse.

- Duquesa Alexia, eu já acredito que o vinho seja para uma ocasião mais especial, o apropriado para uma comemoração como a qual estamos participando, o champanhe é o ideal.

- E se eu resolver terminar essa taça em outro lugar com tua presença? - Finalmente atiro erguendo as sombrancelhas.

A vejo abrir e fechar os lábios com uma leve cor escura, pisca olhando pra baixo algumas vezes seguida desconfiada.

- Sem problemas, sinto muitissimo pelo convite invasivo - Dou um leve comprimento me retirando.

- Espere! Aceito, já que teve tanta cordialidade da sua parte Duquesa - Xeque-Mate! Consigo o que desejo como sempre.

Caminhamos até meu quarto enquanto eu tinha a certeza que todos estariam na festa, os lençóis de seda tão brancos como o traje da dama em minha frente, conversamos um pouco até finalmente nossas bocas se encaixarem, seu beijo era experiente e bastante necessitado, talvez fosse viúva, casada sem o marido por perto como era sempre o meu caso com o Duque ou quem sabe, eu teria a provocado o suficiente para a deixar com tamanha vontade.
Dou o último gole do vinho que desce rasgando pela garganta, aperto bem meus olhos antes de retirar toda sua roupa sem pressa, pelas suas costas abertas, desço não somente o vestido, mas com ele vou passeando o gelo em minha boca a fazendo gemer baixinho, a mesma taca os longos cabelos tão negros como a noite para trás, me fazendo puxa-los de leve para tomar seu pescoço com minha língua, retirando o que tampava seu corpo.

- Magnífica, dance pra mim - Aperto os olhos soltando meu apertado coque.

A Morena vai deslizando pro chão com a música de fundo que solto ao vê-lá tão sem pudor em minha frente, mordo os lábios a penetrando com o olhar, seus seios balançam no ritmo da melodia junto com a bunda que a cada minuto vai se empinando ainda mais em minha direção. Meus batimentos falham um pouco, ofegante com tamanha sensualidade que exala no ar, a garota passa suas unhas em minhas pernas me provocando.

- Acha mesmo que irei cair nessa tentação? - A pego pelos cabelos a colocando de quatro sobre a cama.

- É do meu jeito, baby

Os pequenos vestigios do gelo derretendo queima em minhas bochechas, os pego descendo até seu ponto e o beijo vendo o líquido escorrer pela sua bunda, aonde fiz questão de abusar com meus dedos, o gritinho de dor me deixa desnorteada me excitando, com a outra mão pego no ponto certo de sua intimidade a fazendo arquear, em poucos segundos de eternidade, a vejo suada com os cabelos grudados agarrando a cama, tentando recuperar o ar que lhe falta, a mesma faz um som estridente quando me molha inteira chegando ao ápice em seus sentidos.
Seus olhos me agradecem sem precisar de palavras, se ajoelha entre minhas coxas devolvendo todo meu delirio, entro no meu mundo esquecendo o resto.

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A sensação de revigoramento é extremamente reconfortante, a noite passada foi de ótimo agrado, nítidamente meu bom humor exalava tanto quanto o cheiro do perfume de erva doce grudado em mim, mesmo depois de uma ducha quente, sentia a pulsação do meu corpo e nessa tarde a mesa estava repleta como todos os dias, com variações de bebidas e comidas diversas.
Suspirei quando vi o General entrar, o Duque, sendo mais especifica, o homem que fui obrigada a me casar para sustentar minha família.

- Brilhante dia General Brian.

A Condessa viúva o comprimenta com intimidade demais pro meu gosto, novamente me vem o paladar amargo, mas ignoro, ainda mais por saber que ambos estamos juntos por pura imagem pra realeza.
Pego um dos lindos copos de porcelana fino, o enchendo de suco natural que sei ter vindo do pé de amora fora do castelo que quando criança, eu amava correr em volta dessa árvore e ficar colhendo essas frutas vermelhas sangue.

- Querida?

Sinto as mãos nos meus cabelos completamente ondulados, amarrados em um firme rabo de cavalo, suspiro levantando para abraçar meu marido fingindo novamente se importar dele ter voltado.

- Senti sua falta - Sussurrou em meu ouvido, não odiava Brian, apenas nunca quis ser dele e o mesmo não percebeu que eu jamais o amaria.

O apertei demostrando, não afeto, mas gratidão por tudo que o mesmo fez pra mim e para minha família.
Voltando a me sentar junto com ele à mesa, tomamos um bom café da manhã como sempre e tendo muitos assuntos que eram bem chatos, me fazendo revirar os olhos discretamente.

- Gostaria de montar hoje, Magnus está pronto?

Meu marido sorri disfarçando o incômodo de que eu faça meu pedido perto de tantas damas da realeza que nem sequer pensam em montar a cavalo pra qualquer lugar que fosse, mas não iria me envergonhar de algo que deveria ser tão normal.

- Seu cavalo está pronto sim, vejo que gostou do meu presente de aniversário - Diz sorrindo, satisfeito por me agradar.

A atenção e curiosidade de todos, principalmente das mulheres estavam sobre a gente. Alguns olhares de reprovação eram nítidos.

- Então realmente deu um animal de grande porte a sua esposa, comandante?

Valéria, uma das amantes do lorde Gael, foi escolhida como dama de honra da rainha graças a recomendação dele.

- Não vejo motivos para não deixar a minha amada duquesa feliz.

- É um absurdo em minha humilde opinião uma delicada duquesa ter um animal tão feroz - Valéria responde fazendo meu sangue ferver.

- Magnus é extremamente lindo e selvagem com desconhecidos, então aconselho a se manter longe e apesar de feroz, foi muito bem domado e cuidado por mim, provando que de delicadeza eu tenho o mínimo com quem merece - Sorrio pra mulher que me lança um olhar cínico depois de minhas palavras.

~ ALEX & ALLY ~Onde histórias criam vida. Descubra agora