quarenta e oito.

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— Bom dia, amiga. — falou toda animada, entrando na sala.

— Bom dia, gata. — me levantei da cadeira e dei um beijo nela.

— Vim fazer a ultrassom. Tô ansiosa. — falou com um sorrisão.

— Aham, vamo lá.

Quando eu entrei aqui, a primeira coisa que eu quis fazer foi acompanhar a gravidez dela. Não só a dela, de mais algumas meninas.

— O que você quer? Menina ou menino? — falei passando o gel na barriga dela.

— Aí, não sei. — ela riu.

— Quando eu tava grávida, eu queria uma menina. Mas quando eu descobri que era um menino eu fiquei mais feliz do que se fosse menina. — eu ri também.

— Eu queria uma menina, eu acho. — ela pausou. — Na verdade, pra mim tanto faz. — deu um sorrisinho de lado.

— E o Henrique? Onde tá?

— Teve que ficar trabalhando. — ela revirou os olhos.

— Ele trabalha com o quê? Nunca fiquei sabendo.

— Trabalha em um restaurante na pista.

— Ah, pensei que ele era envolvido também.

— Ele nem pode pensar em se envolver, tá todo dia na pista. É bem provável que ele se foda se for.

— Pois é. Eu queria trabalhar naqueles hospital grandão, sabe? — ela balançou a cabeça. — Mas é foda, bem impossível eu fazer isso.

— Real, mó brisa esses bagulho de polícia.

— Amiga, eu não quero saber o sexo não. Eu vou fazer o chá de revelação e aqueles bagulho tudo. — deu um sorriso.

— Pode pá. — falei com um sorriso também. — Já dá pra ver.

— Aí, não fala. — ela riu.

— Relaxa. — dei uma risada.

A gente terminou de fazer o exame.

— Mas, aê. — dei o papel pra ela se limpar. — Vai ser quando o chá?

— Provavelmente esse sábado. — se levantou. — Tô indo lá comprar os bagulho pra fazer.

— Jaé, amiga. — eu levantei da cadeira.

— Tchau, gata. Te amo. — me deu um beijo na bochecha.

— Tchau, vida. Cuidado com meu sobrinho, ou minha sobrinha. — falei rindo.

— Falou, sair daqui cola lá em casa.

— Hoje não dá, mas amanhã depois do trabalho eu vou. — ela mandou beijo e saiu.

— Bom dia, Helen. — entrou na sala.

— Bom dia, Gabi. — falei sorrindo. — E aí?

— Eu ainda tenho medo, mas tô tentando me fazer de forte.

— Ele te bateu? — ela me olhou com uma cara triste.

— Hoje de madrugada. — falou segurando as lágrimas.

— Ele tá em casa?

— Tá, ele não foi trabalhar, infelizmente.

— Depois do exame tu vai sentar ali — apontei pro sofá. — e vai me esperar. Tenho apenas mais uma moça pra atender hoje.

— Tá bom. — ela me deu um sorriso.

Criminal Love ❌ (1°Temporada - Finalizada.)Onde histórias criam vida. Descubra agora