Filho do Presidente

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Kate

Acordei com a luz suave invadindo o quarto pelas frestas da cortina. Fiz minha higiene matinal e tomei um banho rápido, sem perder tempo. Vesti uma roupa confortável e desci para a cozinha. Peguei um copo de suco na geladeira e me encostei na bancada enquanto tomava.

A casa parecia mais silenciosa sem a Brooke. Faltava o som dos passinhos, os gritinhos animados e os brinquedos espalhados pelo chão. Sorri fraco ao me lembrar dela ontem, rindo com o rostinho sujo de chocolate. O silêncio era quase incômodo.

A campainha tocou e fui até a porta. Uma senhora, aparentando quase sessenta anos, estava ali com um sorriso simpático no rosto. Fiquei na dúvida se ela aguentaria cuidar da casa — e da Brooke.

— Entra. — falei, dando passagem.

— Sou a Charlie. — ela disse, estendendo a mão com educação.

— Pode se sentar. — indiquei o sofá enquanto me acomodava no outro. — Bom, eu tenho uma filha de três anos. Estou procurando alguém para cuidar da casa... e da Brooke.

— Você é tão novinha. — ela comentou com doçura, me arrancando uma risadinha. — E onde está a menina?

— Está na casa do pai, mas deve chegar em breve. — respondi e ela assentiu. — A casa não é grande. Os quartos ficam lá em cima.

— Posso começar hoje? — perguntou com entusiasmo.

— Pode. O salário a gente discute depois. — concordei, e ela sorriu, satisfeita.

— Posso fazer uma pergunta? — ela perguntou, um pouco sem jeito. Assenti. — Por que sua casa é cercada por seguranças?

Fiquei surpresa com a pergunta.

— O quê?

— Antes de eu bater na porta, um homem veio falar comigo. Fez perguntas e disse que era pela sua segurança.

— Já volto. — falei, me levantando e indo até a porta. Quando abri, vi alguns seguranças fazendo ronda ao redor da minha casa. Fui até um deles, irritada.

— Por que vocês estão aqui? — perguntei com frieza.

— O senhor Miller mandou. — ele disse, sem coragem de me encarar.

Suspirei impaciente.

— Liga pra ele. Agora.

Ele hesitou, mas atendeu ao pedido. Após alguns segundos, passou o celular para mim.

— Eu quero esses caras longe da minha casa. — falei com firmeza.

— É pra segurança da Brooke. — ele respondeu com a voz rouca. Provavelmente estava dormindo.

— Miller, eu sei cuidar da minha filha. Não preciso dos seus seguranças rondando meu portão. — disse, já perdendo a paciência.

— Eu não vou tirá-los daí. — ele respondeu, firme.

— Tudo bem. Não me importo em matar um por um. — falei friamente e desliguei na cara dele. Olhei para o segurança à minha frente. — Quero você e esse bando fora daqui. Agora. Vou voltar em dez minutos, e se ainda estiverem aqui, arranco a cabeça de cada um.

— Mas são ordens...

— Foda-se as ordens. Saem daqui. E não me obriguem a repetir. — falei, voltando para dentro com o sangue fervendo.

Mostrei a casa para Charlie e ela logo começou a organizar as coisas. Subi, peguei minha bolsa e as chaves do carro.

— Já volto. — avisei e ela assentiu com um sorriso gentil.

Nas Mãos do Destino [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora