Capítulo Único

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"Incrível. Parece que quanto mais me esforço para não me meter em confusão, menos eu consigo... isso é uma lástima". Penso tentando entender o que eu fiz de tão errado dessa vez. Desde pequena parece que sempre atrair coisas ruins. Sempre fui muito zoeira e já preguei peças em quase todo mundo da escola e do meu curso de violino, mas não consigo me lembrar de ninguém que ficou puto o suficiente para fazer algo desse tipo comigo. Apesar de que me lembrar do que quer que seja é muito difícil, já que, até onde eu sei, bati a cabeça em um muro quando era pequena e minha memória foi para o espaço desde então.

— Eu não deveria estar com um saco na cabeça ou algo do tipo? — pergunto um pouco confusa, pois parecia mais que eu estava saindo com meus amigos no carro luxuoso de algum deles do que sendo sequestrada.

Sim, sequestrada. A senhora minha mãe, que deveria me proteger de todos os males do mundo e ser a guardiã da minha sanidade mental simplesmente abriu a porta de nossa casa, trocou algumas poucas palavras com os oito garotos que estavam do lado de fora, os deixou entrar, os assistiu me tirarem arrastada do meu lindo lar e só me disse que "é mais seguro você ficar do lado dele, pois nossas vidas estão em risco e só ele pode nos proteger a partir de agora". Afinal, ele quem?!

— Acho que você deveria estar amordaçada — responde o ser ao meu lado me encarando com certa raiva — Não sei se você sabe, mas estamos armados e eu poderia te dar um tiro aqui e agora por você não calar a boca por um mísero segundo — diz e eu acabo sorrindo de canto, pois adoro irritar as pessoas.

— Você é bonito demais para ser um assassino — digo o que me vem a cabeça e o assisto me olhar confuso por um momento, corou um pouco com meu comentário, arregala seus olhos e olhar para todos os outros meninos como se estivesse pedindo ajuda.

— Nem olhe para a gente, Dyo. Se vira aí — fala o ser do meu outro lado colocando seus fones e começando a mexer no seu celular, que possuía um cachorro branco super fofinho como wallpaper.

— Vocês são o quê? Uma máfia? Hackers? Adolescentes na puberdade? — questiono sem saber se preferia estar ali com eles ou com aqueles bandidões que colocam medo até na polícia.

— Adolescentes na puberdade? Jura mesmo!? — pergunta o rapaz sentado atrás de mim como se estivesse realmente ofendido com o que falei.

— Olha, se vocês estivessem andando juntos pela rua, eu diria que vocês estavam mais para modelos perdidos procurando por uma passarela para desfilar do que qualquer outra coisa — falo dando de ombros e acabo lembrando que eu não deveria estar aqui — Hey. Vocês não sequestraram a garota errada? — pergunto na esperança de que a resposta seja positiva.

— Se fosse um sequestro, estaríamos apontando uma arma na sua cabeça agora, não concorda? — pergunta o que senta atrás de mim com uma cara emburrada.

— Ela feriu seu orgulho, Minseok? — questiona o moço que está dirigindo o carro rindo de leve, mas sem desviar seus olhos do caminho.

— Aish! Cala a boca, Suho — murmura e continua emburrado — Só estamos fazendo o que um dos nossos nos pediu para fazer. Simplesmente isso. Satisfeita?! — responde minha pergunta depois que eu me virei para ele e o fiquei encarando durante um tempo.

— Não o suficiente — falo tentando pensar em outra pergunta e eles respiram bem fundo, pois pareciam não aguentar mais ouvir minha voz — Por que todos vocês vieram juntos se só estão sequestrando uma garota? Não é perca de tempo? — pergunto extremamente curiosa.

— Porque o Byun é um paranoico e achou que seria melhor todos nós garantimos sua segurança. Eu disse que era melhor só vir o Minseok, mas ele me escutou?! Claro que não! — responde um ser olhando para a janela como se estivesse entediado, mas arregalou seus olhos do nada parecendo assustado — Merda! Eu não deveria ter dito o nome, deveria?! — questiona para o moço que estava do seu lado, no caso, o motorista.

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