Complicando

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Acordo com uma luz muito clara batendo em meu rosto, levanto o rosto e vejo um quarto completamente desconhecido, olho em volta e não vejo ninguém.

Me levanto lentamente e paro quando começo a sentir uma dor insuportável na cabeça, o que me faz colocar a mão na mesma em expressão de dor.

- Isso tudo é ressaca? - escuto uma voz e olho para o garoto passando pela porta me olhando com um sorriso no rosto.

- Cara, eu nunca mais bebo na minha vida! - digo tentando me levantar novamente.

- Quer um remédio? - Luke vai até uma gaveta e pega uma cartela de remédio. - Vou pegar água, segura.

- Obrigada! - digo vendo o sair por onde acabará de entrar.

Olho pelo quarto procurando coisas que pudessem me entreter, acabo encontrando uma foto, era ele e uma garota, eles pareciam estar na praia. Envolvo a foto em minhas mãos para olhar melhor. A garota é muito linda, possuía lindos cabelos cacheados enormes, seus olhos também eram verdes. Vejo Luke entrar novamente no quarto com um copo de água.

- Sua namorada? - digo ainda olhando o retrato.

- Minha irmã! - ele diz me entregando a água, ponho o retrato em cima do criado mudo de volta pegando o copo da mão dele.

- Ela é linda! - digo sorrindo pra ele.

- Ela era sim... - ele diz de uma maneira triste.

- Espera, como assim era? - pergunto, assim que ele me olha percebo o desastre que acabei de perguntar e ponho a mão na boca. - Sinto muito...

- Tá tudo bem, já faz um tempo. - Ele vem até o criado mudo e pega o porta retrato novamente. - Ela foi assassinada...

- Eu realmente sinto muito.. - digo com a cabeça abaixada.

- Bom, já aconteceu, não temos mais o que lamentar. - ele coloca o foto no lugar. - vamos comer? - me olha sorrindo.

- Vamos! - digo me levantando da cama ponho meu tênis que estava encostado na parede e descemos as escadas. - Sua casa é linda! - digo admirando os quatros na sua parede da sala.

- Tem muita coisa pra melhorar ainda. - ele diz abrindo as cortinas da sala.

- Você mora sozinho? - pergunto olhando um outro retrato dele com uma mulher, da qual me parecia ser sua mãe.

- Sim, morava com a minha irmã, mas ela se foi, e agr é só eu. - ele diz seco. - Vem a cozinha é por aqui! - ele me olha e sorri novamente.

Sentamos nas cadeiras e por pura ironia, ele já havia feito o café. Comemos enquanto conversávamos sobre assuntos variados, como séries músicas e diversos. Ele pede para irmos para a sala pra assistirmos alguma coisa e vamos.

- Sabe que eu te conheci ontem e já estamos agindo como se nós conhecêssemos a anos né? - pergunto me sentando em seu sofá.

- Estou acostumado, com a Bia foi assim também. - ele ri colocando a TV na Netflix. - Você quer assistir o que?

- Na verdade, eu acho que eu deveria ir embora, eu tenho que arrumar as coisas pra aula amanhã. - fico observando enquanto ele conectava os cabos na tv. - Sabe que horas são?

- Eu vou pegar o celular lá no quarto, calma ai. - ele termina de conectar tudo e sobe as escadas.

Fico olhando para as coisas, procurando algo que me agradace, até que paro de procurando quando noto diversas rachaduras na parede da sala, o que não me fazia sentido já que todas as outras paredes estavam intactas, deve ser apenas por ser mais antigo ou algo do tipo, então decido ficar na minha. Sempre fui muito detalhista, sempre percebo coisas que pessoas normais deixariam passar. Isso sempre fez de mim uma boa detetive, já que quando eu era pequena, minha mãe adorava fazer esses tipos de jogos comigo.

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